O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 457

Anne se contorcia no canto da cama.

— Anthony, o jeito que você me trata... Isso significa que temos um laço? —

O magnata se postou a poucos centímetros de Anne. Por um momento se sentiu atordoado e fez uma pausa. O rosto ficando cada vez mais estranho.

— O que você disse? —

— Você está apaixonado por mim? — Ela perguntou diretamente, estendendo a mão e o acariciando, sentindo-se extremamente nervosa.

— Você quer morrer? — Os olhos dele eram ameaçadores.

— Caso contrário, porque você me trataria desse jeito... — Anne disse com imensa dificuldade. Ela podia sentir o rosto quase se despedaçando enquanto ele a beliscava.

— Pare de se humilhar. Foi só porque seu corpo ainda está em condições de me manter satisfeito. — Anthony a soltou friamente, movimento o corpo para ir embora.

Anne segurou seu braço.

— Você está bravo? Eu não quis dizer isso, não fique assim... —

Anthony se virou e olhou para ela com um rosto frio, e ordenou:

— Solte. —

— Anthony, não fique bravo, sério. A culpa foi minha por dizer is... — Antes que pudesse terminar a frase, ela foi jogada para longe com força. Estava sentada ao lado da cama e caiu para trás. Fora um grande baque, causando os pedaços de vidro afiados a perfurarem sua carne.

O empresário percebeu que algo estava errado. Então, seu rosto ficou verde quando lembrou do copo que havia caído no chão. Logo, saiu da cama e viu Anne, que estava sentada congelada no chão, sem ousar mover um único músculo. Ela não estava usando nenhuma roupa, então os pedaços de vidro afiados perfuraram sua carne com facilidade. Percebeu que havia alguns pedaços grandes e outros pequenos.

Anthony, com o rosto sombrio, podia sentir o sangue fervendo em seus vasos.

— Dói... — Anne choramingava.

Rapidamente abriu seu kit de primeiros socorros e começou a tratar as feridas de Anne. Eram tantos cacos de vidro que precisou injetar anestesia nela, caso contrário Anne desmaiara por conta da dor daquela operação. Enquanto Kathryn a tratava, Anthony ficou parado e observando. A atmosfera estava tensa, tanto que um profissional comum não seria capaz de tratar o paciente sob uma supervisão tão estressante. Mas, não era a primeira vez de a médica passava por aquilo.

Depois de mais de meia hora, todos os cacos de vidro foram removidos das costas de Anne. As peças menores levaram mais tempo, porém tinham sido retiradas com sucesso, sem causar mais danos desnecessários à jovem.

— Dois cacos que perfuraram fundo, os outros eram superficiais. — Kathryn aplicou a pomada e disse que era uma pena que as lindas costas brilhantes de Anne de repente se transformaram em uma visão tão sangrenta. — Mas não se preocupe, não haverá cicatrizes quando as feridas se recuperarem. —

Anne estava deitada no travesseiro. Ela estava sob anestesia, então não sentia mais dor, porém não estava inteiramente consciente, e parecia sonolenta. Portanto, Kathryn falava mais para Anthony ao invés da jovem.

Após o tratamento, o magnata se virou e calçou os chinelos. Assim que o fez, Kathryn notou as manchas de sangue no chão. Eram pegadas cobertas do líquido vermelho, que não foram deixadas por Anne. Era óbvio que pertenciam aos pés de um homem. A médica-chefe não tinha reparado nisso ao entrar na casa, mas agora percebia que algo estava errado.

— Senhor Marwood, permita-me cuidar de seus pés também? — Kathryn disse.

Anthony deu uma olhada em Anne, a qual dormia profundamente, e saiu da sala. Ele se sentou no sofá, deixando Kathryn tratar dos ferimentos nos pés. Os cacos de vidro estavam enterrados na carne. Mesmo assim, o empresário tinha agido como se nada tivesse acontecido desde o início.