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O Melhor de Mim romance Capítulo 69

Ponto de vista em terceira pessoa:

O som do anel chama a atenção do Marco e da Tanya, que abaixam as cabeças para olhar para ele. Caído estranhamente entre a grama, o brilho do chapeamento de prata se destaca. Tanya vai pegá-lo apressadamente, mas o Marco é mais rápido e o agarra primeiro. Há uma carranca perceptível em seus lábios enquanto ele olha para a aliança com intensidade e descrença.

As adagas de cobalto que são os olhos dele voam para frente e para trás entre a Tanya e a joia em sua mão. Isso está longe do que o Marco esperava e ele não entende por que ela guardaria a aliança com ela por todos esses anos. Alguns segundos se passam e a expressão do Marco ainda não se acalma. Finalmente, sem outra palavra, ele pega o anel e o colar de rubi e vai embora furioso, deixando a Tanya na chuva para se afogar em seus próprios pensamentos.

Marco volta para casa e, durante toda a sua rotina noturna, pensa constantemente na Tanya e na aliança, enquanto toma banho, enquanto janta, enquanto prepara uma xícara de chá. E, agora, sentado na janela e olhando para o céu noturno enquanto se afoga em suas lágrimas, o Marco se pergunta por que ela guardou o anel todo esse tempo.

A maneira como ela se comportou no dia em que o deixou, a crueldade e a brutalidade do discurso dela que o fizeram acreditar que ela não o amava mais, contradizem a manutenção desta aliança. Ele gira a joia entre os dedos, olhando ferozmente para o anel de prata como se o objeto pudesse facilmente responder às suas perguntas.

'Ela disse que iria abortar o bebê, mas não abortou.'

Em meio à confusão dos pensamentos do Marco, seu lobo, Manuel, decide falar. E, por algum motivo, ele gosta da Tanya. 'Ela deu à luz a Claire e trabalhou muito nos últimos cinco anos para cuidar dela e ter uma vida decente na Alcateia Lua Azul. Isso deve significar alguma coisa... Certo?'

Marco apenas bufa em resposta e o Manuel vê isso como um sinal de que ele pode continuar com a conversa. 'Não sei, me sinto ainda mais próximo e mais atraído pela Tanya do que há cinco anos. E se houver um motivo válido para ela ter nos deixado? Marco... dê uma chance à ela. Por favor.'

O Lycan não responde diretamente ao seu lobo interior e continua olhando pela janela como se estivesse lutando ferozmente contra ele mesmo. Finalmente, está claro o que ele deve fazer sobre a situação. Ele pega o telefone e liga para o seu amigo, Oliver.

"Oi, Marco, tudo bem?"

"Por que você não me contou sobre a Tanya?"

Há uma pausa repentina e fria no telefone antes de o Oliver gaguejar a resposta: "Você... Você lembrou?"

"Sim, eu lembrei. Por que você não me contou sobre a Tanya?" A impetuosidade do tom do Marco deixa o Oliver atordoado e, finalmente, ele explica ao Lycan de uma forma submissa:

"A Lily nos disse que a perda de memória seria um efeito colateral da cura da maldição. E, como a Tanya te abandonou, achamos que seria melhor se você não se lembrasse dela. Então, concordamos em manter a existência dela em segredo. Não queríamos te causar mais dor, Marco."

Marco ri, zombando em resposta, e afirma: "Bom, esqueça isso agora, estou voltando para a capital e preciso que você prepare um documento para mim."

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Ponto de vista da Tanya:

O uivo penetrante de um lobo soa nos meus ouvidos. Não consigo vê-lo, mas ouço o longo e prolongado grito lupino que soa como uma melodia à distância.

Eu me endireito na cama. Minha mão instintivamente quer segurar o meu pingente de rubi como uma forma de conforto, mas descubro que ele não está lá e que o meu pescoço e a minha clavícula estão nus. É então que me lembro de quem o pegou.

Me arrumo silenciosamente pela manhã enquanto a minha mente tenta juntar as peças do meu sonho. Entretanto, nenhuma das peças se encaixa e não consigo me lembrar de nada, nem ter uma visão do que sonhei. Tudo o que consigo lembrar é do uivo, cuja lembrança é vívida.

Então, ouço uma batida na porta. A Claire está tomando seu café da manhã na cozinha quando vou abrir. Em um instante, o medo irrompe dentro de mim quando vejo o Marco com uma expressão fria e calculista que dá um nó no meu estômago.

Capítulo 69 1

Capítulo 69 2

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