$ O LEILÃO $ romance Capítulo 111

" A esperança seria a maior das forças humanas, se não existisse o desespero. "

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Alessa saiu correndo da joalheria, dando tempo apenas de pegar meu cartão, percebi que gostou da aliança e mais tarde voltarei para comprá-la.

Senti mia Bella meio gelada e sua boca sem um pingo de cor de tão pálida. No caminho para casa se aconchegou em meu peito, e pude reparar sua pele volta e meia ficando arrepiada.

" Suponho que foi a notícia do resgate que a deixou dessa forma! "

Finalmente chegamos à casa e notei subir às pressas, fui atrás e não demorou para estar com seu rosto enfiado no vaso vomitando. — Merda! Sou pai, porra!

Sem ser visto, saí de fininho e fui correndo falar com meu pai, procurei e o encontrei ao telefone no escritório.

— Daqui a pouco mio amore, em breve! — estranhei a voz de choro — Eu te amo muito e não vejo a hora de estarmos juntos...

Esperei finalizar a ligação que foi rápida, e antes de desligar agradeceu a Constância, tia do Ângelo. Aguardei sentar e logo apoiou seu rosto sobre as mãos.

— Pai! — Às pressas veio correndo para me abraçar.

— Falei com minha L'ssa Nico, e com a minha bambina filho mio! Estarão em casa ao amanhecer!

Neste momento sou o homem mais feliz do mundo! Acabei de comprovar que serei pai e para completar essa imensa alegria, recebo a notícia que nossa irmã e a minha sogra foram resgatadas.

— Quero abraço também! — meu tio chegou e com seus braços imensos nos engoliu e mais uma vez me sinto a porra de um anão — Qual o motivo da comemoração? Preciso saber para agradecer a virgem Maria, se é felicidade devemos ser gratos a santa.

— Primeiro eu! — mencionei saindo do abraço deles — Serei pai! Alessa se encontra enjoada e vomitando muito.

Confessei com os meus olhos minando de lágrimas e meu pai foi o primeiro a me abraçar.

— Embora já soubesse que minha nora estava grávida, ainda assim é maravilhoso confirmar que serei avô... meus parabéns mio bambino, e sei que serás um ótimo pai! — dentro do seu abraço me sinto imensamente feliz — Agora compartilharei com você irmão!

— Tem mais? Meu Deus seja louvado! Sou avô, e meu irmão anda feliz! Sua cara está iluminada Rico... — declara todo alegre batendo as mãos — conte-me o motivo desse lindo sorriso.

— Falei com mia L'ssa e minha bambina! — meu tio se ajoelhou para agradecer e começou a orar, essa visão encheu meu coração de alegria, pois à forma como coloca sua fé em primeiro lugar é a coisa mais bonita de se ver.

— Obrigado minha santa, obrigado meu Deus! Sou grato por tudo à minha volta e mais uma vez fomos abençoados! — ficou de pé e puxou meu pai para um forte abraço — Deveria voltar a agradecer a Deus Rico, veja quantas coisas boas vem acontecendo irmão.

— Tens razão... — Juntos iniciamos uma grande oração de agraciamento, e foi tão forte que me senti abraçado mesmo não tendo ninguém ao meu redor.

Após a fervorosa oração ficamos de pé em um grande abraço e eu, pequeno que sou, me senti espremido entre eles.

— Que festa de abraço é essa aqui? Porque ninguém me chamou?! — Gae se juntou a nós e contamos-lhe a novidade.

Os demais foram chegando e logo estávamos nos deliciando com um cordeiro assado e Alessa saboreando seu inseparável frango. Ela comeu tanto que soltou um grande e forte arroto, pegando todos desprevenidos.

— ... Desculpa! Juro foi sem querer. — Toda lambuzada se desculpou e foi impossível não achar a cena fofa.

Após o almoço, ainda com Dália nas mãos, Alessa foi para a sala e óbvio que fui com elas, que praticamente se deitou no sofá e a bichinha tornou se enrolar em sua barriga.

— Estou nervoso! — meu pai se juntou a nós, enquanto compartilhava do seu nervosismo — A essa hora já devem estar com minhas meninas.

— Quem? — Alessa questionou.

— Sua mãe e vossa irmã. — com os olhos arregalados encarou meu pai — Sim, filha, estão no resgate das nossas garotas!

— Sério? ... — Alessa perguntou.

Ia responder quando seu telefone tocou e rapidamente atendeu.

— Diga Durval... — sua mão foi para a boca e nós dois ficamos de pé — Meu Deus! ...