O Pai Bilionário do Meu Filho romance Capítulo 241

Charles esticou os braços longos e a puxou para perto de forma possessiva, apoiando o queixo suavemente na cabeça dela. “Foi só um acordo entre nós”, ele murmurou.

Jessica piscou surpresa. Ele está mesmo se explicando?

Mas ela não entendeu direito.

“Que tipo de acordo?”, perguntou antes de conseguir parar.

“Você precisa saber que nosso noivado foi um movimento comercial. Não vou me casar com ela. Quando tudo estiver resolvido, o noivado acaba.”

Ele não explicou mais, provavelmente por envolver alianças corporativas entre as famílias. E, honestamente, ela não precisava de todos os detalhes complicados.

Jessica ficou em silêncio. Poderia confiar nele?

Pensou em como ele se arriscava para protegê-la, como se machucava várias vezes e nunca a soltava, mesmo quando o rio tentava arrastá-los.

Palavras podem mentir, mas ações não. Por que duvidar dele agora?

Ainda assim.

“Você não está mais bravo comigo? Se eu não tivesse dito aquelas coisas pro Sr. Dom, talvez ele...”

Não era por isso que ele tinha pressionado pelo divórcio tão rápido? Por causa do que ela disse?

Pressionada contra o peito dele, ela não via o rosto dele, mas sentiu os músculos dele tencionarem assim que falou aquilo.

Ela tentou se afastar, mas ele não deixou. Os braços ficaram firmes ao redor dela, a voz baixa e firme perto da cabeça dela. “Sim, Dom ficou abalado. Mas o que realmente o destruiu não foi o que você disse. Foi descobrir a verdade sobre a morte do Clement. O que acabou com ele foi o quanto a Jane se mostrou cruel. E a saúde dele já estava fragilizada. Ele não aguentou.”

As palavras dele eram calmas, sem defesa. Pelo jeito dele, as palavras dela não causaram todo o estrago, pelo menos não sozinhas.

Mais cedo ou mais tarde, a verdade ia vir à tona de qualquer jeito.

O divórcio? Foi uma mistura de dor e raiva, principalmente porque ela foi direto falar com Dom, ignorando os avisos dele.

“Mas”, acrescentou: “você não está totalmente livre. Você foi quem começou tudo ao contar para ele.”

Jessica abaixou a cabeça. Não podia negar essa parte.

“Vou visitar o túmulo dele e pedir desculpas. Todo ano, no Dia da Memória, irei, levarei flores e farei tudo certo. Isso basta?”

“De jeito nenhum.”

“Então o que quer que eu faça?”, perguntou, impaciente.

Ele levantou o queixo dela com dois dedos, estreitando os olhos enquanto a encarava. “Os vivos importam mais que os mortos. Se quiser mesmo se redimir comigo, seja minha. Me faça feliz.”