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O Melhor de Mim romance Capítulo 68

Ponto de vista em terceira pessoa:

O enterro do Sr. Barlow é tranquilo, como ele quis que fosse e parece adequado para ele. Depois de muitos anos de existência, vivendo duas vidas muito diferentes, fazia sentido que ele estivesse cercado por aqueles que fizeram parte da última extremidade da sua linha do tempo.

Mesmo sendo o alcoólatra recluso que era, o Sr. Barlow era conhecido como o sábio bêbado da alcateia. Nem todos se davam bem com ele, mas todos seguiam seus conselhos quando ele os dava.

Mesmo agora, a Tanya sorri pensando nisso com o Marco ao lado dela, observando solenemente enquanto o caixão é baixado devagar no chão. Isso a lembra de que a vida é curta e a qualquer momento pode ser tirada de uma pessoa. Não há como escapar da morte. As palavras do Sr. Barlow ecoam na mente dela.

"Não perca tempo com coisas que não importam. Você tem que ir atrás da sua própria felicidade, Tanya. Persiga-a com todo o seu coração."

Naquele momento, ela decide que vai finalmente contar a verdade ao Marco, tanto as coisas boas quanto as ruins. Ela pretendia contar a verdade antes, mas foi interrompida por uma emergência. Desta vez, ela vai contar tudo à ele, não importa as consequências. Mesmo que ela, por algum motivo, morra logo, isso significa que ela tirou tudo do seu peito e ele saberia a verdade sobre quem ela realmente é.

Após o funeral do Sr. Barlow, a Tanya pergunta ao Marco se ele está disposto a se encontrar para uma conversa sob a Arvore da Lua Azul no dia seguinte e ele concorda. Mal sabe ela que ele está descobrindo parte da verdade por conta própria.

De volta à capital, Lily está relembrando os últimos cinco anos. Apesar dos seus planos com o Marco inicialmente irem bem, o desmaio repentino do Joseph antes de declarar o Marco como o próximo herdeiro atrapalhou tudo. O Eric se tornou o governante temporário e a Lily teve que continuar sendo noiva dele.

Para sua perplexidade e humilhação, a cerimônia de casamento entre ela e o Eric ainda não aconteceu, deixando a Lily como vítima de boatos impiedosos sobre o motivo da demora. Ela mesma não conseguia entender. Por que não se casar logo com ela?

E com relação ao Marco... Embora ele não fosse mais hostil e agressivo com ela depois de perder a memória, ele mais uma vez se afastou dela ao descobrir que ela estava noiva do Eric, o que deixou a Lily ainda mais irritada.

A única coisa boa que saiu disso foi que ela se livrou da Tanya. O Joseph pelo menos foi capaz de encobrir o plágio da Lily do trabalho de Tanya, o que era outro requisito para a Lily curar a maldição do Marco. Claro, como as pessoas da família real sabiam a verdade, a Lily não tinha mais permissão para trabalhar como designer de perfumes.

O povo foi levado a acreditar que o olfato dela estava tão danificado que ela não conseguia mais trabalhar, o que pelo menos significava que a sua reputação estava preservada e a Lily, é claro, aproveitou a oportunidade para enganar o Marco, fazendo-o pensar que a Tanya foi quem destruiu o seu olfato.

No entanto, a Lily não gostou muito da viagem do Marco para a Alcateia Lua Azul. Ele já está lá há algum tempo e reapareceu apenas por um momento para pegar um ingrediente especial, antes de voltar correndo sem dizer uma palavra. É estranho, para dizer o mínimo.

Ela agora brinca com o seu colar de cristal, girando-o com os dedos enquanto tenta entender seu aborrecimento. Optando por confiar em seus instintos, ela decide ligar para Marco.

"Oi, tudo bem?"

Ela fica um pouco surpresa com a calma na voz dele: "Sim, estou bem, por quê? O que foi?"

"Ah, nada. Eu só queria falar com você, ver se você está bem."

