Por Você romance Capítulo 158

Resumo de 44: Por Você

Resumo do capítulo 44 de Por Você

Neste capítulo de destaque do romance Romance Por Você, Autora Nalva Martins apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Cristal

— Claro, querida! Se você conseguir, porque eu já tentei. — Apenas assinto e subo as escadas apressada, porém, paro em frente à porta do seu quarto e hesito por um instante. Deus, não tenho coragem de bater e penso que talvez seja melhor esperar ele se acalmar. Não, você precisa esclarecer as coisas, Cristal. A final, você não fez nada de errado. Respiro fundo e me aproximo lentamente da porta, girando a maçaneta devagar. Fecho os olhos decepcionada. Droga, ela está fechada com chave! Solto mais uma respiração profunda e resolvo bater na madeira. — Mick? — O chamo receosa, porém, ele não responde eu suspiro baixinho. — Mick, pode abrir a porta pra mim? Nada, só o seu maldito silêncio. — Por favor, me deixe explicar o que aconteceu? — Merda, ele não responde! — Tudo bem, eu posso esperar que esfrie a cabeça. Só... eu não tive culpa. Por favor, só... me dá uma chance de esclarecer as coisas? — nada. Nem um maldito “vai embora!” Arrasada, eu encosto a minha testa na porta e puxo a respiração algumas vezes, me permitindo chorar. Isso não é bom. Eu não sou de fraquejar, mas essa merda toda está acabando comigo e eu nunca me senti assim antes. Desisto da minha insistência e decido ir para casa.

— Você conseguiu? — Lisa pergunta assim que desço o último batente. Apenas faço não com a cabeça e saio da casa, entrando imediatamente no carro e ele entra em movimento ergo os meus olhos uma janela do segundo andar na esperança de vê-lo. Que droga, Mick! Rosno mentalmente.

***

No dia seguinte...

A noite passou lenta e dolorosa para mim. Eu simplesmente não consegui dormir e fiquei rolando na cama a noite inteira. Eu preciso pensar em como me aproximar dele, preciso fazê-lo me ouvir, mas para a minha infelicidade ele não veio ao colégio hoje e eu tive que encarar o Victor e a Rute de cabeça erguida como se nada tivesse acontecido, mas por dentro, estou destroçada. Vê-los sentados perto demais um do outro e vez ou outra aos cochichos me dá a certeza de que eles estão juntos nisso tudo. As aulas passam como um borrão diante dos meus olhos e pra variar não tenho um mínimo de concentração. Nas horas vagas insisto em ligar para ele, mas todas as ligações vão para a caixa postal.

— Nada? — Minha amiga procura saber e em resposta apenas meneio a cabeça.

— Não sei mais o que fazer, Jas. Ele não me atende, não me recebe, não quer falar comigo.

— Calma, amiga! Deixe-o esfriar a cabeça. O Mick vai cair na real e vai te procurar. Tenho certeza de que te dará a chance de explicar. — Faço não com a cabeça.

— Você não viu aquele olhar de acusação. Ele está com ódio de mim e pensa que eu e o Victor... — Puxo a respiração para engolir o choro.

— Eu... preciso sair, preciso respirar um pouco.

— O que quer dizer? — mexo os ombros com desdém.

— Que eu vou sair essa noite. Que eu vou dançar e beber até não aguentar mais, porque se eu não fizer isso, não vou resistir.

— Olha só. Quando chegarmos em casa prometo que a gente vai se divertir muito. Podemos ligar o som bem alto no quarto e beber todas juntas, mas não me peça para cometer suicídio com você — bufo audível.

— Isso tudo é uma grande merda! — rosno entre dentes.

— Eu sei— Jasmine sibila baixinho e me puxa para um abraço. No final da tarde o vejo no campo de longe para ele não me perceber e me pego sorrindo quando faz um gol magnífico, e os amigos o ergue nos braços em comemoração. Definitivamente ele ama fazer isso e sei que será um grande jogador no futuro. Contudo, saio antes de o jogo terminar.

***

— Eu não fiz nada, querida. Na verdade, tudo só vai depender de vocês dois.

— Eu sei e prometo que vou aproveitar o momento e tentar pôr naquela cabeça dura que eu o amo. — Ela sorri.

— Não desista, Cristal. Se você o ama, simplesmente lute por ele. As mulheres da família Alcântara nunca desistem. — Ela diz meiga e eu volto a deitar a cabeça no seu colo, enquanto ela mexe nos meus cabelos.

— Pode me contar de novo como você e o papai se conheceram? — peço porque amo ouvir essa história e porque ela é um exemplo de superação. Quem sabe não consigo tirar forças de algo que aconteceu com alguém tão próximo de mim?

— Claro que sim, querida! Você sabe o quanto adoro contar essa história pra vocês! Tudo aconteceu quando eu fui trabalhar no C & H. Eu era a sua secretária do seu pai, que naquela época era um CEO muito arrogante, carrancudo e muito, muito exigente, embora eu sempre soube que havia algo de errado com ele. Eu conseguia ver além de toda aquela frieza, muita tristeza no seu olhar. Com o passar dos dias e o fato de estarmos sempre perto um do outro de alguma forma o gelo no seu coração ferido foi rachando e ele deixou-me aproximar. Eu conheci um Luís que muitos funcionários não conheciam e que preferiam manter a distância. Era isso ou ir para o olho da rua. A sua grosseria e as respostas rudes mantinham todos sempre longe dele, porém, eu continuava ali e não me importava com a falta de educação do meu chefe ogro. Enquanto ele agia feito um idiota, eu lhe oferecia um sorriso doce e fazia o meu trabalho com precisão. Meses depois algumas pessoas mais próximas notaram uma mínima diferença, mas foi quando ele me beijou pela primeira vez que eu descobri. Eu estava apaixonada por aquele ogro... — Para quem não viu de perto não faz ideia do que Ana Júlia Falcão fez por esse homem. Luís Renato Alcântara estava mesmo destinado a solidão eterna se ela não o tivesse libertado. Eu simplesmente amo saber como ela o salvou e realizou todos os seus sonhos. E dezoito anos depois, eles continuam se amando com a mesma intensidade.

— Acha que um dia vou encontrar alguém que me ame assim? — pergunto quando escuto o final feliz que eles tiveram. Ela sorri.

— Na verdade, eu acredito que você já o encontrou, filha. Vocês só precisam conversar e se acertar — diz convicta e percebo que a nossa conversa de alguma forma me calmou.

— Vou pedir para alguém trazer algo pra você comer aqui no quarto. E chega de chocolates, mocinha! — Mamãe ralha, sorri e sai do quarto em seguida.

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