Por Você romance Capítulo 105

— Era brincadeira, cara, relaxa! — pede e fica sério em seguida. — Mas agora é sério, cara. Eu estou muito feliz por você. Você, mais do que ninguém, merece tudo isso e como seu melhor amigo e padrinho do noivo, eu te desejo toda a felicidade do mundo, mano! — Ele me puxa para um abraço, me dando alguns t***s nas costas.

— Obrigado, meu amigo! Por tudo, mesmo. Sabe que foi mais que um amigo pra mim, você foi o meu irmão. Não tenho e nunca terei como agradecer...

— Na verdade, tem sim — interrompe-me. — Você me deixa dançar com a noiva? Tipo, assim, bem coladin... — Nem o deixei que terminasse a frase e dei-lhe outro tapa na nuca. Dessa vez ele não reclamou, apenas riu em alto e em bom tom. Rolei os olhos para ele. Imbecil! Idiota!

— Sem noção! — rosnei e peguei o prato montado com alguns salgados e doces e me afastei. Encontrei a Ana rodeada por suas amigas na mesa e quando me aproximei, me vi envolvido pela conversa animada das meninas. E quando a minha pequena família já estava alimentada, segurei a sua mão e pedi licença a todos mesa. A levei para a pista de dança, estava na hora da valsa. Levei uma mão a sua cintura e segurei uma mão sua. Ana levou uma mão ao meu ombro e os nossos olhos se conectaram em seguida. Os nossos bebês já não permitem que ficássemos coladinhos, como costumávamos fazer. Mas isso não me impediu de que eu embalasse o seu corpo junto ao meu, pelo grande salão. Todos os convidados pararam o que estavam fazendo para nos assistir, mas era como se eles não estivessem ali. Era apenas eu e ela, trancados em nosso mundinho, sentindo os movimentos lentos e calmos, seguindo o som da música instrumental. Era como se pudéssemos flutuar, ir para as nuvens. Ana me sorria o tempo todo, mas o seu semblante feliz, me dizia que esse dia fora muito puxado para ela.

— Cansada? — indaguei suavemente, com preocupação.

— Um pouco. — Ela disse. Seus olhos negros estavam radiantes e mesmo estando cansada, não deixava de mostrar o quão estava feliz.

— Se quiser, posso te tirar daqui — sugeri e ela me beijou levemente. Ana olhou ao nosso redor e depois, voltou o seu olhar para mim.

— Ainda não, querido. — Sorri e deixei-me levar pela música. — Eu quero curtir cada momento nosso com eles. — disse, referindo-se aos nossos amigos e familiares. Inclinei-me para beijar-lhe outra vez. Senti os seus lábios macios nos meus e pensei que eu queria mesmo era estar sozinho com ela, poder senti-la de outra maneira. Livrar-me das nossas roupas e amá-la como ela precisa e merece ser amada.

— E eu sou sua, senhor Alcântara, eu sempre fui. — A beijo calmamente e aos poucos o beijo vai ganhando uma proporção intensa e gostosa.

Deus, como a amo! Quando o beijo para, eu a olho fixamente, respiro fundo e deixo as palavras virem à tona.

— Ana, eu nunca vou me esquecer da primeira vez que eu te vi. Embora eu saiba que escondi direitinho, eu olhei em seus olhos e eu vi neles a minha redenção. Eu tive medo, me escondi, ergui as minhas barreiras, mas nada adiantou. Você me invadiu com o seu jeito doce, me envolveu com a sua luz e eu me perdi no seu jeito de menina. Hoje, você me completou e mais uma vez está me fazendo o homem mais feliz desse mundo! Eu não tenho como comparar o seu valor minha pequena. Para mim, não existe dinheiro no mundo que compre. Você é um achado minha, é única. — Respiro fundo. — Meu Deus, Ana, não tem lugar para o tanto de amor que eu sinto por você! Meu coração chega a transbordar com esse sentimento! — Ela faz um gesto de que vai dizer algo, mas eu a impeço. — Quero que você saiba de uma coisa. Você é a minha vida, você é tudo para mim! E eu te amo, minha pequena! — Terminei minha declaração com um beijo em sua boca. Um beijo cheio de amor, cheio de paixão. Um beijo como se não houvesse amanhã!