O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 28

Michelle sorriu, satisfeita com a decisão da jovem, em ir embora. Era bom que Anne conhecesse seu lugar. Era melhor que Anne saísse rapidamente, para não atrapalhar seu reencontro com Anthony.

― Eu lhe dei permissão para sair? ― A voz de Anthony soou baixa e grave.

O corpo de Anne enrijeceu e ela voltou a se sentar.

Só havia dois lugares na mesa e, se Anne não saísse, Michelle não teria lugar para sentar. Sem querer admitir derrota, a modelo manteve o sorriso altivo no rosto, enquanto puxava assunto, ainda em pé:

― Eu convidei Anne para vir jantar aqui, mas tive um assunto para resolver e saí sem me despedir, só então lembrei de voltar para pagar a conta. Quem diria que eu iria esbarrar em você. ―

A verdade é que ela só voltou só para conferir como Anne escaparia da situação embaraçosa em que a tinha deixado. Como o homem não disse nada e nem mesmo chegou a virar o rosto na direção da modelo, Michelle sorriu e decidiu se despedir:

― Eu vou embora agora, Anthony. Vamos nos encontrar em outra ocasião. ―

― Está bem. ― O homem disse, frio.

Nem assim, Michelle foi convidada a se sentar. Ela virou de costas e seu sorriso se converteu em uma máscara de tristeza. Desolada, a modelo caminhou até a recepção, pagou a conta e foi embora.

Anne acompanhou os movimentos com os olhos e pensou, satisfeita: “Ufa! Assim eu não devo nada a Anthony.” Entretanto, mesmo sem comer mais nada, enquanto o homem cruel não lhe desse permissão, ela não ousaria ir embora.

A jovem se ajeitou na cadeira, desconfortável, como se houvesse agulhas, e observou Anthony, enquanto ele comia. Ele tinha a testa larga, a ponte nasal reta, os lábios finos e uma mandíbula bem delineada. Seu rosto, apesar de cruel, era muito bonito. Além disso, ele tinha aquela postura arrogante que criava uma aura tão poderosa que dificultava a respiração de quem se aproximava. Anne concluiu, pensando, que Anthony tinha um charme mortal e, até mesmo comendo, parecia perigoso.

“Como Michelle consegue se interessar por um homem como ele? Ela quer morrer?”

No entanto, isso não deveria ser problema de Anne e tudo o que ela queria era ficar longe daquele homem.

No caminho de volta, Anne sentou-se no Rolls Royce preto. Seu corpo estava cercado por aquele ambiente de luxo e pressão e ela ficou ansiosa. No entanto, quando viu seu apartamento pela janela, seu coração ansioso se acalmou. Quando estacionaram, ao abrir a porta para sair, seu corpo foi puxado de volta.

― Ahhh! ― Ela perdeu o equilíbrio e caiu no assento de Anthony. Antes que pudesse reagir, Anthony pressionou seu grande corpo contra o dela, tornando sua respiração difícil. A jovem se encolheu e tremeu:

― O que está fazendo? ―

― O que você acha? ―

― Não! Pare com isso! Estamos em um carro! ― Anne resistiu.

Mas, o homem continuou. Aparentemente, o demônio não parecia se importar com o lugar impróprio e continuou insinuando seu corpo contra o da jovem que tentava fugir, inventando justificativas:

― Eu estou menstruada. É inconveniente. ―

Os olhos de Anthony se tornaram sombrios:

― Você acha que eu quero tocar em você? ―

Anne parou e refutou:

― Só estou dizendo que é melhor não tocar. ―

Anthony segurou o queixo da jovem, com dedos grossos e poderosos e falou:

― Homens não gostam de mulheres teimosas. ―

― Eu... eu não vou fazer isso de novo... ― Anne murmurou, mesmo sem saber o que tinha feito de errado. Não havia sentido em contrariá-lo.

Anthony empurrou-a para longe e recostou-se em seu assento. Seu rosto duro como pedra. De alguma forma, o homem apenas quis puni-la e ela não conseguia fugir todas as vezes que ele decidia isso.

Mas, no fim, Anne desceu correndo do carro, e ao ver o veículo se afastando, a jovem soltou um suspiro de alívio. Felizmente ela era inteligente, senão, estaria acabada. A jovem tinha certeza que, se não tivesse inventado estar menstruada, teria sido violentada logo atrás do motorista.

Após tomar banho, Anne deitou na cama. Na internet, procurava o que fazer quando alguém perdia o passaporte. Parecia que ela tinha que se apresentar na delegacia, fazer um boletim de ocorrência e, depois, dar entrada em outro passaporte, no escritório de imigração. O processo todo poderia levar meio ano. Além disso, ela também precisava da identidade para fazer um novo passaporte. Então, havia um tempo ainda maior para resolver tudo.

Não importa como, ela precisaria fazer isso tudo, secretamente. Anthony não poderia descobrir, de forma alguma. O dia que encontrasse uma brecha para fugir, ela precisava ter tudo pronto.

No dia seguinte, na clínica estética, Anne foi buscar uma bebida na copa.

Era preciso admitir que o volume de clientes da clínica era muito bom. Talvez todos exigissem demais de suas aparências.

Antes que a jovem pudesse tomar um gole, uma enfermeira entrou, dizendo:

― Anne, preciso de você, venha aqui. ―

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