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O Pai Bilionário do Meu Filho romance Capítulo 115

Charles não impediu a mulher de fazer nada. Apenas a deixou ali, nos braços dele, fazendo o que bem entendesse.

Mavis congelou no lugar, paralisada, olhando sem acreditar enquanto ele carregava Jessica direto para o elevador.

Aquela mulher nos braços dele… não era a Jessica?

A imagem do beijo entre Jessica e Charles no palco ainda queimava na mente de Mavis. Ela jamais esperava que a jovem fosse esse tipo de mulher, tão ousada, tão sem vergonha.

E no momento seguinte, os dois estavam entrelaçados como se fossem só deles o mundo.

Mavis quase chorou ali mesmo. E de que adiantava ter Dom ao seu lado?

Em vez de levar Jessica para outro lugar, Charles mandou o gerente reservar uma suíte presidencial para ela ali mesmo no hotel. Diante das circunstâncias, ele não podia levá-la para qualquer lugar.

Na suíte, ele a acomodou dentro da banheira, ainda enrolada na toalha. Jessica estava tentadora demais, mas ele manteve a lucidez. A cabeça estava no lugar, e ele jamais se aproveitaria dela naquela condição.

Se fizesse isso agora, não seria diferente do que aconteceu cinco anos atrás e ele nunca mais queria repetir aquilo.

Só Deus sabia o quanto estava sendo difícil se controlar perto dela.

Então, ligou para Felix.

Ele chegou às pressas, arrastando a maleta de médico. Ao ver Charles sentado no sofá com o rosto fechado, hesitou. “Sr. Hensley… Não tem muito o que eu possa fazer pra aliviar os sintomas da Sra. Hensley.”

Tinha achado que o caso era sério, pelo tom da ligação de Charles.

“E o que você quer que eu faça, então?”, perguntou Charles, claramente frustrado. Só tinha chamado Felix porque Jessica estava sofrendo, e ele sabia, por experiência, como esse tipo de reação podia ser dolorosa.

Felix coçou o nariz, constrangido, tentando manter a calma. “Ela vai ter que aguentar. Quando o efeito do remédio passar...”

A voz de Charles baixou para um tom perigoso: “Se eu pudesse resolver sozinho, não teria te chamado.”

Felix sabia muito bem que era melhor não perguntar por que Charles simplesmente não cuidava daquilo por conta própria. O motivo de ainda ser o médico da família Hensley não era apenas por competência, era porque sabia a hora de ficar calado.

“Então a Sra. Hensley vai ter que resistir. Mas isso pode desgastar muito o corpo dela. Amanhã posso dar algo pra aliviar os efeitos colaterais.” Ele colocou um frasco de comprimidos sobre a mesa de centro.

Charles encarou o frasco por alguns segundos em silêncio. Depois, murmurou: “Pode ir.”

Felix suspirou, impotente, e saiu rápido com sua maleta.

Charles se levantou e voltou para o banheiro. Tirou o roupão, entrou na banheira e puxou a mulher febril e ofegante para os braços, beijando a testa dela com força.

....

De novo essa história de não estar se sentindo bem?

Será que ela foi encontrar aquele médico, o tal Declan? Será que estou sendo paranoico? E se ela estiver mesmo doente? Mas por que isso tá me incomodando tanto?

Era uma batalha mental constante. Ir atrás dela ou não?

No fim, foi parar num hospital particular, franzindo a testa. Até onde sabia, aquele nem era o hospital onde Rhea costumava se tratar. Por que tinha vindo ali, assim do nada?

Ela estava mesmo fazendo um check-up… ou era outra coisa?

Trancou o carro e caminhou decidido até o prédio, o maxilar travado.

Dentro de um consultório, Rhea estava encolhida nos braços de Declan. Os dois estavam sentados num pequeno sofá da área de descanso, com a porta fechada. Só eles ali dentro.

Ela tentava acalmá-lo com a voz doce: “Amor, aguenta só mais um pouco nesse hospitalzinho, tá? Assim que eu resolver tudo, te levo de volta praquele hospital grande.”

“Você já disse isso da última vez. E aqui estou eu, preso nesse fim de mundo. Desse jeito vou acabar perdendo minha licença”, reclamou Declan, claramente ressentido.

“Eu não tive escolha. Você sabe como foi... A Jessica quase pegou a gente. Se tivesse ficado lá, os dois estariam ferrados.”

“Então quando é que você vai resolver tudo?”

“Em breve. Só mais um pouco de paciência”, respondeu Rhea com doçura, mas o brilho nos olhos era perigoso. Jessica já devia estar morta. Se não fosse Charles ter aparecido, podia-se dizer que era um milagre ela ainda estar viva.

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