O Melhor de Mim romance Capítulo 26

Ponto de vista da Tanya:

Assim que fico completamente recuperada, visito a casa da Lady Vivian todos os dias para aprender o ofício com ela. Os dias em que trabalho como aprendiz dela rapidamente se tornam o ponto alto da minha semana.

A ala dela no palácio não é tão grande quanto o salão de baile ou o salão principal, mas percebo desde o momento em que passo pela porta que a ala da Lady Vivian está cheia de amor. Ela tem um toque feminino delicado e se comporta com graça e dignidade admiráveis. Além disso, ela parece jovem para a idade, mas há algumas pequenas rugas ao redor dos olhos quando ela sorri que a fazem parecer amigável e encantadora.

"Cuidado ao diluir os óleos, querida." Diz ela, observando enquanto despejo o conteúdo de um conta-gotas em um frasco maior. "Lembre-se de que a concentração do extrato afetará a intensidade e a duração da fragrância."

Sigo o conselho dela, misturando cuidadosamente as soluções. Há algo incrivelmente reconfortante em estar perto da Vivian e sinto a necessidade de deixá-la orgulhosa.

"Muito bem, minha querida." Diz ela brilhantemente. Então, ela se inclina para a frente, para cheirar o perfume que acabei de engarrafar, com um brilho de aprovação nos olhos. "Absolutamente perfeito. Seu talento não para de me surpreender."

Eu sorrio com o elogio antes de pular levemente ao som de passos se aproximando.

Dois jovens bonitos entram na sala, ambos compartilhando uma semelhança com a Lady Vivian.

"Sua última criação tem um cheiro divino, mãe." Diz um deles.

Vivian está ao meu lado e coloca as mãos em meus ombros enquanto cumprimenta os dois homens.

"Na verdade, o que você está sentindo é uma criação da minha nova aprendiz. Ela não é maravilhosa? Tanya, eu gostaria que você conhecesse os meus filhos. Este é o Philip." Ela diz, apontando para o mais velho dos dois.

Philip dá um passo à frente com um sorriso agradável e aperta a minha mão.

"É um prazer conhecê-la. Agora entendo porque nossa mãe fala tão bem de você."

Agradeço-lhe com uma reverência antes da Vivian acenar para o rapaz mais jovem.

"E este é o Thomas."

Thomas pula as formalidades e vai direto para um abraço. Seu entusiasmo amigável me pega de surpresa, mas não posso evitar o riso que escapa de meus lábios com a energia carismática dele.

"Prazer em conhecê-la." Diz ele, dando um passo para trás com um sorriso. “Por favor, me chame de Tommy.”

Quando ele se afasta e olha para mim, uma expressão curiosa passa por seus olhos. Ele olha para a sua mãe e depois de volta para mim, se divertindo.

"Dizem que a minha mãe era a dama mais adorável da corte em sua época. Acho que talvez esse título já tenha sido passado para você, Tanya, a aprendiz."

Meus olhos se arregalam ligeiramente com a bajulação dele. Thomas, ou melhor, Tommy, belisca minha bochecha de brincadeira.

"Você até se parece um pouco com ela, sabia?" Ele acrescenta, e a mãe dele ri suavemente de sua viva sinceridade.

Eles são abertos e joviais, até mesmo a presença calma e fundamentada do Philip. Além disso, são acolhedores comigo e parecem muito à vontade um com o outro. É assim que deve ser uma família feliz e amorosa.

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Ponto de vista da Lily:

Faço questão de passear pelo palácio em um dos dias em que a Tanya está trabalhando na ala da minha mãe. Escolho um caminho que me permite passar direto pela ala dela e parar sob a sombra de uma das árvores perto da janela.

Quando olho para dentro, sinto meu sangue ferver ao ver as mãos da minha mãe nos ombros da Tanya. Ambas riem, trabalhando juntas como se se conhecessem a vida inteira. Quando meus irmãos chegam, meu ciúme se multiplica.

Philip, que é sempre tão severo e atencioso, até sorri para ela! Thomas a abraça descaradamente com toda a emoção de um cachorrinho fazendo um novo amigo, chegando a beliscar a bochecha dela com carinho. Me incomoda vê-los agir de forma tão familiar e alegre sem mim... e pior, com ela.

A cada segundo que passa, minha inveja se intensifica e fico mais nervosa. Fico fixada vendo-os juntos e minha mão inconscientemente se fecha em um punho ao meu lado até que as minhas unhas cravam nas palmas.

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Ponto de vista da Tanya:

A essa altura, eu deveria estar acostumada com o olhar raivoso da Ayana, mas o olhar que ela lança para mim no dia seguinte no trabalho é tão incrivelmente perverso que me arrepia até os ossos. O ressentimento implacável em seus olhos me assusta tanto que perco um pouco o equilíbrio e deixo cair alguns dos papéis que carregava.

Uma das minhas colegas de trabalho, uma garota ruiva com sardas e um sorriso amigável chamada Ella, ri. Ela se ajoelha ao meu lado para ajudar a recolher os papéis e diz:

"Não liguei para a Ayana." Ella me diz com uma risadinha. "Ela só está brava porque vai ser obrigada a fazer serviço voluntário por dois meses!"

Agradeço à Ella pela sua ajuda enquanto terminamos de reunir os documentos que deixei cair.

"Verdade? Por quê?"

"O Príncipe Marco atribuiu isso à ela como punição por quase ter feito você se afogar."

Pisco para a Ella, surpresa, antes de cometer o erro de olhar para a Ayana.

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