O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 719

— Ah, entendi! Papai e mamãe vão sair, certo? — Disse Chloe, esperta.

Sair? Não. Isso seria muito romântico para os moldes de Anthony. Seu relacionamento com o homem nunca chegaria a esse tipo de estágio.

Depois de Anne colocar os trigêmeos na cama, ela foi para o quarto do magnata. Àquela altura, Anthony já havia tomado banho também. A moça o encontrou encostado na cama, usando o braço como travesseiro para descansar a cabeça. Não ficou claro se ele havia adormecido.

Anne esperava que esse fosse o caso, porque, dessa forma, poderia voltar e ficar com os filhos. A moça caminhou até perto da cama, para olhar mais de perto. Ela tinha que admitir que Anthony era muito bonito, com seu rosto que misturava, com perfeição, um padrão de beleza e frieza. Talvez fosse preciso dizer que o fato de ele parecer muito frio fazia com que os outros não conseguissem ver tanto sua beleza.

Mesmo que estivesse dormindo, o homem parecia uma fera tirando um cochilo, e haveria o perigo de que atacasse a qualquer momento. Anne prendeu a respiração, virou-se e quis ir embora. No entanto, algo apertou seu pulso, o que a assustou. Ela então caiu de costas na cama, no segundo seguinte, pousando em Anthony.

— Anthony! — Anne virou o rosto e seus olhos se encontraram com os do magnata, pretos e penetrantes. A mulher não conseguiu nem entender como o seu corpo ficou coberto e dominado por aquela sombra, o tipo de sensação invisível de pressão que a fazia se sentir sufocada e seu coração bater como um tambor.

— Eu estava me preparando para ir te chamar. — Anthony acariciou seu rosto delicado com os dedos, e seu olhar indicava perigo.

— Sua filha disse que quer dormir conosco... — Anne tentou lhe dar um empurrão, mas o homem não se mexeu.

— Teremos que resolver primeiro o problema do pai dela. — Anthony baixou os lábios finos e engoliu os lábios macios da moça, que fechou os olhos e aguentou o beijo, que sempre era longo o bastante para lhe causar dificuldade para respirar. Como de costume, apenas quando a mulher se via prestes a ficar sem fôlego, ele a liberou.

Anne abriu os olhos e encarou o predador acima dela. Uma tempestade terrível se formava entre eles, e a moça se via prestes a ser engolida. Atordoada, a jovem se perguntava o motivo de ele ter parado. De repente, Anthony não perdeu a pressa usual? Anne não tinha costume de ter o homem a encarando daquele jeito.

— O que você está olhando…? — Anne sentiu a garganta secar.

— Não posso... —

— Então, teremos que ver se você conseguirá sair da cama amanhã... —

Anne cerrou os dentes. 'Que homem louco!'. A mulher ainda tinha que fazer uma entrevista para contratar um assistente na manhã seguinte! Não importando o que acontecesse, não poderia tirar um dia de folga, já que acabava de começar na administração da empresa. Caso se comportasse assim, o que os funcionários pensariam? No entanto, também não tinha como lutar contra a força de Anthony.

Resignada, apenas agiu como uma presa. Contudo, o momento foi interrompido por uma batida na porta. Anthony preferiu ignorar o chamado. Naquele momento, o homem se via decidido a continuar seguindo seus instintos, aproveitando o deleite no corpo da moça. O magnata queria que Anne fosse obediente e o deixasse fazer o que queria, para satisfazer seus desejos reprimidos havia dias. No entanto, houve outra batida na porta, e Hayden, por fim, falou:

— Senhor Marwood, você tem uma ligação... —