"Sim, não se preocupe. Eu estou bem. Foi bom falar com você, Lily, mas tenho que ir. Conversamos outra hora, ok?"

Lily sorri, agora mais tranquila: "Sim, claro."

Mal sabe ela que isso é uma encenação e que nem tudo está bem no mundo do Marco. Apesar do tom de voz dele, sua expressão é vazia e fria. Ele está embaixo da Árvore da Lua Azul quando desliga o telefone.

De alguma forma, ele finalmente juntou todas as suas memórias perdidas. Seu olhar recai sobre uma fita pendurada em um dos galhos, que ele desamarra delicadamente e puxa para baixo. A fita é tão familiar, e ele logo entende o porquê quando a estica para revelar as iniciais dele e da Tanya.

Nesse momento, relâmpagos iluminam o céu noturno e uma chuva forte cai sem parar. O estrondo de um trovão corta a névoa como uma faca e inevitavelmente levanta o véu final que suprimia as memórias do Marco. Ele vê tudo claramente agora. Ele vê aquela mulher dos seus sonhos, que na verdade é a Tanya.

Balanço a cabeça, em pânico com a acusação. "Sim, eu ia te contar..."

Mas o Marco me interrompe: "Você ia me contar amanhã, não é?" Só me resta acenar fracamente. “E quanto à cinco anos atrás? Você ia me contar como me deixou há cinco anos? Ou você ia esconder isso de mim também?" A frieza em seu tom é capaz de destruir a minha alma.

"Ou você ia me dizer que tinha algum outro motivo para me deixar há cinco anos? Bem, sinto muito, Sra. Tanya, não acredito! Tudo o que sei é que você é uma mulher que escolheu me abandonar por dinheiro quando eu estava passando pelo momento mais difícil da minha vida!"

Eu me afasto enquanto ele se aproxima dominantemente, sua raiva desgarrando-se dele em ondas. "Sinto muito, Marco. Desculpa."

Ele mal reage ou reconhece a minha sinceridade. "Será que o seu pedido de desculpas muda alguma coisa? Não. Quero que você pague pelo que fez!" Eu me afasto quando ele começa a invadir o meu espaço.

"Ela é minha filha, não é? É por isso que podemos nos comunicar através da conexão mental. A Claire é minha filha!" Ele grita. "Pelo menos você teve consciência nesse seu coração cruel e desprezível para não abortar a sua filha. Mas ela é minha. E eu a levarei embora agora, para que você também possa sentir a dor de perder alguém tão precioso para você. É exatamente o que você merece."

Minha respiração acelera conforme compreendo as palavras que saem da boca dele e os meus olhos se arregalam em pânico. "O quê? Não. Marco, não, por favor. Por favor, não leve a Claire embora. Ela é tudo que eu tenho!" Mas o Marco não quer ouvir os meus apelos e já se decidiu.

Então, antes que eu possa reagir, os braços dele disparam para mim e suas mãos de repente envolvem friamente o meu pescoço. Não consigo acreditar que o Marco queira me matar, mas não vi nenhuma forma de empatia em seus olhos, que olham ferozmente para os meus.

No entanto, ele me segura assim por alguns minutos e posso sentir sua hesitação quando quase nenhuma pressão é aplicada ao meu pescoço. Eu até sinto o leve tremor de seus dedos e ele zomba: "Você merece algo pior do que a morte. Vou levar tudo o que você mais ama. Um por um. E vou começar com o seu colar."

Ele então relaxa o aperto em volta do meu pescoço, deixando uma respiração instável explodir dos meus pulmões. Em seguida, sua mão dispara para agarrar o meu colar e o arrancar violentamente do meu corpo. Quando a corrente se rompe e o Marco pega o pingente, um som metálico é emitido naquele exato momento. Nós dois seguimos o som, olhando para as folhas de grama encharcadas. E lá está a minha aliança de casamento, brilhando em seu tom prateado para mim e para o Marco.

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