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O Pai Bilionário do Meu Filho romance Capítulo 12

Jessica atravessou a porta, o braço entrelaçado no de Charles, o olhar percorrendo o salão. Primeiro encontrou Jane, mãe de Hugh e depois... Rhea.

O fôlego de Rhea falhou. O choque se espalhou pelo seu rosto como um fogo lento. Os lábios de Jessica se curvaram em um sorriso fechado e silencioso, enquanto apertava o braço de Charles com firmeza. O gesto era deliberado, inconfundível.

“Jessica?” A voz de Rhea vacilou, trêmula de incerteza.

Cinco anos se passaram, mas o rosto de Jessica não mudou. Mas algo nela sim. Agora irradiava confiança, um orgulho silencioso que a distinguia.

Os olhos de Rhea se estreitaram, captando o brilho de desafio no olhar de Jessica. O modo como ela se agarrava a Charles, era a marca de uma vencedora.

Por um instante, o coração de sua ex amiga disparou no peito. Pânico misturado à confusão ameaçava dominá-la.

O olhar de Jane seguiu a entrada de Jessica, o rosto endurecido. A mulher que um dia traiu seu filho estava ali, diante dela, ousada e sem remorso.

“Hugh, o que ela está fazendo aqui?” A voz de Jane cortou o salão, fria e acusadora.

Antes que Hugh respondesse, Jessica falou, calma e medida. “Estou aqui para parabenizar Hugh e Rhea, Jane.”

Os dedos de Rhea se cerraram em punhos, o olhar frio e implacável, mas ela não disse nada.

O instinto de Jane foi chamar a segurança. A mão se moveu, mas Hugh a deteve com um olhar rápido e firme. “Mãe, o vovô está aqui.”

Dom, preso entre a tensão, olhou para ambos, com a confusão marcando sua testa. “Vocês se conhecem?”

A mente dele corria. Jessica fazia parte do mundo do filho muito antes daquele dia? Ele era o último a saber?

Jane cerrou os dentes. A fúria fervia sob a superfície, quase incontrolável. Como Jessica ousava aparecer depois de tudo?

Rhea se recompôs, esboçando um sorriso apertado e falso. “Como você conheceu o tio Charles?”

Charles era a cabeça da família Hensley. A ideia de Jessica estar próxima dele era perturbadora.

O sorriso de Jessica se aprofundou, quase zombeteiro.

“Ah, só recentemente. Aliás, ele é meu chefe agora. Sou sua companhia esta noite.”

O estômago de Rhea se revirou. Chefe? Companhia?

Jessica estava brincando com ela. Não restava dúvida para a mulher.

“Hugh, não estou me sentindo bem. Pode me levar para algum lugar tranquilo?” Os pensamentos de Rhea giravam, precisava de espaço para clareá-los.

A preocupação dele foi imediata. “O que houve?” Ele a segurou no braço em um instante, firme.

“Deve ser só o calor”, Rhea sussurrou, inclinando-se para ele, o olhar cortando Jessica com frieza.

Os cochichos começaram, baixos no início, aumentando conforme as pessoas notavam.

“Quem é a mulher com o senhor Hensley?”, perguntou uma voz, curiosa. “Nunca a vi antes.”

“Eles dançam lindamente”, murmurou outra.

Rhea, guiada por Hugh, entrou no salão a tempo de vê-los. Os olhos dela se fixaram em Jessica. Ali estavam Charles e Jessica dançando com facilidade, parecendo o casal perfeito. A química era inegável, cada movimento em harmonia. A multidão os observava, encantada.

As mãos de Rhea se fecharam em punhos ao lado do corpo. Aquela era a sua noite, o seu momento para brilhar. Mas Jessica estava roubando tudo, atraindo todos os olhares para si.

“Hugh, olhe para ela. Está se atirando para o tio Charles!” A voz dela escorria desprezo.

A mandíbula dele se apertou enquanto assistia os dois. “Ela não é tão esperta assim.”

Ainda assim, vê-los tão próximos, corpos quase colados, era inegável. A dança era íntima, íntima demais, sugestiva demais.

“Hugh, por favor, faça ela sair. Eu não aguento mais.” A voz de Rhea tremia, com as palavras amargas.

Hesitou, demonstrando uma carranca marcando sua testa. Ele se conteve antes, por respeito ao avô. Mas agora não podia mais permitir que Jessica ficasse.

“Vou cuidar disso”, disse, com a voz fria. O olhar fixou Jessica, ainda perdida na dança, alheia à tempestade que se formava ao redor dela.

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