" Não é preciso ser perfeito; é necessário ser verdadeiro! "
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• ALESSA AMATTO •
Em seguida da conversa que tive com meu pai Fabrizio, Antônia veio para o meu quarto e trocamos poucas palavras porque logo voltamos a dormir. Assim que acordamos, com cuidado me ajudou ir ao banheiro e pude ver o quanto estou sensível! — misericórdia, Domenico acabou comigo... — Após me acostumar com a ardência e com cuidado me secar, retornamos para cama e juntas tivemos um diálogo triste.
— Sinto muito, ele deve ter passado por coisas terríveis quando criança. — Me compareci pelas poucas informações que obtive da infância turbulenta do Gaetano.
Sei que ela sabe bem mais do que relatou, porém, não quis entrar em detalhe e também só me contou por estar sufocada. Fiquei fazendo carinho em sua cabeça.
— Coitado, Deus que me livre ter uma mãe dessa. — a deixei à vontade para continuar falando e vejo que anda se segurando — Preciso desabafar com alguém ou vou surtar... promete que guardará esse segredo e levará para o seu túmulo?
— Prometo Nina... — afirmei e sequei suas lágrimas.
E os próximos 30 minutos se passaram com ela compartilhando tudo que ficou sabendo essa manhã e de fato, é revoltante saber que uma mãe teve a coragem de abusar de um filho tão pequeno, e pior, por anos! Somente agora entendo a revolta do meu pai, sendo que o Gae era só um menino.
— E ele ainda quer ter notícias da mãe, depois que o pai flagrou cometendo o ato com ele a mesma desapareceu e nunca mais voltou. — Alisei seu rosto na tentativa de acalmá-la, pois sei que esse interesse do Gae pela mãe a deixou um pouco abalada.
— Ele te falou porque quer tanto ver a mãe? — perguntei já sabendo a resposta e como esperado ela negou com a cabeça — Pergunte, se tem lhe incomodando, seja honesta e indague tenho certeza que vai te contar.
— Você está certa, farei isso! — Ficamos abraçadas e cantei uma cantiga de ninar para que voltasse a dormir e assim o fez. Fiquei imaginando que o Gae deve ter fortes motivos para querer encontrar a mãe — O que passou em sua infância deve ser o motivo dele ser tão recluso como todos comentam, já que só conheci sua versão sorridente.
Fechei meus olhos por alguns minutos quando senti um toque familiar. — É ele!
— Mia Bella! — Sussurrou e sorri por escutar sua voz baixa.
— Oi! ... — lhe dei meu melhor sorriso apaixonado, visto que ele tem um rosto lindo e perfeito, porém com um olhar bem triste — Chegou cedo, ainda nem é meio-dia.
— Sim... o que aconteceu, porque seus olhos estão vermelhos? — se afastou para destapar meus pés e percebi que eles se encontram bem inchados — Alessa vamos ao hospital!
— Calma, não precisa se preocupar tanto verás que passará depressa.
Recuso-me a sair de casa. Não quis comentar com ele, mas estou com medo. Após saber que Ivan esteve em nossa casa com intuito de me pegar, mal sinto vontade de colocar os pés para fora dessa casa.
— Avisarei ao Gae que Antônia está aqui. — Concordei e vi sair porta afora, logo estava os dois conosco.
— Nina... — diante dos meus olhos reparei o semblante da Antônia se iluminar com a presença dele e tenho certeza que também o ama — estou aqui...
— Porque demorou? — Achei fofa à forma como questionou.
— Vou levá-la para nosso quarto, nos vemos no almoço. — Assentimos e imediatamente a pegou no colo, saindo e fechando a porta atrás dele.
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