O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 182

" Em sua companhia, todas as noites serão perfeitas! "

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• ALESSA AMATTO •

O lugar está lotado e como nossa mesa é privada, foi colocada no canto próxima a uma parede vazada, um jardim vertical magnífico e, é claro, cheio de Dálias. — Domenico realmente pensa em tudo.

Uma senhora muito bonita, veio nos atender.

— Boa noite, Maceratta filho e convidados, aqui está a carta de vinhos... — Dom informou que hoje não beberíamos e pelo resto da noite o consumo seria somente água e suco — tudo bem, o que vão querer de entrada?

Domenico fez o nosso pedido e notei que Ângelo tomou a iniciativa de fazer a mesma coisa, acho tão bonitinho à forma como eles estão de mãos dadas.

Após finalizarem com os pedidos. Não demorou para repousar sobre nossa mesa bruschetta de tomates, parmesão e manjericão gratinados e suco de laranja para todos.

— Como é? — Lexie quebrou o silêncio — O que é namorar? — Ângelo que estava bebendo o suco, vi perfeitamente o líquido sair por seu nariz.

— Petit, que isso... — teve uma crise de tosse e Domenico ficou rindo, lhe dei um beliscão.

— Ai! O que eu fiz? — reclamou como se não tivesse motivo para ser beliscado — Que olhar é esse, La mora?

— Beba água Ângelo... tome aqui! — Coloquei um pouco em seu copo para conseguir respirar melhor.

— Calma... — Lexie alisou as costas dele — o que aconteceu?

— Nada! Hmm, na verdade, à pergunta que você fez me pegou desprevenido, só isso. — Domenico que se encontra ao seu lado, começou a rir e apertou seu ombro.

— Se prepara Ângelo, as mulheres Amatto tem o hábito de fazer cada pergunta meu amigo, nem te conto o que passei e por diversas vezes quase infartei. — Rindo compartilhou e nem sei ao certo o que fiz para dar motivos a esses hipotéticos infartos.

— Não entendi! — tive que falar — Você acabou de afirmar que sou o motivo dos seus sustos? — confirmou me deixando chocada — Ah, lembra do toq, toq? Pode esquecer!

Foi a vez dele se engasgar com suco e nós três caímos na gargalhada.

— Misericórdia! Está vendo Ângelo! É disso que estou falando. — revelou secando o rosto — Quase infartei agorinha mesmo.

— O que é toq, toq? — Lexie perguntou e lhe dei um sorriso amarelo, desses que demonstram que nem sei como responder sua pergunta — Depois você me conta, agora quero saber o que é namorar!

— Caminhar de mãos dadas, passear... isso é namorar — Dom explicou —, mas o que foi que meu pai disse? Assim posso te dar uma resposta melhor.

— Que posso namorar Ângelo, daqui a dois anos. É que não sei como é, por isso perguntei. — Domenico se vestiu de pura seriedade e começou a instruir como seria o tipo de namoro ideal para a idade deles, e também esclareceu que certas vontades irão surgir, mas que algumas coisas vêm com o tempo — Complicado demais!

— Muito... — Ângelo declarou — nem faço ideia de como seja isso e estou sendo bombardeado por várias pessoas a todo instante me ensinando como devo me portar.

— Esquece isso, tenha em mente o que não deve ser feito sem preparo ou conhecimento, que tudo dará certo. Vocês se gostam, estão sempre juntos e com isso surgirá certas vontades, como, por exemplo, o primeiro beijo, você já beijou Ângelo? — Dom questionou e fiquei esperando a resposta.

— Não. Nem essa coisa de andar de mãos dadas patrão. Sei o que é feito entre quatro paredes, devido aos meus irmãos que são bem ativos e já peguei ambos nessa situação, mas nunca tive vontade de fazer. — senti sinceridade em suas palavras — Só queria que parassem de me dizer o que fazer e hajam como eu, e diga o que não deve ser feito!

— Boa ideia, Ângelo! Hmm, o que não podemos fazer? — Lexie perguntou animada.

— Sem sexo! — Dom foi direto em sua exigência — Acontecerá, só que não agora!

— Pode deixar, não sou maluco de fazer sexo com a pequena — Olhei para Lexie, totalmente perdida.

— Entendi, isso é o que ele não pode, e eu? Ou é só o Ângelo que não pode? — Segurei a mão dela que estava sobre a mesa.

— Você não deve deixar em hipótese alguma ele beijar seu pescoço... — falei sério e Domenico começou a rir — porque isso ativa o desejo de fazer sexo! Contarei como foi sentir na pele tudo isso que está passando.

— Certo. Preciso saber, aí a gente não faz coisas erradas — Declarou.

Nosso jantar chegou e durante a refeição contei como foi para mim essa situação de descoberta. — Sem os detalhes sórdidos obviamente.

— Durante anos, li diversos livros com histórias de como era a vida entre um homem e uma mulher. Como vocês sabem, não tive minha mãe para me auxiliar e meu pai não me deixava fazer nada, muito menos sair de casa, as poucas vezes que conseguia era em companhia da governanta. Eleonora não dava muita dica, mas quando sua filha ia ajudar na faxina sempre conversava e ela me dizia algumas coisas, pois já era ativa sexualmente.

Relatei me sentindo mais adulta do que já sou. — Quem diria que daria conselhos e mal comecei a saber das coisas.

— Acho interessante dialogarmos sobre esse assunto porque você já tem idade suficiente para saber como tudo funciona, não estou induzindo a praticar o ato, mas quero deixá-la ciente em como reconhecer os sinais do seu próprio corpo, não desejo que se repita contigo o que vivi na pele sem ao menos ter a quem recorrer para tirar as dúvidas, e posso garantir que foi um pouco assustador. — Compartilhei com eles e ganhei um beijo no pescoço.

Boa parte do jantar foi comigo e Domenico instruindo-os como é a convivência a dois. Ângelo não fez uma pergunta se quer, todas foram feitas pela Lexie que realmente é uma Amatto, pois é tão curiosa quanto eu, e estou muito feliz de poder responder com sabedoria.

Após tudo esclarecido e nossos pratos retirados, nenhum de nós sentia vontade de voltar para casa e por conta disso Domenico decidiu permanecer aqui. Já faz algumas horas que a música ao vivo iniciou e fui convidada pelo meu noivo/marido para dançar no salão, mesmo sem saber, aceitei só para dar, a eles, um pouco de privacidade.

— Você sabe que Lexie encherá o Ângelo de perguntas, não sabe? — questionou à medida que embalava meu corpo em seus braços — Por Deus, espero não ter dado informações demais.

— Tomara que aconteça logo o tão sonhado e esperado primeiro beijo deles! Assim se conectam de uma vez. — Disse enquanto era guiada na pequena pista de dança.

— Viva o amor! — sussurrou em meu ouvido seguido de um beijo sobre o mesmo — Meu pai vai me matar se eles se beijarem.

— Tem segredos que devem ficar entre irmãos... — informei e ganhei um beijo — tenho certeza que me contará se acontecer, quando dei meu primeiro beijo queria sair correndo para contar a minha mãe.

Falei a mais pura verdade e Domenico parou para me olhar nos olhos e deu um enorme sorriso, o puxei para um beijo apaixonado.

— Amo você, Alessa Amatto... chega de dançar, vamos lá em cima. — Seguimos juntos para o andar superior.

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