― Querida, você viu quem é? ― Ron se aproximava da sala quando viu Anthony chegando à porta. Seu filho não pisava naquele cômodo desde que tinham cortado os laços ― Anthony? ― Ele falou, com a voz fraca.
Entretanto, dois seguranças forçaram a entrada com tanta violência que, em sua passagem, quase derrubaram Sarah, que estava parada à porta. Ela só não caiu porque Ron tinha tido reflexos rápidos e conseguido segurá-la.
― Anthony, o que você pensa que está fazendo? ― Ron perguntou, com uma voz áspera de desagrado.
Anthony ignorou a pergunta e entrou, olhando para a sala, com um olhar frio e sinistro. Como não encontrou Anne, caminhou até a sala de jantar, onde havia uma refeição farta. Entretanto, havia apenas dois pratos, dois copos e dois jogos de talheres.
Um dos seguranças, se aproximou dele e relatou:
― Senhor, não encontramos mais ninguém. ―
Anthony estreitou seus olhos afiados e perigosos, pegou o telefone e verificou. Então, seus lábios se curvaram em um sorriso cruel, enquanto se virava de maneira imponente e dizia para seus homens:
― Vamos! ―
Anthony entrou no carro e saiu da mansão. Sarah e Ron voltaram para a sala de jantar. Anne não estava lá e até seus talheres tinham desaparecido.
Enquanto isso, Anne fugia por uma trilha na montanha, atrás da mansão. Ela tinha largado seu prato e talheres em um arbusto da floresta e corria o máximo que podia, sentindo o coração na garganta.
Assim que percebeu que havia algo errado, fugiu, antes mesmo de ter certeza que era Anthony quem tinha chegado.
― Ah! ― Sem conseguir discernir a trilha, no escuro, Anne pisou em falso e caiu, rolando para fora da colina e parando na beira da estrada. Um carro passou e ela sinalizou, pedindo ajuda.
O motorista ficou chocado e parou rapidamente.
Anne abriu a porta e disse:
― Desculpe, você poderia me dar uma carona? Tenho um negócio urgente! Eu posso pagar! ―
Vendo que a jovem estava bem vestida, apesar da situação inusitada, o motorista não teve medo:
― Não se preocupe. Aonde você está indo? ―
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