Os Irmãos Cavalcanti: Rendida romance Capítulo 22

O jantar tinha sido agradável.

Theodoro era uma companhia esplêndida, que deixou Gabi muito a vontade.

Era muito charmoso, educado, respeitoso.

Sem contar que a fazia se sentir muito bem.

Era bom estar com uma companhia que a fizesse sentir bem consigo mesma e tivesse uma boa conversa.

Além de um ótimo sentido de humor.

Ao chegar a casa, subiu com ela até seu apartamento e a despediu com um beijo na bochecha, com a promessa de que falariam mais.

Gabi concordou com a ideia.

Sua amiga já dormia e foi para o seu quarto.

Tomou um banho rápido e removeu a maquiagem.

Se meteu em seu pijama fofinho e se deitou.

Pensou sobre diversas coisas. Entre elas Davi.

Ela, mais do que ninguém, estava ciente do amor que sentia por ele.

Mas também estava ciente que devia seguir em frente.

Não tem como manter amor em um solo tão infértil.

Ele não vai mudar o que pensa sobre ela. E isso ela deve aceitar e esquecer.

Não poderia tolerar esses comportamentos.

Bastava tudo o que já tinha aceitado.

Mas agora era hora de meter um ponto.

Seria difícil claro, ainda mais quando seu corpo pede incansavelmente pelo dele.

Mas lutaria com isso também!

**

Pela manhã, chegou a empresa mais cedo.

Se instalou em sua sala e ligou o computador.

Para a sua surpresa, entrou Theodoro - depois de bater a porta - com um pequeno arranjo de rosas em uma caixa.

A desejou boa sorte e parabenizou novamente pelo trabalho e tudo mais.

Lucas entrou logo em seguida.

****

Gabi

- Vim desejar boa sorte mas acho que alguém já está tratando disso. - comentou bem disposto. - Bom dia.

- Bom dia. Eu já estava de saída. Só vim dar as boas vindas ao nosso novo trunfo. - Theo comentou com bom humor.

Se despediu e saiu, deixando-nos a sós.

- Então. Como foi o jantar? - perguntou curioso.

Sorri.

- Me surpreendeu pela positiva. Ele é realmente incrível. - comentei com sinceridade.

- Que bom. E agora pode me contar a invasão de Davi no seu apartamento.

Corei imediatamente. Lembrando como resultou a invasão.

- Eu mandei ele embora, só isso. - comentei.

- Sei.. - falou desconfiado e eu ri. - Podia pagar pra ver a cara dele sendo dispensado. - ele riu junto.

- É. Priscilla riu bastante quando chegou a casa e encontrou ele sentado no sofá, todo emburrado. - comentei.

- Ah é? Ela chegou antes de você sair? - perguntou.

- Sim.

- Que horas eram mais ou menos? - perguntou tentando fingir desinteresse.

- Não, eu não lembro. Mas o que está havendo?? - pergunto.

- Nada. - se levantou. - Eu vou trabalhar. Seja bem vinda e espero que goste daqui. - beijou minha testa e saiu da sala depois de eu ter agradecido.

Alguma coisa se passa entre ele e Priscilla.

E eles vão me contar.

Além de estar perto de Lucas e Gustavo.

Não cruzei com Davi em nenhum desses dias. O que era bom. Pois cada vez que a gente se encontra, é muita discussão.

Para a minha felicidade, todos estavam muito satisfeitos com o meu trabalho e a minha participação.

Eu também, obviamente.

Estava amando tudo isso.

Theo me ajudava sempre que eu precisava, esbarrávamos muito pela empresa, o que chegava a ser engraçado.

Já estava familiarizada com os colegas de trabalho.

Fiz algumas amizades e o ambiente era muito agradável também.

Se eu já admirava meu pai, hoje em dia admiro muito mais.

É incrível tudo que ele tinha feito por todos seus empregados.

Além da atenção a todas necessidades dentro da empresa, as vantagens que proporcionava aos seus funcionários era incrível.

Desde o faxineiro até o de mais alta patência.

Tem ônibus da empresa que circulam para os funcionários da empresa. Ninguém precisa se preocupar com ônibus, todos funcionários têm direito a usar.

Tem ônibus circulando para os seus filhos! De forma a ser mais prático, tinha um acordo com uma escola, praticamente todos os filhos dos funcionários até os 13 anos estudavam nas mesmas escolas.

Os subsídios de alimentação em cima aos salários era muito bom, apesar de ter comida gratuita a fartura na própria empresa.

Os seguros de saúde são ótimos.

Fico muito feliz de poder fazer parte de tudo isso.

Fiquei sabendo também que Davi implementou muitas outras coisas que pudessem beneficiar os trabalhadores.

Há senhas de comida para diversos supermercados, há senhas de farmácia pra compra de medicamentos, embora esteja incluso no seguro de saúde.

Enfim, uma imensidão de coisas boas, que me fizeram admira-lo muito.

Era sexta feira e honestamente eu só pensava em dormir.

Cheguei a casa e tomei meu banho.

Encomendei comida japonesa para o jantar e fiquei a espera, faminta, da comida chegar.