O Trigêmeos do Magnata romance Capítulo 855

A cortina ao lado se moveu, então Anne se virou e percebeu que era Anthony, o que a fez se sentir desconfortável. Incomodava que o magnata fosse quem tinha a custódia dos filhos, porque, além de limitar a liberdade da mãe com as crianças, frequentemente a colocava naquela situação de domínio.

— Isso acabará em breve, não é? Charlie é um menino muito corajoso. — A doutora Brown conversava com o pequeno enquanto costurava o ferimento, desviando sua atenção. Com suas mãos leves e rápidas, os pontos foram dados em segundos.

— Ok, vamos aplicar o remédio agora e você pode ir para casa depois disso. Viu? Não doeu nada. — A médica aplicou o medicamento anti-inflamatório e colocou gaze sobre o lugar. O band-aid na superfície tinha o personagem de um desenho animado que as crianças adoravam. Assim, depois de terminar, a profissional deixou as recomendações com os pais e se retirou.

— Papai... — Chris e Chloe pareciam magoados, com lágrimas nos olhos grandes.

Anne explicou com culpa:

— Ele se machucou enquanto eu trabalhava. Não esperava que isso acontecesse... —

Anthony abraçou Charlie, que se sentou no braço do pai.

— Eu disse para você não correr por aí, não foi? Você aprendeu a lição? — O magnata perguntou.

— Eu aprendi... — Charlie fungou, sentindo-se triste.

Vendo que o homem não a culpava, a expressão de Anne ficou menos nervosa. Chris e Chloe se deram conta de algo e berraram:

— Nosso irmão não tem medo da dor! — Chloe confortou Charlie com uma cara de impressionada.

— Mas Charlie está chorando! — Chris disse.

— Eu... eu não estou chorando! Não estou com medo! — Charlie balançou as pernas curtas e saiu de cima do pai, ficando na frente dos irmãos. O seu rostinho estava levantado, parecendo orgulhoso de si mesmo.

— Sim! — Charlie assentiu vigorosamente.

— Sejam obedientes. Mamãe estará muito ocupada nestes dias. Acumulei muito trabalho há algum tempo, então voltarei ao trabalho para cuidar de tudo. Depois nos falamos. — Depois que Anne terminou de falar, virou-se e tentou sair. De repente, contudo, sentiu seu pulso apertar, então foi puxada para trás e quase bateu no peito de Anthony.

— Você... — Anne franziu a testa. Por que o homem insistia em fazer isso na frente das crianças?

— Eu vou te acompanhar até lá. — Anthony se colocou a caminho do carro.

— Sim, vamos acompanhar mamãe até a empresa! — Charlie disse.

Anne tinha ido ao hospital num dos carros da empresa, dirigido por um funcionário, porque estava muito confusa na hora. A moça viu os trigêmeos rindo e se divertindo, então pensou que deveria estar feliz com isso, mas seu coração apertou quando os encarou.