O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 84

" Só voa alto quem não tem medo de cair. "

• 10:00 AM – VINHEDO MACERATTA •

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Após uma grande reunião com o especialista em solos, fomos informados que à terra não foi tão danificada e que se retirarmos a parte queimada e substituir por outro bem fértil, ainda essa semana, quando for iniciar o plantio das novas videiras, os loteamentos já estarão preparados para uso então junto ao meu pai e Gaetano ordenamos que fosse feito, pois, meu tio decidiu ficar em casa e só vir para podagem depois do almoço visto que tem vários e-mails para responder.

" Nem quero ver os meus! "

— Filho trouxe isso aqui para te entregar — com a mão estendida no ar notei conter um telefone — era do Ivan e suponho que você saberá melhor do que eu o que poderá fazer com isso.

— Ele já recebeu alguma ligação ou várias mensagens? — Questionei curioso.

— Não sei te dizer, nunca fui fã dessas tecnologias e o meu serve apenas para falar com você, Fabrizio ou o Gae já que Durval vive comigo junto a Cassandra. — sorri por lembrar da tia Sandra e seu pudim de pão com canela — Assim que voltarmos para Turim ela já estará conosco, ficou somente para deixar a casa de lá sobre os cuidados dos caseiros e empregados.

— Ainda hoje irei para lá. — Gae confirmou a ida e fiquei triste, apesar de tudo estamos tão felizes com ele por perto.

— Cassandra anda louca para te ver ragazzo. — Informou alisando meu rosto.

— Que bom! Pai, fico imensamente feliz de saber disso. — Sandra é como uma espécie de mãe para mim, na verdade, foi minha ama-de-leite e tenho um carinho enorme por ela.

— Filho você está com olheiras profundas, o que aconteceu? — Encarei meu pai um tanto sem graça.

— ... Estou cansado, mal dormi essa noite, só isso!

— Imagino filho e como estão os pés da minha nora? — dei de ombro, pois nem sei o que responder devido meu cansaço ser por outro motivo — Não vejo a hora da minha Alessandra estar conosco e sinto em meu peito que tenho mais um filho ou filha e só de imaginar que perdi anos longe dela me deixa de coração partido filho. — Lágrimas rolaram o abracei na tentativa de lhe passar um pouco de conforto.

— Espero que o destino não tenha sido tão cruel assim a ponto de o Ivo tê-la criado como filha. — me vem um sentimento ruim de que possa ter sido vendida ou morta pelo imbecil — Pensaremos positivo agora e sempre!

— Sinto medo, filho, um receio surreal... se esse carcamano fez alguma maldade com minha bambina... diga-me Domenico, tem como pensar positivo? Tenho total certeza que Alessandra estava esperando um filho meu, um fruto do nosso amor e só de imaginar que se passaram 15 anos longe da mulher que amo me dilacera por dentro. — Um choro alto o consumiu e abracei forte mesmo sendo menor, fiz o que pude para acalentar o meu pai.

— Calma tio já, já nasce de novo... — Gae se aproxima com semblante triste — amo esse lugar e por mim nos mudaríamos para cá de vez. Lembro-me bem da fase boa da minha infância, corremos por aqui Nico e quero que meus filhos passem por isso. Esse lugar é mágico me traz grandes felicidades. Turim não serve para mim, nem mesmo a Toscana! Pretendo ficar aqui.

— Também amo esse lugar! — Compartilho da mesma opinião já que Alessa amou a nova casa.

— Deixe-me ficar aqui com minha Nina. — Meu pai concordou, vendo que ficou muito abalado com a ida para a Toscana.

— Fique filho e cuide de tudo por aqui e não ouse colocar os pés em Turim, não quero submetê-lo ao perigo, tampouco sua noiva que já deve estar grávida de gêmeos... — declarou imitando meu tio balançando a mão no ar e nós três acabamos rindo da situação — seu pai é um homem bom e merece muitos netinhos, está me ouvindo? Seja um grande reprodutor e não faça as besteiras que fizemos de focarmos no trabalho e faltarmos em casa.

— Ele não faltou tio, sempre cuidou de mim e mesmo na pior fase da minha vida quando quis afastá-lo de todas as formas, não aceitou e ficou por perto... lembro-me das crises e seus braços me envolviam enquanto passava horas e mais horas chorando, não tenho o que reclamar do meu pai e se depender de mim e Antônia a casa ficará cheia de netos. — O sorriso cresceu no rosto do meu pai e como sempre faz quando fica animado deu dois, tapinhas, leve no rosto do Gae.

— É assim que fala filho, uma família grande e feliz, acho digno que eu e meu irmão tenhamos muitos netinhos para aumentar os nossos cabelos brancos. — ditou suas exigências olhando para mim — Meu bambino e minhas bambinas serão o futuro desse vinhedo.

— Da minha parte terá bastantes netinhos, visto que a Lessa já confessou querer vários filhos e darei tudo o que ela desejar — mencionei dos desejos da minha donna —, e tenho certeza que Vincenzo já está a caminho assim como minhas afilhadas, pois serei padrinho de ambas.

— Sim, Nico! — Estávamos nos abraçando com o clima leve e feliz quando o telefone que meu pai entregou apitou em minha mão.

Cliquei na mensagem que apareceu.

— Quem é? — Gae questionou.

— Não sei, era o telefone do Ivan... — informei abrindo a mensagem.

[Ivo: diga-me como vão às coisas por aí? Quero quanto antes pegar meu passarinho, já que a mãe não tem me servindo de nada, aquela imprestável, estou quase traçando a versão pequena dela...]

— É uma filha, Nico, você tem uma irmã! Sou pai de uma menina! — não foi alegria que vi em seus olhos e sim desespero — DURVAL! — Bradou por seu homem de confiança e tanto ele quanto Andrea e Ângelo se aproximaram.

— Oi patrão, o que aconteceu? — olhou do meu pai para mim como quem tentasse descobrir a resposta para todo esse desespero — Me explica patrãozinho, porque o patrão ficou desse jeito?

— Tenho uma filha! Uma ragazza. — Chorando explicou.

— Está confirmado? — disse que sim — E se encontra onde? Já sabe?

— Sim! — Foi Gae a matar sua curiosidade.

— Se encontra na casa do Ivo e temos que resgatar às duas quanto antes. — Declarei tocando no ombro do Ângelo para observar a mensagem.

— ... Essa é a hora de realizarmos algo chefe! — Ângelo exclamou — Deixe-me arquitetar algo.

— Calma, primeiro deixa-me responder e veremos o que me dirá. Espere! — Passei o olho nas últimas para ver como escreve e dei início ao pequeno texto.

[Ivan: do jeito que me pediu fiz irmão, já chegou a Turim?]

[Ivo: Não! Vou essa semana e irei ao encontro do pai dela, talvez o velho me ajude já que espanquei a putinha velha até quase a morte e a galinha não me falou nada, tive que ameaçar arrancar os dedos daquele bichinho que ela chama o tempo todo de filha e só assim abriu o bico.]

— MATAREI ESSE FILHO DA PUTA! — desesperado meu pai gritou — Para casa imediatamente! Necessito compartilhar com Fabrizio, preciso do meu irmão! Quero ir para casa agora mesmo!

Deixei sob os cuidados dos responsáveis pelos tratados das videiras toda parte de podagem, e segui em um dos carros com meu pai e Gae. Durval ao volante, Ângelo no banco do passageiro e Andrea veio no carro de trás com Tadeu.

" Tenho uma sorella... e não posso esquecer que também é irmã da minha donna. "

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