O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 136

A relação de Anthony com ela não era tão simples e ela duvidava, até mesmo, que estivesse qualificada para ser sua amante.

― Eu também fui gananciosa. A pessoa responsável pela recepção me disse que haveria muitas gorjetas na caixa do Senhor Marwood, então eu fui. Se eu não tivesse aceitado, não teria causado tantos problemas para você. ― Disse Lucia.

― Não, não vamos mais pensar nisso! ― Anne queria mudar de assunto ― Você ainda vai ao bar, à noite? ―

― Sim, minha mãe fica com todo o meu salário. Não posso nem pagar minhas despesas. Se eu for ao bar, ganho dinheiro, pelo menos para meus gastos pessoais. ―

Lucia era bastante atraente e falava bem, mas Anne ainda estava um pouco preocupada com ela:

― Aquele bar é caótico, Lucia. Você já pensou em mudar para outro emprego? ―

― Pensei nisso sim, mas vou devagar. Não posso largar o bar até encontrar outro. Mas, se eu me esforçar ao máximo, a vida vai melhorar! ― Disse Lucia, com um sorriso otimista.

Anne assentiu:

― De fato. ―

Trabalhar duro em direção a um objetivo... realmente era muito inspirador.

As duas seguiram suas rotinas de trabalho, sem maiores percalços e, enquanto isso, no apartamento de Anne, Sarah apareceu, trazendo mantimentos, sem avisá-la de antemão.

Ela sabia que Anne não se sentia bem, desde o falecimento de Cheyenne e queria acalmá-la e, com sorte, levantar seu ânimo. Entretanto, quando chegou na porta do apartamento, percebeu que, diferentemente do apartamento anterior de Anne, que possuía senha numérica, este precisava de uma chave.

Sarah franziu a sobrancelha por alguns segundos, então olhou para o lado e viu um vaso de flores. Com um sorriso no rosto, ergueu o recipiente e pegou a chave. Desde sempre Anne tinha esse hábito de esconder uma cópia da chave do lado de fora da casa.

Ainda era cedo quando ela entrou. Então, começou a limpar a casa e esfregar o chão. Tudo estava muito arrumado. Sarah nem podia desconfiar do motivo, mas a verdade é que, com medo de que Anthony invadisse o apartamento, todas roupas, brinquedos e utensílios dos bebês ficavam escondidos. Entretanto, restava apenas esfregar o chão.

Quando a tia de Anne terminou de limpar a sala e foi para a cozinha, viu a lata de leite em pó dos bebês no armário e se perguntou porque a jovem comprava aquilo.

‘Será que ela gosta de tomar leite em pó? Ela ainda é uma criança?’ Sarah sorriu.

― Mamãe, abra a porta! ― Alguém bateu na porta da sala, com uma vozinha esganiçada e Sarah ficou surpresa. Quem poderia ser?

A mulher abriu a porta e se deparou com três crianças usando máscaras e olhando para cima, fixamente para ela.

― Vamos no papai Lucas! ―

Chris disse:

― Precisamos ligar para ele! ―

Anne tinha saído do trabalho um pouco atrasada e estava indo para casa, muito preocupada, com medo de seus filhos terem chegado antes. Entretanto, quando pegou a chave para abrir a porta, sentiu cheiro de comida e aquilo era incomum. A jovem abriu a porta.

Sarah saiu da cozinha e a viu:

― Anne, você está aí? ―

― Tia? ―

― Você só tem que esperar mais dez minutos para o jantar! ― Sarah voltou para a cozinha.

Anne ficou muito surpresa e olhou ao redor da casa. Os pertences das crianças estavam trancados no armário, exatamente como ela havia deixado, mas ela podia ver que a casa havia sido limpa.