Enquanto Anne ainda aguardava Michelle voltar do banheiro, o maitre se aproximou e disse:
― Boa noite. Você quer algo mais? Eu sugiro um café ou uma sobremesa. Ou posso trazer a conta? ―
Com o rosto vermelho como um tomate, a jovem não sabia o que responder, então disse, hesitante:
― Ah... eu não sei. Minha amiga foi ao banheiro e... ―
― Você está falando da mulher que veio com você? Ela já foi embora. ―
Anne arregalou os olhos e disse:
― O quê? ― Ela tinha sido ludibriada por Michelle que tinha pedido licença, dizendo que ia ao banheiro, enquanto ia embora sem pagar a conta. Anne suspirou, resignada e disse — tudo bem. Pode trazer a conta.
Sem demora, o homem trouxe a caderneta de couro preta, que Anne abriu. Ao ver o valor exorbitante da conta, mais alta do que um mês de seu salário, sentiu seu coração falhar uma batida e suor gelado escorrer no meio de suas costas.
— Por que ficou tão caro? — A jovem se aventurou a perguntar.
O maitre limpou a garganta, um pouco constrangido e respondeu:
— Este restaurante é para um público seleto, senhorita. Em nossa adega só colocamos os vinhos mais refinados do mundo.
Desanimada, Anne ainda se aventurou:
― Mas, eu nem bebi... ―
Sem responder, o maitre apenas manteve um sorriso social nos lábios. Anne sabia que, não ter bebido, não era uma desculpa para não pagar. No entanto, pagar aquele valor também a deixaria em apuros.
― Se eu não pagar, o que acontece? ―
― Nós chamamos a polícia. ―
Anne respirou fundo e inclinou a cabeça, pensativa, então, levantou as mãos e disse, resignada:
― Por favor, chame a polícia. ―
O maitre ficou sem palavras, pensando: “Mas, que mulher mais estranha!”
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