Resumo de 45 – Uma virada em Por Você de Autora Nalva Martins
45 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Por Você, escrito por Autora Nalva Martins. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Cristal
No segundo dia as coisas aqui dentro parecem bem piores e a minha habitual animação já nem existe mais. Me olhar no espelho também não é possível, porque não me reconheço no reflexo e isso dá até raiva de mim mesma. A verdade é que não tenho dormido bem esses dias, as minhas lágrimas já secaram e me lamentar se tornou algo corriqueiro. Também desisti de ligar para aquele cabeça dura! Puta que pariu, ele sequer me deu o benefício da dúvida! Nem ao menos me procurou para exigir um esclarecimento. Mick Serrano simplesmente me julgou culpada e me condenou ao exílio do seu coração. É claro que estou revoltada! Contudo tenho em mãos a minha última tentativa. O brunch da minha mãe e se ainda assim ele não quiser me ouvir desistirei de tudo.
— Soube do resultado do jogo de ontem? — Escuto uma das garotas comentar atrás de mim.
— Claro que sim! Eu estava lá. Porra, Mick Serrano e o tal de Lucas arrasaram!
— O novato? — Outra garota entra na conversa.
— Sim. Dizem que ele foi transferido para cá e de cara, já entrou arrasando no time.
— Flint deve estar vibrando com isso. Está perto de ganhar mais um troféu de primeiro lugar para a escola.
— Cris, vem? — Jasmine me chama enlaçando o seu braço ao meu e sou obrigada a me afastar das únicas novidades sobre ele. Jonathan chaga do meu outro lado e vamos para a lanchonete. Ele ganhou mais um jogo e eu não estava lá para ver isso. Saco! — Cris, você precisa comer alguma coisa. — Jasmine fala me estendendo o cardápio.
— Eu só quero um suco.
— Isso não faz bem, amiga, você precisa comer! — Ela insiste.
— Um suco, por favor! — repito para a garçonete e o casal revira os olhos indignado com a minha teimosia. O que eu posso fazer, a droga da comida não desce, pow! Logo estamos voltando para a nossa rotina segue. Aulas, testes, trabalhos e mais aulas. Contudo, o meu foco deve estar debaixo dos meus pés, porque simplesmente não presto a atenção em exatamente nada e no final me pego indo para o campo da escola para assisti-lo de longe. Entretanto, dessa vez quando o treino termina me encorajo a chamá-lo. — Mick? — Ele para de andar assim que ouve a minha voz. Do seu lado tem um rapaz que eu não conheço e imagino que seja o tal novato. — Será que podemos conversar um pouco? — Ok, receio é o meu nome do meio agora.
— Eu vou lá, Mick, depois a gente se fala! — O garoto diz tentando se afastar, mas ele o impede.
— Não precisa, Lucas, essa conversa será bem rápida! — Ele rosna seco e se afasta do tal Lucas, aproximando-se de mim. — O que você quer, Cristal? — Ok, eu não esperava por esse tom frio, mas é o que tem pra hoje!
— Eu preciso explicar o que aconteceu na sala de aula naquele dia. — Ele arqueia as sobrancelhas.
— Sério? Não precisa, eu já sei o que aconteceu.
— Não, você não sabe! — Mick sorri sarcástico e juro que não o reconheço.
— Bom, eu posso dizer com clareza o que aconteceu. O Victor te beijou a força, você é uma vítima dele e blá, blá, blá, blá! Qual é Cristal? Eu sempre soube que você o queria, desde sempre era ele. Não sei por que fui tão tolo em acreditar que me amava...
— Mas, eu te amo! — O interrompo furiosa.
— Ama porra nenhuma! — Ele range e eu tento me aproximar. Preciso tocá-lo, mas ele se afasta fazendo não para mim.
— Não me toque! E quer saber, essa merda acabou, Cristal! — Semicerro os olhos.
— Comece!
— Naquele dia o Victor me chamou para uma conversa e nos afastamos dos demais alunos. Ele me humilhou, Mick. Disse que eu era leviana e que tinha interesse nos jogadores. Enfim, eu não esperava que ele fosse me pegar a força e me beijar daquele jeito.
— A força? Eu não vi você lutando, Cristal. — rebate com sarcasmo e eu seco as lágrimas.
— Você viu o que quis ver, Mick. Não viu quando eu o empurrei de cima de mim. Também não viu quando lhe umas verdades. Não viu quando eu saí feito uma louca a sua procura. Acha mesmo que se eu quisesse ficar com ele não estaria? Eu tive várias chances e disse não para ele, porque eu escolhi você. — Ele respira fundo e permanece calado e droga, eu queria que ele dissesse algo! — Eu te liguei várias vezes, fui te procurar na sua casa e você nem se deu o trabalho de abrir a porta para mim. Você sabe que não sou de me rastejar por ninguém, mas você me condenou sem nem ao menos me ouvir. — Percebo o seu olhar vacilar e penso que pela primeira ele está me ouvindo. — Eu nunca menti pra você e você sabe disso, não é? Eu disse que te amava e mesmo assim você... — Ele se afasta exasperado e vai para perto de uma janela. — Eu nunca quis te machucar, Mick! — Merda, a minha voz tremulou! Que droga, Cristal! — É isso. Eu não traí você, não beijei o Victor e você pode perguntar para o seu... — Paro de falar quando ele dá passos largos e firmes em minha direção e receosa, eu me afasto à medida que ele avança, encontrando uma parede atrás de mim. Mick me puxa com violência de encontro ao seu corpo e os olhos firmes prendem os meus, mas não sei o que essa atitude quer dizer. Estou ofegante agora porque não faço ideia do que se passa em sua cabeça. Seus olhos descem ávidos para a minha boca e eu... não consigo respirar. Então eles voltam a fita os meus e ele... Porra, ele me beija. Um beijo tão intenso, forte e envolvente que não me permite recuperar o fôlego. O seu corpo se cola ao meu. Estamos tão colados que uma formiga jamais passaria entre nós dois. Em meio ao beijo ele me guia para a minha cama. O pobre coração não tem a menor chance. Ele está agitado, pulando feito um louco dentro do meu peito. O meu sangue esquenta consideravelmente nas minhas veias. Então eu desperto e o envolvo com os meus braços, aprofundando um beijo que já é tão profundo e gemendo na sua boca. Mick se inclina, levando o meu corpo a deitar-se no colchão. Contudo, ele para o beijo e ofegante me olha nos olhos. Deus, ele está... chorando? Eu realmente não esperava isso. Cuidadosamente ergo uma mão e seguro uma lágrima com o meu indicador.
— Por que dói tanto? — sussurra sofregamente me fazendo engolir com dificuldade. — Por que machuca tanto te amar, Cristal? — Pressiono os lábios, mas não seguro as lágrimas.
— Eu não sei — digo baixo demais. — Só sei que dói em mim também.
— Diz pra mim que você me ama? — pede com os olhos ávidos e atentos em mim.
— Eu te amo! — confesso sem hesitar e sem desviar os meus olhos dos seus. — Eu te amo muito, Mikael Serrano! — E nos beijamos com mais intensidade se é que isso é possível.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por Você
Não tem final? Que pena!!!!!!!!!! Mais uma história que ficou com gostinho de quero mais, e com isso estou triste...
Onde estão os capítulos de 21 a 59??...