O ʟᴇɪʟᴀ̃ᴏ romance Capítulo 83

" O passado está na tua cabeça. O futuro nas tuas mãos! "

• 07:00 AM – CUNEO •

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• ALESSA AMATTO •

Senti um carinho gostoso pensando ser o Dom e encontro Emilia com um sorriso no rosto.

— Você tem que se banhar. — neguei com a cabeça e ao balançar a mesma notei estar doendo muito — Minha menina, você necessita, depois volte a dormir.

— Estou nua... — revelei me mexendo com dificuldade — tudo dói, Emilia...

— Onde? Os pés? — apressada os destapou — Misericórdia! Preciso de ajuda, já volto.

Saiu correndo e tornei a fechar meus olhos e suponho que cochilei.

Escuto vozes ao longe...

— Calma, senhor Fabrizio, vou vesti-la. — A voz de Emília me despertou.

— Vamos, sente-se. — obedeci e prontamente uma camisola grande me cobriu até o meio das coxas — Vem senhor Fabrizio, me ajude por favor.

— Filha! Posso entrar? — disse que sim e imediatamente parou diante da cama — Posso pegá-la no colo?

— Sim, pai. — chamei sem perceber — Desculpa...

— Viu Emilia! Agora é oficial, sou o pai! — animado declarou — Vamos ao banho.

Com cuidado me pegou e gritei, pois, parece que fui atropelada, tudo dói, mas é tudo mesmo! Não dando a mínima para minha agonia, logo estava na banheira ainda vazia.

— Acabando me chama, esperarei no escritório, só trabalho no Vinhedo após o almoço. — Concordei o vendo sair.

— O que aconteceu? — fiquei ruborizada — Pode falar, sou mulher, minha menina.

— Estou assim por fazer o "vamos foder" do Dom! — Falei baixinho e vi sorrir.

— Meu Nico é fogo na roupa... toma um bom banho quente que aliviará a dor, buscarei as coisas para as queimaduras. — Notei sair e olhei meus pés que estão muito inchados.

— Nossa! Dom realmente no modo ereto ativo é muito bruto. — Fechei meus olhos para relaxar e sorri de tudo que fizemos essa noite.

Domenico nem de longe é um homem carinhoso na cama, suas mãos pesadas e seu jeito rústico de me exigir as coisas é tão bom.

— Meu Domenico! — murmurei pressionando minhas pernas uma na outra — Nossa! Estou bastante dolorida!

Reclamei sentindo minha cavidade sensível. — Na hora nunca dói né!

Emilia voltou me deu um banho gostoso, lavou meus cabelos e fez meus curativos, em seguida colocou a banheira para esvaziar. Depois de todo esse processo ajudou a me secar, vestir uma calcinha, um short desses de dormir cheio de bichinhos que achei lindo, coloquei o sutiã e um casaco porque está frio e acredito que hoje choverá.

— Vou chamá-lo para me ajudar, e hoje você não sairá da cama devido os seus pés estarem muito inchados... — saiu para buscar o pai do Gae, que estou realmente muito tentada a continuar tratando-o como pai já que em todos esses anos morando com o meu, nunca tive o carinho ou o apego que o mesmo tem por mim.

— Vamos? — concordei e logo foi suspensa no ar, totalmente delicado e muito cauteloso me colocou na cama que já está com outras cobertas limpinhas e cheirosas — Podemos conversar um pouco?

— Sim, e desculpa por te chamar mais cedo de pai. — Negou com a cabeça me deixando confusa.

— Por favor, que continue me chamando assim de pai, na verdade, te considero extremamente e tenho que compartilhar contigo que no dia do seu casamento com meu Dom, ambiciono muito te levar ao altar e farei o possível para me dar essa honra filha. — Acabei chorando emocionada porque não desejo que meu pai biológico faça parte de mais nada em minha vida.

— Quero, sim, pai, obrigada! — seus braços gigantes me envolveram em um abraço quente desses que não dá nem vontade de sair — Meu progenitor nunca foi assim...

— Ele é um carcamano filho da puta, e você, minha filha, agora possui uma família digna do raio de luz que você é... e como seu pai! Devo informá-la que está de castigo! Não saia dessa cama, suas feridas estão infeccionadas e precisa descansar, faça isso por seu velho pai. — Pediu segurando minhas mãos.

— Prometo... — sorriu e vi que tanto ele quanto meu sogro são muito bonitos e joviais para as idades que tem — você também é fã de vinho?

— Claro, como não seria! Nossa família está nesse ramo há anos e os futuros membros seguirão essa linha, temos a obrigação de aquecer os corações de muitos por mundo afora. — sorri da forma como fala com animação — Você já se apaixonou pelo vinho?

— Já, e amo o vinho dos pés! — me olhou estranho — O vinho da minha sogra.

— Porque dos pés? — expliquei-lhe que ficou rindo — Esse vinho é puro amor e é difícil não ser invadido por ele e ficar enamorado.

— Sim... — ruborizada concordei já que ele me deixou safadinha como diz meu Domenico — há um mês vivia em um inferno, mesmo não me batendo mais, ainda assim meu pai sempre deixou claro que tudo de ruim que aconteceu em sua vida era culpa minha.

— Seu pai terá o que merece filha, e o chame somente de Vittorio, esse idiota não merece esse título vindo de você e não digo por estar sendo chamado assim, e sim por realmente não ser digno de tamanha honra. — alisou minha cabeça como se fosse uma criança — Sempre quis um monte de filhos, mas minha virgem Maria Santíssima só me deu meu bambino e confiarei a ti filha um grande segredo...

— Não contarei a ninguém! — Sincera afirmei.

— Meu casamento nunca foi flores e tive que me conter ou teria matado minha falecida esposa. — Seu olhar perdido me deixou triste.

— Sinto muito! Acredito que minha mãe, se pudesse, também matava meu pai, com certeza. — mencionei, pois, tenho vagas lembranças dolorosas — Ele dizia que tudo era minha culpa e não sei porque, pai, nunca fiz nada que pudesse receber tanta crueldade da parte dele.

— Ele é doente, filha, você não tem culpa de nada. — Mais uma vez um carinho como se eu fosse uma menina.

Sorri sincera e ficamos conversando sobre vinhos e me explicou direitinho tudo sobre as uvas que o La mora será produzido e como são diversas, isso o deixará doce, de aroma leve. Estou feliz por agora estar ciente de boa parte das coisas e não passarei vergonha quando for a Bari.

" Finalmente sinto-me em casa! E mais do que isso, aqui, sei que sou muito amada! "

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