O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 167

" Para o bom ciumento, meia informação basta. "

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• LEXIE AMATTO MACERATTA •

Meu coração está estranhamente acelerado, só poder ser do frio! Desde o momento em que me sentei aqui com ele estou me segurando para não perguntar sobre o amor que tomou seu coração como tia Sandra falou.

Mas é em vão! Minha curiosidade me corrói por dentro. Perguntei e me negou apontando para a vista perfeita à nossa frente. — Não é o suficiente! Quero saber quem é o amor do Ângelo!

" Será que realmente é bonita? Espero que não! "

— Anda! Me fala logo! — exigi sem paciência e vi arquear uma sobrancelha — Pare de me olhar assim. Quero saber se ela é realmente boa para você, mamãe disse que existem amores falsos e garanto que essa aí não é seu amor de verdade, nem de longe!

— Hã? Como você sabe que não? Penso que sim! — rangi os dentes estressada — O que é isso? Ficou com raiva de mim, Petit?

— Não! Eu..., Ângelo para de me enrolar! Conta como foi se apaixonar por sua amada, aí vou te dizer se é ou não o amor verdadeiro! — percebi que ficou corado e retirou a mão que estava em meu ombro me deixando com frio — Coloca o braço no lugar! Estou com frio.

— Você é muito exigente, sabia? — fiquei sem jeito e me calei — Não sei explicar direito, é isso!

Estalei minha língua para chamar sua atenção. Visou ficar de pé e não deixei.

— Não precisa sair daqui... basta comentar como foi, é importante para mim! — Coçou a cabeça e me puxou para um abraço, porém me afastei para ver sua face quando falar dela.

— Então, nunca amei ninguém além dos meus irmãos e da tia Tancinha. Na realidade, tenho Sandra e Durval como meus pais, já que me acolheram na minha pior fase e, se não fosse eles e a minha tia, nem sei o que seria de mim. — notei que ficou triste e segurei sua mão incentivando a continuar — Um belo dia simplesmente meu coração acelerou quando encontrei seus lindos olhos... no primeiro momento se escondeu de mim, por isso pensei que sentisse medo... — alisei sua mão grande que segura a minha — juro que acreditei ter sido compaixão ou empatia...

— Continua! — Pedi, identificando a mesma feição da minha mãe quando fala das histórias dela e do meu pai.

— Com o passar do tempo era quase impossível ficar longe, e tudo piorou quando o meu amor ficou me olhando, na verdade, ela me encarava na cara de pau, acredita? — disse que sim — E, devido haver muita gente à mesa, tive que usar todo meu autocontrole para não retribuir os olhares. — O sorriso apaixonado que deu é idêntico ao da minha mãe!

Meus olhos começaram a encher de lágrimas que não eram para aparecer nesse momento.

— Ei! Ficou assim por quê? Não chora! — abracei seu corpo gigante cogitando a ideia de pedir para esquecer essa mulher. Se estiver apaixonado sumirá e me deixará sozinha — Pequena... o que aconteceu? Está tudo bem?

— Não, é claro que não! Ainda não tive lágrimas de felicidade. — falei enquanto limpava meu nariz na camisa dele — Você não pode gostar dela, Ângelo!

— Posso saber por que não? — Perguntou me olhando com aquela sobrancelha grossa arqueada.

— Não é óbvio? — negou com a cabeça — Vai me largar por causa dela! Às pessoas que se amam de verdade sempre ficam juntas, você está muito apaixonado, eu sei, minha mãe fica assim quando fala do meu pai. Levou anos e agora eles estão juntos! Não quero te perder, poxa, gosto de você! — Tornei a limpar meu nariz em seu casaco. Só de raiva!

— Para com isso! — Me afastei sem jeito.