Os CEOS de Samantha romance Capítulo 18

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Samantha

— Como eu poderia estar em uma reunião, quando você simplesmente decide que uma fofoca de jornal tem mais credibilidade que tudo o que você sabe sobre mim?

Ele estava irado. Era notório.

Tentei me ajeitar melhor na cama, me recostando nos travesseiros e o encarando com uma raiva igual ou superior a dele. Eu não me importo em demonstrar meus verdadeiros sentimentos, ao contrário do Vinci, que nunca falou com todas as letras quais eram seus verdadeiros sentimentos dentro da nossa relação. E esse fato de não ter ouvido diretamente dele o que sentia de fato por mim, me deixou também bastante irada.

— Você está noivo com aquela mulher, a Tessa Howard? Pretendem até mesmo casar em breve com ela? — Inquiri, mostrando toda a minha indignação.

Não iria entrar em uma discussão com o Vinci. Ele estava com raiva, eu também estava e nada de bom sairia dessa conversa se fossemos despejar o que estávamos sentindo naquele momento. Então fui direto ao ponto central da questão.

— Não! — Ele foi bastante enfático e a sua negativa tão veemente trouxe um certo alívio ao meu coração. — Eu não estou noivo da Tessa!

— Então você já teve um relacionamento com ela, antes?

— Nós realmente chegamos a namorar por algum tempo — Ele disse aquilo como se fosse uma confissão e aquilo logo me chamou atenção.

Tinha algo mais ali e eu já pressentia que não iria gostar nenhum pouco de saber sobre isso.

— Quanto tempo? — Franzi o cenho.

— Isso é de fato importante? — Falou com um suspiro de descontentamento.

— desej0 saber — Eu insisti.

— Nós namoramos por um ano, quando éramos adolescentes… — Ele não completou o que pretendia dizer e eu o instiguei com um gesto de mão, pedindo para que ele prosseguisse. — …e estávamos tentando novamente quando nós nos envolvemos.

Por um momento, eu imaginei que ele diria “antes de eu me apaixonar por você”. Eu estava esperando demais de uma relação como a que tínhamos.

— Não vai falar nada? – Ele questionou quando continuei em silêncio, reclinada nos travesseiros, agora aparentando uma tranquilidade que não estava sentindo.

— Eu não sei... o que dizer... —- Eu acabei admitindo.

Eu nem sabia mais o que pensar. Até ontem eu considerava nossa relação tão normal. Sorri em pensamento. Normal era uma palavra complexa. Mas na minha cabeça, eu tinha dois namorados que eu amava e que me amavam, apesar de que o Vinci nunca falou aquilo de fato.

Mas o Enrico sempre era tão carinhoso e fazia questão de dizer a todo momento o quanto me amava, que era como se ele suprisse a minha necessidade de ouvir aquelas palavras do Vinci também. Agora eu me questionava se seria o suficiente mesmo.

— Eu não amo a Tessa, Samantha.

O olhei e acreditei no que falava.

Mas sentia que apenas aquilo não modificaria mais nada. Eu não estava mais satisfeita com o que tínhamos. Ver o Vinci ao lado de outra mulher e saber que todos apoiaram que ele estivesse com ela, mexeu em algo que eu não sabia explicar.

— Tudo bem, Vinci.

Ficamos em silêncio, nos encarando por alguns minutos.

— Estamos bem? — Ele perguntou, enquanto se aproximava mais da cama, sentando ao meu lado e acariciando o meu cabelo de maneira gentil.

— Eu não estou mais chateada, Vinci. Se é isso que você quer saber.

Vinci suspirou aliviado ao ouvir isso e foi aproximando sua cabeça da minha de maneira lenta seus lábios cada vez mais próximos dos meus, mas no último instante, eu não queria o seu beijo.

Virei a face em sua direção e o beijo que se destinava aos meus lábios, tocaram em meu rosto.

— Eu acho que você deve seguir conforme o desej0 de seus avós, Vinci — Falei, sem conseguir conter mais. — Fica com essa sua namoradinha, casa com ela, tenham seus filhos.

— De onde você tirou isso, Samantha?

Vinci estava novamente chateado e pulou da cama em um salto, me olhando de uma maneira quase selvagem, ao me ouvir dizer o que estava bastante claro para qualquer um.

— O Enrico te contou essas coisas, não é mesmo?

Ele praticamente gritava e eu não podia simplesmente ouvir ele falar daquela forma comigo. Também levantei da cama e enfrentei ele cara a cara.

— Não importa mais! Vai fazer o que a sua família quer! Eles jamais vão aceitar que você tenha uma namorada que se divide entre você e o seu amigo e você jamais irá enfrentar a todos por essa relação — Eu gritei de volta, sem temer o seu tamanho e menos ainda a sua arrogância.

— Você não pode falar aquilo que você não sabe!

— Eu sei que você não me ama o suficiente para isso. Nem sei se você me ama ao menos um pouco ou se tudo o que vivemos se baseia apenas em se'xo quente e sujo para você.

Ele segurou em meu braço com violência, me trazendo para junto de si e praticamente colando os nossos rostos um no outro.

— Não é por que eu não fico repetindo todos os dias o quanto te amo, como o Enrico faz, que eu não te amo, sua mulher enlouquecedora! — Ele disse junto aos meus lábios. — Mas palavras são apenas isso e se você quer ações, você as terá!

Sua boca tocou a minha com firmeza, seus lábios praticamente esmagando os meus em um beijo avassalador, que me deixou totalmente sem fôlego e fraca.

Suas mãos estavam por todo o meu corpo e eu me sentia queimar por dentro, tamanha a excitação que tomou conta de mim, mesmo que os seus movimentos fossem rudes, mas eram cheios de paixão e desej0 e aquilo me trazia segurança, de alguma forma louca.

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