Tudo o que Jessica queria era uma vida tranquila ao lado de Arthur, só os dois, longe de tudo e de todos.
O olhar de Charles se aguçou, seus olhos escuros se prenderam nos dela com tamanha intensidade que o ar entre os dois pareceu pesar. A tensão só aumentava a cada segundo.
Um sorriso frio e quase imperceptível surgiu no canto de seus lábios. “Está dizendo que sou eu quem está te forçando a isso? Quer se divorciar?”
Jessica fechou os punhos, os dedos ficando brancos de tanta força. “Sim, quero o divórcio. Sua família nunca vai me aceitar, e no fim das contas, vão acabar nos separando. Por que prolongar esse sofrimento? Além disso... o Dom já escolheu uma esposa. A Mavis provavelmente combina mais com você do que eu algum dia consegui.”
Foi preciso toda a força que tinha para dizer aquilo, mas o olhar de Charles apenas se intensificou, ficando ainda mais sério. O silêncio que se seguiu era sufocante, como se o peso do olhar dele pudesse esmagá-la.
Ele não respondeu de imediato. Continuou a fitá-la, como se estivesse tentando decifrar cada pensamento em sua mente. Vestia uma camisa escura simples, com os primeiros botões abertos, sem gravata, casual, mas com uma presença impossível de ignorar. Sua expressão permanecia neutra, o que só deixava o clima mais desconfortável.
Jessica não aguentava mais. Estava prestes a falar, quando, de repente, Charles esticou o braço e a puxou com força, colando seu corpo contra o dele. O impacto a fez perder o fôlego. Seu corpo chocou-se contra o peito firme e sólido dele.
A mão dele pousou com firmeza em sua lombar, o calor atravessando a roupa dela. Um arrepio percorreu seu corpo com a proximidade inesperada.
“Sra. Hensley”, ele disse, com a voz baixa e cada palavra pesando como pedra. “Acha que uma certidão de casamento é algo que se assina e esquece?”
As mãos de Jessica repousavam sobre o peito dele, sentindo a firmeza dos músculos e o ritmo acelerado de seu coração. Ela se sentia presa, sem saber onde colocar as mãos, com a mente girando para tentar entender o que estava acontecendo.
Ele a encarava sem piscar, e um leve brilho de zombaria surgiu em seus olhos, mesmo com a voz ainda carregada de ironia. “Ou... está com ciúmes?”
Jessica desviou o olhar, gaguejando: “C-Ciúmes? Por que eu sentiria ciúmes? Só estou dizendo a verdade. A Mavis combina mais com você...”
Mas antes que pudesse terminar, os lábios dele se chocaram contra os dela, interrompendo-a com um beijo intenso e forçado. A mão dele segurou a nuca dela, mantendo-a no lugar.
Jessica arregalou os olhos, o ar sumindo dos pulmões.
Ele está me forçando a um beijo!
Demorou apenas alguns segundos para que a realidade a atingisse. Seu corpo reagiu instintivamente, empurrando-o com força, tentando escapar, mas o aperto dele era firme. Ele não a soltou, os lábios ainda pressionando os dela com insistência.
Seu peito subia e descia em ritmo frenético, o coração disparado. Lutava contra ele, os músculos tensos, tomada pelo pânico. Por mais que tentasse, o abraço dele era inquebrável. Sentia-se sem ar, o peito comprimido.
Charles nem sabia direito por que tinha feito aquilo. A princípio, só queria silenciá-la. Mas à medida que ela resistia, algo mais sério despertava nele, uma vontade dominadora de fazê-la ceder, de quebrar sua resistência até que estivesse completamente vulnerável em seus braços.
Os lábios dela, quentes e suaves, eram mais viciantes do que ele imaginava.
Só quando percebeu que ela estava ficando sem fôlego, prestes a desmaiar, ele recuou. Seus olhos estavam sérios, perigosos, enquanto observava Jessica tentando recuperar o ar.

Está irritada? Isso só a torna ainda mais fascinante.

Arthur finalmente começava a se adaptar à vida ali, mas Jessica não conseguia deixar de pensar: Será que ele ficaria feliz se eu o tirasse daqui?
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