Resumo do capítulo Capítulo 31 de Os Irmãos Cavalcanti: Rendida
Neste capítulo de destaque do romance Erótico Os Irmãos Cavalcanti: Rendida, autorax99 apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Gabi
Minha cabeça latejava do tanto que doía.
Bianca estava bem, apesar das dores e poderia ir para casa pela manhã.
Deixei ela dormindo e voltei para o quarto de Lorenzo.
- Ele acordou? - perguntei para o Davi.
- Não, ainda está dormindo tranquilo. - respondeu.
Me sentei no sofá que tinha ao lado da poltrona.
Apertava as mãos uma na outra de nervosismo, pois sabia que não poderia evitar a conversa por muito tempo.
Mas não encontrava palavras nem forças para dizer alguma coisa.
Eu sei que agi errado, e que provavelmente tudo que eu disser não justificará o que fiz.
- Você precisa comer. Não comeu nada desde que chegou aqui. - me tirou dos meus pensamentos.
Olhei para ele.
- Eu não tenho fome. - respondi. Estava com o estômago embrulhado.
- Mas está amamentando, Gabriela. Tem que comer. - respondeu em seu tom autoritário, mas de uma forma carinhosa.
Me senti pior ainda.
- Depois de tomar banho, estou imunda. - ainda tinha sangue na perna, na minha camiseta, sem contar com os pequenos cortes superficiais.
Ele me olhava atentamente. Chegava a ficar inquieta sob o seu olhar.
Não o via há tanto tempo!
Era impressionante como continuava o amando mesmo depois de tanto tempo e distância.
Os meninos e a Priscilla entraram no quarto carregados de sacolas.
- Coloquei tudo no Lorenzo nessas duas, pois não sabemos quanto tempo ficarão aqui e bebés sujam muito a roupa. As suas coloquei nessa grande. - apontou para as duas malinhas de Lorenzo e uma sacola grande minha. - Aqui está a sacola para Bianca, eu vou entregar para ela e ajudar com o banho. - avisou.
Não podia ter pedido uma amiga melhor!!
- Como está? - Gustavo perguntou todo carinhoso.
- Estou bem. - respondi com o melhor ânimo que consegui buscar.
- Vamos, não fique triste. Ele está bem e vocês também, tudo ficará bem. - me abraçou e eu assenti. Então se aproximou da cama e ficou olhando para o Lorenzo, babando. - Garotão lindo! - elogiou orgulhoso.
Conversamos ainda por alguns minutos e eles foram embora, pois já estava ficando tarde.
- Cara, já está fazendo muito e não quero abusar, mas poderia trazer comida para a gente? A do hospital não desce. - Davi falou rindo.
- Mano, nem se preocupe com isso! É uma situação delicada e eu como irmão de vocês, estou aqui! Pode deixar que eu trago. Vou chamar aquela bandida da Priscilla e a gente já volta. - Lucas respondeu e Gustavo riu do seu comentário, assim como eu e Davi.
Quando eles saíram, organizei as coisas e peguei na minha toalha, pijama e afins.
- Arrh.. eu vou tomar um banho. - avisei, encabulada. Nossa!
- Claro. Eu vou depois. - concordou.
Então eu entrei no banheiro e deixei que a água caísse em mim e lavasse tudo daquele dia!
Estava esgotada. Fisicamente e emocionalmente.
Só rezava para que o meu filho ficasse bem!
Esfreguei meu corpo com cuidado, pois apesar de leves, os arranhões doíam.
Já estava limpa mas ainda assim fiquei de baixo do chuveiro.
A água morna massajando meu corpo, como se ali eu transformasse a realidade em outra coisa.
Não me demorei muito, saí do chuveiro e me sequei.
Enrolei a toalha no corpo e voltei para o quarto.
Parei ainda na porta, observando Davi com Lorenzo nos braços.
Estava de lado e prestava atenção no filho..
Lorenzo estava atento ao que o pai lhe segredava!
Então gemeu de desconforto e se mexeu.
Coitado do meu bebé, deve estar com dor!
