" Só eu sei quem sou, os outros me imaginam. "
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• ÂNGELO D'ÂNGELO •
Resolvi deitar um pouco para aliviar a leve dor de cabeça, já que Dimitri cismou em atormentar meu juízo com tantos conselhos desnecessários, está cada vez mais insistente com o fato de não me envolver com minha Petit.
— Estou certo que existe algo acontecendo, é só questão de tempo para descobrirei o que é. — Murmurei notando que a porta do meu quarto foi aberta.
— Filho! — minha madrinha se anunciou e logo sentou-se na cama — A dor passou?
— Sim, precisa de algo? — questionei intrigado e negou com um leve aceno — Não se preocupe comigo, estou bem.
Menti para ver seu rosto suavizar e fiquei feliz com a conquista, deu-me um sorriso sincero, em seguida informou que o jantar seria servido em trinta minutos, ofereci ajuda, mas recusou. Ao se retirar, meu telefone tocou e reconheci o número do padrão.
Atendi e fui pego de surpresa com o convite que me fez, estava prestes a recusar educadamente quando anunciou que minha pequena estaria conosco, como negar após saber que terei sua companhia. Prontamente aceitei e sem hesitar perguntei se o pai concordava, para minha surpresa pediu para não me preocupar porque estava cuidando disso e sabia que não ia interferir, avisou que sairíamos em uma hora. Encerrei a ligação, segui até o meu armário atrás de uma roupa legal para não passar vergonha.
É como se sua presença fosse o analgésico que necessitava, já nem lembro mais da dor. Rapidamente fiquei de pé e sem perder tempo segui para o banheiro de modo a fazer minha higiene, como possuo muita barba resolvi aparar e acertar o corte, assim que finalizei comecei a vestir minha roupa, escolhi uma calça, jeans, sapato social preto, camisa social no mesmo tom com botões até o pescoço e por último, coloquei minha boa e velha jaqueta de couro preta. Prendi meus cabelos e saí para comunicar aos meus padrinhos e como era de se esperar, ambos já sabiam.
— Vai com Deus, e seja um cavalheiro. — Minha madrinha exigiu endireitando minha roupa como se ainda tivesse cinco anos.
— Não se esqueça filho, mencione que está linda... — tomei um susto com a madrinha empurrando o braço do meu padrinho — para com isso mulher, ele tem que saber o que falar.
— Diga somente que está bonita, só isso filho, chamá-la de linda na frente do Enrico pode adiar ainda mais esse futuro namoro de vocês. — Achando graça da discussão dos dois, resolvi ficar de fora observando.
— Para com isso, mulher... não sabe o que lhe aguarda, deixa só ele sair para saber o que farei contigo! — Tal ameaça nos pegou desprevenidos.
— Entendi, estou saindo! Ah, quanto a vocês, por favor, não quebrem a casa! — fiz meu papel de deixá-los sem graça também e quando consegui constatar a cara de chocado dos dois, saí porta afora em direção à casa do patrão — Do jeito que venho sendo sufocado com tanta gente me dizendo o que fazer, a sensação é que surtarei a qualquer momento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ
O livro esta incompleto, para na metade....
Estou amando o livro! História muito engraçada, envolvente, cheia de mistérios e reviravoltas. Parabéns e estou ansiando pelos demais capítulos...