O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 184

"Como já foi dito:

O amor e a tosse não podem ser disfarçados.

Nem mesmo uma pequena tosse.

Nem mesmo um pequeno amor." – Anne Sexton

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• ALESSA AMATTO •

De mãos dadas subimos deixando todo o barulho para trás. — Mesmo que já tenha visto essa pintura magnífica no teto, fico me perguntando como minha mãe conseguiu enriquecer de detalhes essa linda obra. — Espero um dia chegar pelo menos na metade do caminho que ela está.

Pintar um teto com tanta perfeição deve ter levado meses, além da dificuldade para conseguir fazer cada minúcia, imagino que a posição em que ficou tenha sido bem desconfortável. Próximo à mulher pisando nas uvas parei para contemplar a formosura.

— Linda, não me canso de admirar essa pintura... — murmurei analisando cada detalhe!

Saí do meu devaneio com um leve puxão forçando-me a seguir para varanda — O que está acontecendo Domenico? — questionei notando seu nervosismo — Que euforia é essa? — Lhe dei um olhar curioso de modo a ter uma boa justificativa para essa atitude estranha.

— Prometi nunca mais mentir ou esconder qualquer coisa de você... serei rápido e direto. — olhei sua face preocupada sem entender essa agitação toda e balancei minha mão no ar para que continuasse a falar — Lembra-se da nossa conversa, na qual falei que teria uma possível chance de você conhecer uma das mulheres com quem saí?

— Sim, o que tem ela? — Tranquila questionei.

— Meu pai me informou que a própria trabalhará conosco e que vem de vez para Cuneo. Juro que tentei que não viesse, visto que depois daquela conversa calorosa, percebi que és um pouco ciumenta, na verdade, muito... tipo, bastante. — acabei sorrindo do seu desespero e juntei nossos lábios em um beijo rápido e sincero — Não quer brigar?

— Por que faria isso? — indaguei — Você mesmo disse que não preciso me preocupar e agora está nervoso desse jeito! A não ser que tenha motivos... hmm, tenho? — Perguntei calmamente.

— Claro que não, é que... sei lá, você ficou brava pelas poucas palavras que disse durante nosso... "vamos foder" — sussurrou em meu ouvido nosso código da safadeza, me deixando arrepiada e bem tentada a praticar o ato —, pensei que surtaria! — tornei a juntar nossos lábios para entender que não estou com raiva ou coisa parecida — Porra, eu aqui acreditando que brigaria comigo e você toda carinhosa.

— Durante à conversa, explicou não haver motivos para ter ciúmes, e acreditei fielmente. — expliquei dando beijinhos em seu peito — Espero que ela não faça nada que me deixe com raiva, estou com meus hormônios à flor da pele... — usei um tom de repreensão — não tenho medo de usar isso ao meu favor!

— Fiquei excitado com essas palavras e nem sei por quê! — me deu um beijo gostoso que enrijeceu meus mamilos — Fico feliz que não brigamos.

— Pode ter certeza, não brigarei mais por isso. Confio em você amore mio. — falei a verdade e ganhei outro beijo, desses de contorcer os dedos dos pés, levando-me a pensar que meu noivo/marido acabou de ganhar uma tortura — Pode entrar... — sussurrei em seu ouvido.

— Está com frio, mia Bella? Se quiser podemos entrar — olhou-me como se não entendesse e sorri para ele que arregalou os olhos — Espera! Toq, toq? — sussurrei novamente um pode entrar bem sedutor — PORRA! SEREI TORTURADO!

Animado, Domenico gritou, aguçando os olhares curiosos das pessoas que estavam à nossa volta. O abracei escondendo meu rosto em seu peito, totalmente constrangida, segurei sua mão envergonhada e caminhei às pressas para sairmos daqui. — Não acredito que ele fez isso comigo!

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