O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 732

A empregada parada na entrada da sala de jantar tinha um brilho nos olhos. Foi ela quem foi subornada por Bianca. A noiva de Anthony, contudo, deixou o número de Dorothy, para o caso de o suborno ser descoberto. Desse jeito, a culpa cairia, mais uma vez, sobre a mãe da pianista, deixando-a protegida.

Assim que Dorothy recebeu a notícia, deixou Bianca avisada. A jovem ficou com tanta raiva que jogou a tigela de mingau no chão.

— Anne, puta! Eu vou te matar! Não vai parar de se atirar no meu noivo?! —

— Não fique com raiva. Não vale a pena se irritar por causa desse tipo de pessoa! — Dorothy sentiu pena da filha.

— Liguei para Anthony ontem à noite e ele disse que estava ocupado! Achei que ele estivesse mesmo ocupado, mas agora sei que estava com Anne! Ela até devia estar ao lado quando liguei! Desgraçada, deve estar rindo de mim! — Bianca surtou de vez e jogou todas as outras xícaras, pratos e colheres no chão, espalhando estilhaços pelo lugar.

— Não, não, não! Ela é apenas uma amante, filha! Como ousaria rir de você? — Dorothy a tranquilizou.

— Ela é a mulher mais sem vergonha que eu já vi! — Os olhos de Bianca pareciam cheios de raiva. — Eu não vou deixar essa vadia escapar impune! Diga à empregada para ficar de olho e informar a data e hora exata em que vão sair! —

— Não se preocupe com isso, já vou pedir tudo a ela! —

Depois que Bianca planejou tudo em sua mente, ficou muito mais calma. Assim como fez no passado, poderia arruinar o plano deles desta vez.

***

Anne não sabia quando seria a saída com Anthony, por isso não demoraria muito no trabalho. Não pretendia procrastinar também, para que estivesse disponível de imediato, quando o magnata telefonasse. Antes da hora do almoço, a jovem recebeu uma ligação da doutora Brown. O coração da Vallois se encheu de expectativa quando viu quem ligava, porque talvez seu pai tivesse acordado.

— Senhorita Vallois, você pode convencer sua mãe a voltar para casa? Vejo que ela não está de bom humor... Deve ser porque ela não descansou bem. Até entendo, mas será pior se ela cair de exaustão aqui. —

Ouvindo isso, Anne deixou o trabalho e correu para o hospital. Assim que entrou na enfermaria, viu Sarah massageando o braço de Nigel. A moça se aproximou com raiva e repreendeu a mãe:

— Pai, mamãe está tão preocupada com você... Você pode, por favor, acordar? Podemos ficar juntos, quando você acordar. Juntos para sempre. — A moça disse, então se aproximou e segurou a mão do homem, que continuava fria. Anne pressionou a mão no rosto enquanto as lágrimas caíam. — Pai, acorde... Não podemos viver sem você... Você pode, por favor, acordar? Eu tenho um pai, finalmente, depois de tanto tempo, então, por favor, não me deixe... — A jovem ficou deitada na beira da cama por um longo tempo e precisou se acalmar antes de se sentar.

Ela não queria voltar para o escritório, pois sentia que tudo o que tinha que fazer naquele dia era ficar sentada ali, mais nada. Resignada, ligou para Ashlynn.

— Traga os documentos que estão na minha mesa para o hospital. Não vou ao escritório hoje, trabalharei aqui mesmo. —

— Certo! Estarei aí daqui a pouco. —

Ashlynn sabia o que estava acontecendo, por alto. Algo aconteceu com o dono da empresa, o senhor Faye, então a senhorita Vallois teve que assumir a pesada responsabilidade de administrar o negócio. A sua patroa temporária, em resumo, era apenas alguns anos mais nova que ela. A maioria das pessoas naquela idade estaria aproveitando a vida, então, de certo, era muito difícil para a moça assumir a posição do pai acamado. Reflexiva, Ashlynn saiu do táxi e correu em direção à entrada do hospital. Ela não percebeu, contudo, um carro fazendo uma curva ao lado.

— Ah! — Ashlynn perdeu o equilíbrio e caiu no chão, de modo que os contratos se espalharam pelo concreto. A jovem ficou atordoada de medo e olhou para cima, apenas para ver o Bentley bem na sua frente. O veículo preto era como um monstro que parecia prestes a devorá-la.