" Geralmente é a perda que nos ensina o valor das coisas. "
• 20:00 PM •
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• ALESSA AMATTO •
Após a descoberta de uma irmã me permiti pensar em tudo que ela viveu, mesmo com uma infância conturbada e violenta ainda assim a dela sem sombra de dúvidas foi muito pior. — Não vejo a hora de tê-la junto da gente.
À conversa no escritório já não estava tão agradável e em uma tentativa de ficar em pé acabei recebendo um puxão de orelha de todos aqui presentes.
— Fiquem calmos, quero apenas ficar deitada em minha cama! — declarei tentando conter o choro — Por favor, me leva Dom.
Pegou-me no colo e fomos em direção ao nosso quarto, nele observei meu noivo retirar as roupas, entrar no closet e voltar somente com uma bermuda.
— Estarei em casa essa manhã e ficaremos juntinhos o dia inteiro — Essa notícia me deixou um pouco melhor.
— Estou com sono e também muita fome! — sentindo minha barriga roncar imediatamente só por pronunciar a palavra "fome" — Será que Emilia fez comida?
— Fez, sim, espera um pouco enquanto pego para você... — quando fiquei sozinha, olhei para o teto pensando em tudo que vivi até aqui — meu pai verdadeiramente é um monstro, quem vende a própria filha? E pior, uma ex-esposa grávida.
Encolhi as pernas percebendo que os meus pés estão latejando. Deixei o choro me abraçar por completo. — Miserável! Nunca mais quero vê-lo na minha frente.
— MINHA MÃE! MINHA IRMÃ! TUDO CULPA DELE! — descontrolei-me tomada pela fúria — Nunca foi minha culpa, nunca... e por todos esses anos, acreditei em suas mentiras.
Senti algo embaixo das cobertas reconhecendo em seguida de quem se trata, é minha Dália... levantei a coberta para admirá-la se enrolar como um caracol sobre minha barriga.
— É maravilhoso como você consegue me acalmar Dália... — sorri e destapei a mesma deixando fora das cobertas — apenas anseio que isso acabe imediatamente! Para finalmente conseguir viver meu conto de fadas com meu marido e filhos..., na verdade, muitos deles, meu sonho é ser mãe de no mínimo quatro crianças.
— Teremos tudo isso mia Bella! — tomei um susto com Domenico que entrou sorrateiro sem se quer fazer um barulho — Desculpa, não queira te assustar.
Dália saiu indo para a cabeceira e juntos fizemos nossa refeição.
— Quando vai me contar sobre essas tatuagens hein? — questionei repousando meu prato vazio sobre a cabeceira e vendo que no dele ainda tem o frango maravilhoso que Emilia fez — Você comerá isso aqui?
Apontei para o grande pedaço que estava no canto do seu prato e sorrindo disse que não, lhe dei um olhar pidão, sem demora entregou o prato e pude comer a coxa exagerada e bem carnuda que me fez gemer de tão gostoso.
— Pensando bem, acredito que o seu frango ficou mais gostoso que o meu! — Reconheci mastigando a deliciosa carne macia.
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