POV DARIUS.
Olhei na direção da porta e uma senhora de feições gentis me encarava. Seus olhos brilhavam com uma mistura de medo e indignação ao ver essa humana tão próxima de mim, tocando-me como se eu fosse um simples animal inofensivo. Ela tinha um ar de determinação e desagrado que ficou claro. Então essa insolente se chama Alice?
A idosa me olhava como se eu fosse uma ameaça iminente, pronta para atacar. Se soubesse quem eu realmente era, teria fugido apavorada. Alice, por outro lado, permaneceu imóvel. Seus olhos voltaram-se para mim antes de responder com tranquilidade:
— Mãe, está tudo bem. Ele não vai me machucar — disse Alice, olhando com firmeza para a idosa. Sua voz era suave, mas segura. Então ela é mãe dessa insolente. Observei atentamente, tentando entender de onde vinha essa confiança. Eu poderia dilacerá-la em segundos, mas ela parecia não ter medo.
— Não vai te machucar? — A mãe de Alice deu um passo à frente, os olhos cheios de preocupação. — Ele é uma fera selvagem, Alice! Já disse que ele deveria estar numa jaula, não solto assim! — Ela olhava de Alice para mim, esperando que a qualquer momento eu atacasse. Alice suspirou, esfregando as mãos no rosto.
— Mãe, ele está melhorando. As feridas estão cicatrizando rápido. Sei que ele é diferente, e não vai me atacar — disse Alice com um brilho confiante no olhar. A mãe bufou, cruzando seus braços.
— Esse lobo não é um cachorrinho de estimação! — Ela apontou para mim. — Se continuar perto dele, vai acabar se machucando. E não poderei fazer nada para impedir! — Disse a mãe de Alice.
Alice se virou novamente para mim, e nossos olhares se cruzaram. Eu estava acostumado a ditar as regras, mas agora era ela quem dominava a situação. Meu corpo ainda não me obedecia, o que me deixava inquieto. Odiava essa impotência. Depois de muito reclamar, a mãe de Alice saiu do celeiro resmungando. Alice suspirou e voltou a cuidar de mim. Logo ela se levantou, se despedindo de mim e também saiu do celeiro, me deixando sozinho. Não tardou para eu dormir.
Nos primeiros dias, Alice aparecia todas as manhãs, faladeira e eficiente, cuidando das minhas feridas. Eu evitava olhá-la, mantendo uma expressão fria, mas ela não parecia se importar. Seu toque era gentil e suas palavras, calorosas. Ela fazia seu trabalho com uma paciência surpreendente, sem forçar nada.

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Os comentários dos leitores sobre o romance: O REI ALFA QUE SE APAIXONOU POR UMA HUMANA.