" O passado não reconhece o seu lugar. Está sempre presente! "
• 12:00 PM – VINHEDO NEBBIOLO •
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Mesmo com todo esse caos consigo respirar aliviado por saber que mia Bella realmente me ama, deixou-me bem feliz e mesmo que a pequena frase tenha vindo acompanhada de um temor, sei que não está mentindo.
Agora com mais calma reconheço que fui imprudente me aproximando tanto assim do fogo, tenho pequenas queimaduras pelo corpo e minha Lessa queimou os dois pés e são poucos os lugares que não possui bolhas, sendo que a minha noiva tem o hábito de andar descalça.
Apesar de suas lesões, mia Bella caminhou até mim, para confessar que me ama... — finalmente escutei de seus lábios.
Estou feliz por ouvir que minha noiva me ama, porém, triste por estar queimada. Ver tudo que cuidei por anos ser destruído pelo fogo é realmente lamentável, mesmo sabendo que serão podadas ainda assim é uma visão terrível.
À tarde iniciava quando troquei poucas palavras com Parisi, pedi que ninguém soubesse do ocorrido aqui no Vinhedo e marquei de daqui a oito dias ir ao seu encontro, e que mais tarde sem falta mandaria a frase com a dedicatória para minha noiva.
Finalizei e voltei para junto da minha família.
Alessa está com os olhos vermelhos de tanto chorar e não sei o que é pior, observar meu vinhedo destruído, ou minha donna com os pés queimados. Ver mia Bella dessa forma me doí o peito, chega ser sufocante. Sei que tem o dedo do Ivo nisso e quero assistir à morte desse filho da puta!
Alessa ficou olhando um ponto fixo no meio do nada e decidi ser a hora de irmos para casa.
— Pai! Vamos. — Concordou e fomos juntos no meu carro.
— Foi o Ivo filho, tenho certeza, dobraremos a vigilância em todos os nossos terrenos, não quero passar por isso novamente. Permaneceremos por duas semanas no máximo visto que temos coisas para resolver em Turim, acompanharemos de perto a podagem de todas as videiras e faremos o isolamento da área que recebeu a temperatura muito elevada. — Consenti ganhado velocidade na estrada.
— Dom... — A voz baixa da Alessa ganhou minha atenção.
— Oi! Amor...
— Passaremos por isso juntos... — Admirei através do retrovisor e sua carinha triste está me matando.
— Vamos sim! Tenho certeza disso. — Lhe dei um sorriso fraco.
O caminho de ida foi mais longo do que a vinda e assim que entrei em minhas terras Durval veio até nós.
— Patrãozinho! — olhei sua face preocupada e decidi levar Alessa para o quarto antes de qualquer conversa — Precisamos falar junto ao vosso pai.
— Tudo bem, vou somente levar Alessa para cuidar dos pés... — Concordou e subi com mia Bella que adormeceu. — Emilia! — Bradei do pé da escada.
— Oi! — Se juntou a mim e pedi sua ajuda com as queimaduras.
— La mora... — abriu os olhos que estão bem vermelhos — tomaremos um banho eu, você e Emilia que cuidará dos seus pés.
— Ok... — Fui no closet coloquei um calção e segui para encher a banheira.
Peguei uma roupa adequada para tomarmos banho de banheira.
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