“Mamãe, é aquele o homem mau que machucou você da outra vez?” Os olhos de Arthur se fixaram em Hugh, seu rostinho se fechando de raiva.
“É, sim...” Jessica mal conseguiu terminar a palavra antes que Arthur, tomado pela fúria, jogasse a bola de lado e disparasse em direção a Hugh. “Vou me vingar por você!”
O coração de Jessica deu um salto. Ela correu imediatamente para impedi-lo. “Arthur...”
Num piscar de olhos, o garotinho alcançou o homem, encarando-o com uma fúria intensa. “Seu malvado, foi você que machucou a minha mamãe, não foi? Foi você que maltratou ela, né?”
Os olhos de Hugh se estreitaram ao encarar a súbita aparição do garoto, um sorriso de desprezo se formando em seus lábios. Seu tom era carregado de deboche. “E se foi?”
Ao observar o rosto de Arthur, tão parecido com o de Charles, algo dentro dele se rompeu. Ele não conseguiu evitar pensar na criança que havia acabado de perder, e uma onda de raiva subiu em seu peito. Como esse pirralho ousa me enfrentar?
“Você machucou a minha mãe, então agora vou te ensinar uma lição!” Arthur se lançou contra ele, desferindo socos e chutes como um pequeno leão enfurecido.
Mas por mais determinado que fosse, seus golpes não tinham força suficiente para atingir Hugh.
Jessica, alarmada pelo ataque repentino do filho, correu até eles. “Volta aqui!”
Rhea, observando-a se aproximar, sentiu uma onda de ódio surgir em seu olhar.
Dr*ga! Por que ela ainda está aqui?
Rhea havia perdido o bebê, e mesmo assim não conseguia se livrar de Jessica. Pior ainda era a amarga constatação de que talvez nunca pudesse ter filhos. Sabia que Hugh ainda nutria certa compaixão por ela, mas isso não duraria para sempre, logo ele passaria a desprezá-la por não poder lhe dar um herdeiro.
Esse pensamento a consumia com raiva e ressentimento.
Quando Jessica chegou perto, tentando afastar Arthur, Rhea exibiu um sorriso frio e calculista. Colocou-se na frente de Hugh, bloqueando propositalmente sua visão. “Cuidado... ah!”
Rhea simulou um tropeço, caindo ao chão de forma exagerada, levando as mãos ao estômago como se estivesse com uma dor insuportável. “Está doendo, Hugh...”, ela gemeu, fingindo que a queda havia agravado seu ferimento.
A expressão de Hugh mudou na hora, sua preocupação se sobrepondo a todo o resto. Ele empurrou Arthur com força e se ajoelhou ao lado dela. Sua testa se franziu ao perguntar: “Você tá bem?”
Pego de surpresa com o empurrão, Arthur caiu no chão com força.
O coração de Jessica se apertou de pânico. Ela correu até o filho. “Arthur! Você está bem?”
Ao vê-la agachada ao lado do filho, o rosto tomado pela preocupação, a expressão de Hugh se fechou. Esse pirralho derrubou a Rhea. Isso não vai ficar assim!
A raiva explodiu dentro dele. Como esse moleque ousa agir desse jeito?
Hugh ainda segurava Arthur com força, seu tom cada vez mais cruel. “Você não sabe educar seu filho, então acho que sou eu quem vai ter que ensinar!”
O pânico de Jessica aumentou. “O que vai fazer? Se tem algum problema comigo, resolve comigo! Mas solta meu filho!”
Hugh zombou. Finalmente soltou Arthur, mas, num movimento rápido, ergueu a mão, pronto para bater no garoto...
No instante em que a mão dele estava prestes a atingi-lo, uma voz fria e cortante rompeu a tensão no ar. “Se bater nele, vai se arrepender.”
Charles havia retornado sem que ninguém percebesse. Sua mão surgiu como um raio, agarrando o pulso de Hugh com tanta força que o golpe foi interrompido a poucos centímetros do rosto de Arthur.
Hugh se virou e o viu, o rosto gelado como uma tempestade de inverno. Um arrepio percorreu sua espinha. Antes que pudesse reagir, uma dor aguda subiu por seu braço, quando Charles torceu seu pulso, prestes a quebrá-lo.
Ele começou a suar frio. “Tio Charles, tá doendo...”
Rhea, surpresa com a aparição repentina e ameaçadora de Charles, começou a implorar imediatamente. “Tio Charles, a culpa é minha. O Hugh se confundiu e quis bater na criança por minha causa. Se for pra culpar alguém, me culpa. Por favor, solta ele.”

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