O coração de Jessica pulou na garganta enquanto ela disparava para frente. “Arthur! O que está fazendo? Desce daí agora mesmo!” Desde quando seu filho tinha ficado tão arteiro? Subir em árvore era perigoso!
Charles observava o filho empoleirado no galho, arqueando uma sobrancelha em uma admiração relutante. Aquele pequeno danado tinha colocado toda a casa dos Hensley de cabeça para baixo.
“Mamãe! Você voltou!” O rosto do menino se iluminou ao ver a mãe. De tanta empolgação, ele se mexeu e...
O galho se partiu embaixo dele. Ele começou a cair!
“Ah! Mamãe, ajuda...”, o garotinho gritou, assustado.
O rosto de Dom ficou pálido de medo. “Arthur!”, ele gritou, instintivamente estendendo os braços para pegar o neto, mas uma tontura o dominou. Bryan rapidamente o amparou para que não caísse.
Os empregados entraram em desespero, correndo de um lado para outro numa confusão tão grande que nenhum deles conseguiu reagir a tempo para ajudar.
O sangue de Jessica gelou. “Arthur!” Ela se lançou para frente por instinto, mas alguém foi mais rápido.
Charles agiu num piscar de olhos e pegou o menino pouco antes dele bater no chão.
O corpo inteiro de Jessica tremia, sua respiração estava ofegante. E se ele tivesse caído de cabeça? E se...
Ela cambaleou até Arthur, sem conseguir controlar a emoção. “Q-Quem mandou você subir naquela árvore?” A voz dela falhou, misturando medo e raiva. “V-Você desobedece assim que eu saio? Quer me infartar?”
Lágrimas encheram os olhos do garotinho. A queda o tinha assustado, e agora a bronca da mãe quebrou a barreira. “Desculpa, mamãe! Eu só senti tanta saudade, não consigo viver sem você...” Ele começou a chorar descontrolado.
A raiva dela desapareceu. O puxando para um abraço apertado, ela enterrou o rosto no cabelo dele. “Mamãe também sentiu sua falta...” Como ficar brava quando ele chorava daquele jeito?
Charles observava a cena emocionada, os olhos indecifráveis.
Dom quase desabou do susto. Agora, vendo os dois, a culpa lhe apertava o peito. Como pôde separar mãe e filho?
“Chega de choro”, resmungou. “Jessica, volte para casa.”
Ela o olhou surpresa. Depois de tudo, ele tinha mudado de ideia.
“Mas... Marianna me expulsou. Ela vai fazer isso de novo.” A mágoa transparecia na voz. Não podiam tratá-la como uma mala. Por que deveria voltar assim tão fácil?
“Eu vou com a mamãe! Não fico sem ela!” Arthur agarrava-se a ela.
“Quem autorizou seu retorno?” A voz dela podia congelar o inferno.
“O vovô mandou!”, Arthur respondeu, encarando a tia. “Ele disse que a mamãe fica pra sempre agora!” Ele não gostava dela, especialmente depois da tentativa de expulsar a mãe.
Marianna se virou para o pai. “Você deixou essa mulher voltar para a nossa casa?”
Dom soltou o ar pelo nariz. A filha mais velha sempre foi... difícil. Mas depois de dois dias de greve de fome do Arthur e do perigo de hoje?
Ele não aguentava mais as travessuras de uma criança naquela idade.
“Deixei. Ela é mãe do menino. Separá-los é crueldade.” Ele a encarou firme, deixando claro seu papel de chefe da família. “Estou velho demais para tamanha insensibilidade.”
A mensagem estava clara: diferente de você.
Os lábios de Marianna se apertaram. Então Jessica tinha usado o amor da criança para amolecer o coração de Dom!
Exilada por dois dias, e já tinha encontrado um jeito de voltar. Esperta!

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