Mas, cedo ou tarde, ela ia eliminar Jessica.
“Sr. Hugh, a Sra. Hensley está fazendo o tratamento ali naquela sala”, disse o motorista.
Dentro do consultório, Rhea congelou ao ouvir aquela voz do lado de fora... Hugh estava ali?
Guiado pelo motorista, Hugh parou em frente à porta do consultório de Declan. As sobrancelhas se franziram, e um aperto estranho tomou conta do peito. Por que a porta estava fechada? Ela estava sozinha com um médico homem?
O rosto fechou de vez. Sem bater, ele empurrou a porta e entrou.
Só havia um médico na sala, sentado à mesa. Nenhum sinal da mulher.
Hugh estreitou os olhos. “Onde está a Rhea?”
Declan conteve o pânico no olhar e manteve uma expressão tranquila. “Você é parente dela?”
“Sou o marido”, respondeu Hugh, seco.
“Entendi. Ela não estava se sentindo bem. Prescrevi alguns medicamentos. Está deitada na salinha dos fundos.”
Uma cortina separava o consultório de uma pequena área de exame, onde havia uma cama de hospital estreita.
“Hugh? Você veio?”, chamou uma voz fraca, por trás da cortina.
Com a testa franzida, Hugh foi até lá e encontrou Rhea deitada na cama. O rosto parecia normal, mas ela demonstrava bastante desconforto.
“O que foi?”, perguntou, a preocupação evidente no tom.
Ela não esperava que ele aparecesse, ainda bem que tinha sido rápida antes, senão ele teria flagrado os dois abraçados.
Apertando o estômago, ela gemeu baixinho: “Minha barriga começou a doer de novo... Desde que perdi o bebê, a dor não passou...” E então a voz falhou. Ela segurou a mão dele e começou a chorar. “Foi a Jessica... Ela fez isso comigo...”
No instante em que ela começou a chorar, Hugh se agitou. Naquele momento de distração, esqueceu completamente o motivo de ter ido até ali. Sentou-se na beira da cama e a puxou para os braços, tentando consolar. “Não chora mais. Vou cuidar disso. Ela não vai sair impune.”
Ela se encostou nele, enxugando as lágrimas. “Como não chorar? Eu perdi o bebê... perdi o direito de ser mãe. Eu odeio ela... eu odeio tanto...”
As palavras dela reacenderam a raiva que ele mantinha enterrada no peito. Jessica havia destruído a chance deles de serem pais.
“Espera... Você não devia estar na festa de aniversário da empresa? O que tá fazendo aqui?” Rhea levantou os olhos, confusa.
O olhar de Hugh vacilou. Ele não podia contar que tinha ido até ali por causa das palavras da Jessica, cheias de dúvida. Foi isso que o levou direto ao hospital.
“A governanta disse que você não estava bem. Não consegui ficar parado. Tive que vir ver você.”
“Você me trata tão bem”, disse ela, apertando mais forte os braços ao redor dele, encostando o rosto no peito dele. Um brilho sombrio passou pelos olhos baixos dela.
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