Os Irmãos Cavalcanti: Rendida romance Capítulo 15

Davi Cavalcanti

Uma criança!

A porra de 20 anos de idade!

Sou a porra de um pervertido porque no fundo eu sabia! Me deixei levar quando disse que tinha 23 mas seu rosto me dizia que era tão jovem..

Puta merda Davi!

Depois que eu voltei a correr de NY, lidei com a situação do meu pai, me desdobrei pelas empresas e todos negócios.. eu quis ligar para ela, caralho, eu precisava ligar para ela!

E foi exactamente por isso que eu não liguei.

Foram alguns dias Davi, e o que é agora? Está apaixonado?

Me perguntava isso todos os dias! E eu sabia que a resposta era sim. Aquela pirralha realmente não saia dos meus pensamentos.

Só queria sentir seu cheiro, ver seus olhos me fitando ansiosa, sentir o sabor dos seus lábios.

Eu precisava tirar isso de mim, precisava do meu tempo. E quando me acalmasse, eu ligaria para ela e nos veríamos novamente.

Mas as coisas foram acontecendo até que chegamos ao dia de hoje.

Nos meus planos, sairia do tribunal e ligaria para ela. A veria e depois continuaríamos o que parámos em NY.

A ironia do destino não é?

Já foi uma surpresa para mim, chegar ao tribunal e saber que constava o nome de uma mulher que nós não conhecíamos.

Não era segredo para nós que o nosso pai tinha seus casos. Tanto que isso começou enquanto nossa mãe ainda era viva.

Seu casamento não foi por amor, foi mais um negócio que qualquer outra coisa. Mas então nossa mãe realmente apaixonou se. Papai sempre foi carinhoso e muito amoroso apesar das circunstâncias, mas o amor não era recíproco. Nossa mãe foi morrendo aos poucos com a ausência do nosso pai. Estava claro que ele tinha outra, apesar de nunca a ter tratado mal ou coisa parecida.

Agora, descobrir que a mulher que não saia da minha cabeça era um dos casos do meu pai? Puta merda!

Não passava de uma mentirosa, uma oferecida que me seguiu em Nova Iorque e se entregou para mim, um desconhecido, por dias.

Ainda fez o jogo de menina virgem e no final me deixou fazer de tudo com ela!

Mas que boa atriz era ela! Ainda me lembro perfeitamente dos seus olhos amedrontados, ansiosa, curiosa, mas cheia de medo. Como uma pessoa consegue ser teu falsa ao ponto de fingir emoções tão espontâneas?

- Davi! Onde você está, cara? - Lucas toca meu braço.

- Perdão, fiquei perdido aqui com alguns assuntos. Do que estavam falando? - perguntei.

- Sobre aquela garota, Gabriela. O que era ela para o nosso pai? Aliás, achávamos que ela viria com você. - Gustavo responde.

- Talvez uma das sanguessugas do velho milionário. Ela quis ir para casa. - respondi, curto.

- Tem um olhar tão doce, não acredito que seria uma dessas garotas oferecidas que andam atrás de homens por dinheiro. Acho que tem mais alguma coisa por ali. - senti o interesse no tom de Gustavo.

Dentre nós os 3 irmãos, Gustavo apesar de ser o mais novo, é o que mais sonha em casar e construir uma família, desde pequeno tem o seu estilo de ser muito certinho, mesmo durante toda a adolescência, não saía com a gente para festas e essas coisas. Certamente a Gabriela encantou-lhe. Mas ninguém lhe culparia, a menina é linda, como um anjo moreno.

- As aparências enganam, Gustavo. E quero você longe dela. Os dois! - respondi talvez com um pouco de raiva em minha voz.

- Qual é Davi, o que você tem? Não tira pedaço nenhum querer conhecer a moça, afinal, ainda há muito para se descobrir aqui. - Lucas responde.

- Não há necessidade de trazer aquela rapariga para as nossas vidas. Conseguiu 1/4 de tudo que era do nosso pai e chega. - respondi duro, tomando o assunto como encerrado.

A conversa mudou e o clima na mesa também.

Comemos enquanto ríamos, mas Gabriela não saía da minha cabeça.

- O que acham da gente sair hoje? A gente quase não se viu nos últimos dias e o caçula aqui quase não sai de casa! - Lucas propõe.

- Acho uma boa ideia, com tanta coisa acontecendo.. - Gustavo respondeu.

O olhei surpreso, rindo.

- Você? Você acha uma boa ideia? Meu Deus! - gargalhei. - Muito bem. Então nos encontraremos mais logo, tudo bem?

Concordaram e nos despedimos.

Entrei no carro e segui para a minha casa.

Gabi

Acordei por volta das 7h da noite. Minha cabeça latejava por conta do choro!

Me levantei e fui para a cozinha.

Peguei em uma fruta e procurei por Priscilla.

- Então, está mais calma? - perguntou assim que me viu entrando na sala.

- Sim estou. - respondi rapidamente.

- Vamos sair hoje, você precisa espairecer Gabi. Margarida está aqui no rio com o marido, poderíamos jantar e depois ir a uma balada! - minha amiga falava entusiasmada.

- Tudo bem. Vou me arrumar então. Até já.

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