O Melhor de Mim romance Capítulo 29

Ponto de vista da Tanya:

Depois de jantar cedo, Marco me convida para um passeio de carro. Ele me leva para fora da capital e dirige por quilômetros até chegarmos a um vale nos arredores do reino. Ele me diz que estamos na alcateia Blue Moon.

É impressionante ver o quão extenso o Reino de Mador realmente é, e imagino quanto poder a família dele detém para governar tudo isso, até mesmo os territórios habitados por outras alcateias.

"Quero te mostrar uma coisa."

Marco estaciona o carro e caminhamos um pouco, chegando à uma bela clareira no vale. No coração do pequeno vale há uma enorme árvore com centenas de lindas e pequenas flores. Eu nunca tinha visto esse lugar antes, mas reconheço imediatamente onde estamos. Até eu ouvi as histórias maravilhosas da Árvore da Lua Azul. A lenda diz que a antiga árvore foi abençoada pela própria Deusa da Lua muitos séculos atrás. Aquelas lindas flores ao redor da árvore devem ser as Flores da Lua Azul.

Pessoas estão reunidas no espaço aberto, algumas caminhando pacificamente enquanto outras se sentam ou se ajoelham ao lado da árvore em oração ou meditação. Muitos são casais.

"Foi aqui que os meus pais se conheceram há muitos anos. Eles se cruzaram bem debaixo da árvore e foi amor à primeira vista."

Eu suspiro baixinho com as palavras do Marco.

Segundo o folclore, a árvore não é apenas considerada um espaço santo, mas uma relíquia sagrada para os apaixonados. Conforme nos aproximamos, posso ver dezenas de fitas multicoloridas amarradas nos galhos da árvore. Dizem que, se você visitar a árvore com o seu amado e amarrar uma fita em um dos galhos, a Árvore da Lua Azul concederá seu pedido e abençoará seu amor, para que o casal possa ficar junto para sempre.

Marco não diz nada disso, mas há algo novo em sua expressão que faz o meu coração palpitar.

"Você já veio aqui com a Lily? Para fazerem um pedido juntos?" Eu pergunto, tentando manter um tom imparcial, mas mal consigo conter o sorriso quando ele diz:

"Não."

Eu sei que não deveria ter muitas esperanças, mas talvez me trazer aqui seja um sinal de que o Marco começou a se importar de verdade comigo, mesmo que só um pouco. Minhas especulações hesitantes e esperanças felizes são interrompidas pelo som de um homem gritando:

“Como eles podem dar essa ordem?!”

O homem que grita é jovem e bonito como uma raposa. Ele provavelmente está na casa dos vinte ou trinta e poucos anos, é alto e magro, com uma constituição elegante e notavelmente musculosa. Ele tem uma barba por fazer no queixo, bem como olhos gentis, e mantém a cabeça erguida enquanto outro sujeito atrapalhado tropeça em si mesmo enquanto tenta segurá-lo.

"A Árvore da Lua Azul é sagrada para a nossa alcateia e.... Ai!" Ele grita, quando o homem mais baixo e ansioso pisa nele acidentalmente, mas o homem alto e bonito o ignora. "Não, não, não, meu amigo, NÃO vou me acalmar! Eu quero ir para a capital lutar contra isso. Saia de cima de mim, bom senhor!" Ele afasta o sujeito atrapalhado.

Os dois homens lutam de uma forma um tanto cômica e murmuram coisas ininteligíveis antes de sair correndo, parecendo bastante agitados. Depois que eles se afastaram, o Marco e eu continuamos nosso passeio, caminhando até a Árvore da Lua Azul.

O sol está começando a se pôr no horizonte, lançando um brilho suave e esmaecido sobre a paisagem pacífica.

Marco me observa com uma curiosidade paciente enquanto passo meus dedos pelas folhas dos galhos caídos. As pétalas das Flores da Lua Azul exalam um adorável perfume floral e, de repente, entendo porque esse lugar é considerado tão especial. Nos galhos, há uma variedade caprichosa de laços, fitas, barbantes e retalhos de tecido, cada pequeno nó colorido representando um pedido flutuando ao vento.

A Árvore da Lua Azul está além da beleza. Ela é mágica.

Posso sentir os olhos do Marco queimando a minha pele, observando cada movimento meu enquanto pego a fita rosa que usei para amarrar meu cabelo em um coque. Ondas negras suaves caem sobre os meus ombros enquanto desamarro o laço do meu cabelo e estendo a fita na direção dele.

"Você vai fazer um pedido comigo? Eu gostaria de pedir pela felicidade do nosso filho." Pergunto à ele, timidamente.

Algo brilha em seus olhos, e isso faz a minha alma cantar. Depois de um longo momento, ele acena com a cabeça levemente. Juntos, alcançamos o galho baixo mais próximo, e ele pega uma ponta da fita enquanto eu pego a outra. Nossos dedos roçam um no outro tão suavemente quanto uma brisa. Amarramos a fita em volta do galho caído, fazendo nosso santo pedido, tão puro quanto uma promessa.

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