Por Você romance Capítulo 72

— Nada de tomar partido? — inquire depois de um tempo. Sorrio.

— Nada de tomar partido — confirmo. — Qualquer problema, eles que se virem!

— Bom, se você está garantindo, eu também me garanto — diz.

— Prometido, então. — Resolvo mudar de assunto. — Você não me falou como foi seu dia aí em São Paulo.

— Chato, muito chato! — diz sério. Ele respira fundo antes de continuar. — Por dois motivos. O primeiro, você não está aqui ao meu lado e eu estou morrendo de saudades suas. E o segundo, tem muitas reuniões, uma atrás da outra. Mas o bom disso tudo é que vamos fechar um bom negócio por aqui — conclui animado.

— Hum, quanto ao seu primeiro problema. Acho que resolvemos isso amanhã, certo? — Ele sorri.

— Certo. — Suspira audível. — Estou roxo de saudades suas, Ana!

— Eu também. Estou dormindo com a sua roupa para sentir o seu cheiro, assim eu me sinto mais perto de você!

— Huuum! Isso é uma ideia tentadora! Posso trazer sua calcinha na próxima viagem! — diz sugestivo e eu solto uma risada gostosa.

— Safado!

— Tenho que ir, pequena. Ainda tenho mais duas reuniões antes de ir para o hotel. Te amo muito!

— Também te amo, meninão! Sonha comigo, tá?

— Sempre, meu amor, sempre!

— Boa noite!

— Boa noite! — Se saudade matasse, eu já estaria mortinha da Silva. Penso, relutante em encerrar a chamada. Vou para o meu quarto, largo o aparelho no criado-mudo e vou tomar uma ducha. Quando termino, visto uma camisa branca do Luís e me deito na cama. Penso o tempo todo nele, até adormecer.

***

Luís Renato

Hoje faz quatro dias que estou em São Paulo. Meu último dia aqui, graças a Deus! Não aguento mais de saudades da minha pequena. Falar com ela pelo telefone não resolve muita coisa, só aumenta essa saudade no meu peito. Se não fosse o seu curso, a teria trazido comigo nessa viagem. Esses dias tenho corrido como um louco de uma reunião para outra, fazendo reconhecimento de novas equipes e traçando novos planos para os novos projetos e foi isso que salvou a minha sanidade, ou eu teria pego o primeiro avião de volta para o Rio, no primeiro dia.

Levo as mãos na cintura, olho para as malas prontas em cima da cama e solto um suspiro satisfeito. Daqui a duas horas estarei dentro de um avião, rumo ao Rio de Janeiro e nos braços da minha noiva. A campainha do quarto de hotel toca e eu vou apressado abrir a porta. Um jovem com uniforme aparece em meu campo de visão e eu lhe aponto para a enorme cama, onde estão as malas.

— Seu carro já o está aguardando, senhor Alcântara — avisa atencioso.

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