- Faz massagem no pezinho dele.. ele gosta. - falei e ele se virou para mim.
Sorriu e voltou atenção para Lorenzo.
Aproveitei que estava entretido no colo de Davi e me vesti, meio envergonhada por ele estar ali.
Fiquei por trás dele e soltei a toalha.
Passei hidratante no corpo e coloquei meu short de pijama e blusinha do conjunto.
Arrumei a toalha no banheiro e guardei as minhas coisas de volta na maleta.
- Deixa que eu pego ele, pode ir tomar seu banho. - sugeri.
Me aproximei deles e peguei no Lorenzo.
Reclamou por conta do curativo na perna e chorou.
- Calma meu amor. - andei com ele pelo quarto, esperando que isso o acalmasse.
- Sim. Mas nós iremos descobrir. - falou com certa raiva, e não lhe tirava a razão.
Era minha mãe mas também estava com muita raiva.
Por pouco não perdi meu filho.
- Ele dormiu? - perguntei. Pois já há um bom tempo que estava nos seus braços o ninando.
- Sim, já vi que ter a barriga cheia basta para ele cair no sono. - comentou rindo.
- É verdade. Tiro e queda. - respondi.
O clima estava muito tenso.
Ele colocou Lorenzo na cama e o tapei com a mantinha.
Nos sentamos e pegamos na comida.
Comemos em um silêncio meio desconfortável.
Quando terminámos arrumamos de volta no saco para poder colocar no caixote depois.
Fiquei sentada no sofá olhando para a cama, sem saber onde mais olhar.
Estava um clima muito desconfortável, aquela sombra pairando sobre nós.
- Me diga, Theodoro registou o Lorenzo? - perguntou do nada, chamando minha atenção. Me virei para ele.
- Não. - respondi. - Eu queria contar, Davi. Procurei por você mas você não quis falar comigo! - justifiquei.
- Mentira, Gabriela. Eu não saberia se não fosse por esse acidente. Eu quase perdi o meu filho e nem sabia que era pai! - seu tom era acusador, frio.
As lágrimas já ameaçavam cair.
- Não, eu juro que eu queria contar! E eu iria contar, eu juro! Eu tive medo. Você me destratou, se eu aparecesse na sua frente e dissesse que estava grávida provavelmente me acusaria de dar o golpe ou ainda que o bebé não era seu! O que você queria que eu fizesse? - perguntei.
- Queria que me contasse, não importasse o que achava que eu haveria de fazer! Você lembra do dia em que descobriu que estava grávida? Lembra? - perguntou, chateado. - Lembra que eu disse que te amava, que tudo que mais queria era me acertar com você, ficar com você, construir uma família! Você ouviu tudo e me disse que o meu filho era de outro homem! Me privou de tudo! De ouvir os primeiros batimentos cardíacos, do seu parto, me privou de seis meses da sua vida! Seis meses que eu nunca irei recuperar. Me privou de estar do seu lado nos primeiros dias de vida. Nada justifica isso, Gabriela. Eu errei demais com você e eu me martirizo todo santo dia, pode acreditar! Mas nada justifica você ter me tirado o meu direito como pai dele. Nada!
Eu chorava silenciosamente.
Seu olhar era frio e suas palavras eram duras.
E ele tem razão..
Era filho dele, e eu o privei de tudo.
Todas emoções que eu tive, desde a primeira consulta, ouvir os batimentos, saber o sexo, o parto, todos mesversários, tudo! Eu lhe privei de tudo!
Privei a ele e ao meu filho, de ter o pai do seu lado.
Limpei as lágrimas com as mãos, sentindo a ardência no meu rosto de tanto que chorei hoje.
Não falei nada, estava incapaz de falar alguma coisa.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Os Irmãos Cavalcanti: Rendida
Amei o primeiro livro,por favor posta a trilogia. Segundo livro irmãos cavalcanti: Seduzida (Lucas e Priscilla) e terceiro livro os irmãos cavalcanti:Apaixonada (Gustavo e Rafaela) Obrigada!...
Excelente romante. Super erótico, enredo envolvente, cativante. Amei....