O Melhor de Mim romance Capítulo 50

Ponto de vista da Tanya:

Os clientes que ficam mais do que felizes em me levar para o hospital e eu agradeço a generosidade. A dor é imensa e me pego segurando a minha barriga para lidar com a pressão súbita. Cada solavanco inesperado do carro causa dor no meu corpo e tento desesperadamente não chorar.

Finalmente, nós chegamos. Os clientes ajudam a me manter de pé enquanto entramos. Minha barriga de grávida torna evidente para a equipe do hospital a minha situação, então sou colocada na maca e levada para um dos quartos, onde sou transferida para a cama. Apesar da maciez, as terríveis cólicas começam a aumentar e não ficam menos doloridas.

Os funcionários do hospital parecem abelhas operárias, correndo de um lado para o outro, se preparando para o parto. Um carrega toalhas, outro cobertores macios. Um ajusta a posição da minha cama para que minhas costas fiquem ligeiramente levantadas, enquanto outro me prende a fluidos, injetando uma agulha no topo do meu pulso.

Uma das enfermeiras também faz um ultrassom, esfregando silenciosamente uma pasta fria sobre a minha barriga antes de rolar um instrumento médico sobre ela. Suas sobrancelhas franzem ligeiramente, mas antes que eu possa perguntar o motivo, ela termina o exame e guarda tudo, saindo rapidamente do quarto.

Eventualmente, ouço as enfermeiras conversando entre si, dizendo que o meu bebê está em uma posição errada para o nascimento. Minha respiração acelera com o estresse enquanto me preocupo com o meu filho ainda não nascido. Sinto que começo a entrar em pânico, querendo garantir a segurança do meu bebê.

É então que a médica entra no meu campo de visão com um sorriso caloroso e pousa a mão na minha, tentando me acalmar.

"Não se preocupe, Tanya, vamos cuidar bem de você. Continue fazendo o que você está fazendo." Diz ela.

O suor encharca a minha testa, mas eu concordo, hesitante e ainda imensamente preocupada. De qualquer maneira, eu começo a empurrar novamente. Grito por causa da dor indescritível quando as cólicas vêm em ondas, algumas durando mais do que outras.

Isso dura o que parecem horas, e ainda nenhum sinal do meu bebê nascer. Estou ficando mais fraca a cada minuto, incapaz de fazer força como quando entrei em trabalho de parto. O suor emana do meu corpo e o meu cabelo parece desgrenhado e indomável.

Estou quase perdendo as esperanças e todas as minhas forças. Quando parece que estou prestes a desmaiar, os olhos da enfermeira brilham com entusiasmo e ela corre para o meu lado.

"Continue, Tanya! Estou vendo a cabeça do bebê! Você está quase lá!"

Com toda a minha força, empurro mais uma vez e sinto uma onda repentina de alívio no meu corpo quando o bebê nasce. Uma alegria irrompe da equipe do hospital que me cerca e até mesmo dos clientes que estão esperando por mim do lado de fora.

Uma enfermeira imediatamente pega o meu bebê em seus braços, batendo nas costas dele até que um choro claro envolva a sala de parto. Ela coloca o meu bebê em um pequeno berço de hospital para verificar os sinais vitais e garantir que as vias aéreas estejam desobstruídas, certificando-se de que o meu bebê esteja totalmente saudável e não precise de nenhum cuidado médico importante. Satisfeita, ela pega o bebê novamente, virando-se para mim.

"Parabéns, querida, é uma menina."

A enfermeira caminha em minha direção e coloca lentamente a bebê nos meus braços. Apesar da minha exaustão, olho para a minha filha com um sorriso sincero e observo enquanto ela lentamente abre os olhos para revelar o azul profundo, uma imagem espelhada do seu pai.

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5 anos depois

Ponto de vista do Marco:

Eu sei que tenho um temperamento forte e sei que as pessoas ao meu redor também sabem disso. Os residentes do palácio ficam bem longe enquanto caminho em direção a uma das salas de reunião com um olhar mortal caindo sobre qualquer um que chegue muito perto de mim.

Sem me preocupar em bater, abro a porta, passo por ela e interrompo sem remorso a conversa dos nobres. Nenhum deles me interessa, apenas o meu irmão. Eu vou até a cabeceira da mesa onde ele está sentado enquanto um calafrio segue os meus movimentos.

"Qual é o significado disso?" Eu pergunto, falhando em esconder a minha irritação.

"Por favor, por favor, senhor! Meu pai acabou de falecer e eu não tenho dinheiro. Se você alugar o meu quarto, será o suficiente para comprar um caixão para ele. Oh, por favor, senhor."

Observo a garota com um olhar inabalável e a minha expressão permanece sem emoção apesar de seu estado: "Tudo bem." Eu digo, aceitando o panfleto das suas mãos suplicantes. "Um mês."

É tudo o que tenho a dizer antes que a garota se levante rapidamente com um largo sorriso radiante em seus lábios: "Sim, claro, senhor, vou preparar imediatamente!" Sem outra palavra, ela sai correndo.

Enquanto a jovem arruma o meu quarto, sigo silenciosamente em direção à Árvore da Lua Azul derramando o meu olhar sobre o belo monumento. Os galhos elegantes se estendem em direção ao sol brilhante enquanto as fitas do amor dançam ao sabor da brisa.

Sinto-me feliz ao pensar nos meus pais sob ela, devotando seu amor um ao outro sob a glória da árvore. Caminho em direção à ela olhando as muitas fitas que decoram os galhos lenhosos, mas os meus olhos parecem atraídos para uma fita em particular, que de alguma forma parece familiar.

No entanto, sou momentaneamente puxado para longe pelo som da risada de uma garotinha e me viro para ver um Alfa brincando com ela. O Alpha oferece à ela um doce enquanto diz: "Ah, minha querida, pare de me chamar de 'tio'. Eu quero que você me chame de 'papai'!"

Com a fita ainda em mente, eu me viro para a árvore, gentilmente estendendo a mão para pegá-la mas, antes que eu possa, o canto do meu olho capta a onda de movimento à minha direita. Eu me viro apenas para ver a garotinha colidir comigo, envolvendo seus delicados braços infantis em um abraço.

Com o rosto enterrado na parte inferior do meu peito, tudo o que vejo inicialmente é o cabelo preto que cai sobre os ombros dela em ondas suaves e delicadas. Eventualmente, ela se afasta, olhando para mim com olhos de safira cheios do entusiasmo infantil:

"Papai!"