Os Irmãos Cavalcanti: Rendida romance Capítulo 31

Resumo de Capítulo 30: Os Irmãos Cavalcanti: Rendida

Resumo do capítulo Capítulo 30 do livro Os Irmãos Cavalcanti: Rendida de autorax99

Descubra os acontecimentos mais importantes de Capítulo 30, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Os Irmãos Cavalcanti: Rendida. Com a escrita envolvente de autorax99, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

Davi

Eu ouvia as súplicas da Gabriela ao longe, mas não me importei, seu sofrimento não era maior que o meu.

Não tinha tempo a perder. Segui o médico, me sentei e entreguei o braço.

Tudo veio de uma só vez.

Eu era pai!

Lorenzo era meu filho!

Fechei os olhos enquanto tiravam meu sangue para uma bolsa, ainda abismado com tudo isso!

Um filho.

Uma emoção indescritível me varreu dos pés a cabeça.

Tudo fazia sentido!

Ele era a minha cara!

E o que senti quando o peguei no colo! Ele se acalmou no mesmo instante e se concentrou na minha voz! Era o sangue! O reconhecimento visceral antes do racional..

Junto com a felicidade veio a tristeza.

Não acredito que a Gabriela fez isso comigo.

Mas no momento, eu só quero me concentrar em salvar o meu filho.

Levaram meu sangue e eu me levantei.

Fui ao banheiro e lavei meu rosto.

Quando voltava para a sala de espera, parei por um momento, ainda pensando em tudo.

Olhei para Gabriela.. tão jovem.

Quem a vê não poderia dizer que tem um filho.

Mesmo sofrendo, continuava muito linda.

Então entrei e ela se levantou no mesmo instante.

Não falou nada e nem eu.

Só nos fitamos.

Seu olhar era de tristeza, mágoa, arrependimento, súplica, medo.

Vi as lágrimas escorrerem pelo seu rosto.

Desviei e me sentei.

Lucas e Gustavo se sentaram ao meu lado.

- Tenha calma, irmão. Muita calma. - Lucas pediu.

- É, tudo ficará bem. - Gustavo acrescentou.

Eu não falei nada. Apenas fiquei observando.

Uma enfermeira se aproximou e avisou que a cirurgia havia iniciado. Disse também que Gabriela já poderia ver a irmã.

A observei andar colada a Priscilla, em direção ao quarto em que estava a sua irmã.

Me virei para o moço que os ajudou, ainda estava ali porque Lucas tinha pedido.

- Qual é o seu nome? - perguntei.

- Rodrigo.

- Muito obrigado pelo que fez. Salvou as meninas e ao meu filho. - agradeci.

- Por nada. Estava parado a espera de um passageiro pois trabalho de uber, vi o acidente acontecer e uma senhora sair do carro correndo, mas dava para ver que tinha outras pessoas dentro do carro. Só fiz o que qualquer outra pessoa do bem faria. - explicou.

Agradeci mais uma vez e ele se despediu.

- Passe pela sede da empresa Cavalcanti amanhã. - pedi antes que ele saísse e dei o endereço. Ele garantiu que iria.

- Quero que o ajude com o que precisar. Parece ser um rapaz humilde e trabalhador. O que ele fez significou muito mesmo, quero retribuir de alguma forma. - me virei para Lucas e ele entendeu.

Garantiu que trataria disso.

Theodoro estava calado, e agradeci por isso, pois acho que me passaria se ouvisse a voz dele.

A enfermeira trouxe comida para mim, segundo ela precisava comer por ter tirado sangue.

Concordei e comi, pois queria estar bem quando meu filho saísse da cirurgia.

Estava inquieto, sentia o tempo arrastando..

Passando devagar demais.

Ninguém saia e dizia alguma coisa.

Estava impaciente.

Gabriela voltou para a sala de espera, pois Bianca adormeceu.

Se sentou quase ao meu lado.

Eu conseguia sentir seu cheiro.

Eu percebia seus movimentos.

Eu ouvia seus gemidos de choro.

Era angustiante.

Queria lhe abraçar e dizer que o nosso filho vai ficar bem.

Sentia a necessidade de colar seu corpo ao meu, de a aconchegar em mim e garantir que tudo ficaria bem.

Mas como? Se não fosse o acidente eu não saberia que é meu filho, porque ela escondeu isso de mim.

Afastei esses pensamentos na hora.

Agora não é o momento para ficar preso nisso!

Só pensava no meu filho.

Foram 4 horas a espera.

Gabriela acordou com o barulho do choro e se aproximou.

- Oh meu amor. - beijou sua mãozinha. - Ele tem fome. - disse e se deitou na cama. - Pode colocar ele aqui do meu lado.

Fiz como pediu e o posicionei deitado do seu lado, com cuidado.

Chorava e esperneava, por fome e talvez pela dor também!

Lucas saiu do quarto e ficámos nos três.

A ajudei a empilhar as almofadas para conseguir algum conforto enquanto tirava o seio e Lorenzo abocanhava.

- Mamãe está aqui, amor. - falava com ele enquanto alisava seu cabelo e sua testa.

Estava hipnotizado por tanto amor, mas ao mesmo tempo muito magoado.

Era meu filho, tinha 6 meses de vida, e eu não tinha uma ligação com ele fora o sangue.

Mas que iria desenvolver a partir de agora.

- Precisa de alguma coisa? - perguntei.

- Pode me passar uma mantinha? Está frio. - pediu.

Entreguei e o tapou com cuidado.

Aos poucos ele foi pegando no sono, chorava por uns segundos e calava.

Então ela saiu da cama e o deixou dormindo tranquilo.

Estava arrasada e era notável.

- Você pode ir pra casa, levar algumas coisas, não está bem. - observei. - Ou podemos pedir que a Priscilla vá com Lucas pegar suas coisas e do Lorenzo. Imagino que não queira se afastar dele. - ela concordou.

- Sim. Preciso de mudas de roupa, fraldas, leite e todas coisas do Lorenzo. Também preciso de um banho, ainda estou cheia de sangue. - apontou para algumas manchas de sangue na roupa e na perna tinha marcas do sangue de Lorenzo que escorreu.

- Eu falo com eles. Também precisarei de alguns itens. - comentei.

- Você vai passar a noite aqui também? - perguntou surpresa.

- Claro. É meu filho também, não é? - falei acusadoramente.

- Eu ia contar, Davi, eu..

Foi interrompida pela enfermeira que entrou para dar alguns remédios ao Lorenzo.

Depois todos entraram.

Lorenzo dormia profundamente então saímos da sala.

Pedi a Gustavo que fosse a minha casa e trouxesse algumas coisas. Priscilla iria para casa com Lucas, só no caso da mãe da Gabi aparecer, teríamos que ter cuidado.

Gabriela pediu que trouxesse algumas coisas para a sua irmã também.

Eles foram e Gabriela aproveitou que Lorenzo estava dormindo e foi ao quarto da irmã.

Eu me sentei na poltrona do quarto e fiquei olhando meu filho dormir.

Pensei em Gabriela, em todo o amor e a mágoa agora.

Como recuperaria disso?

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