Por Você romance Capítulo 73

Quando se acomoda ao meu lado na mesa, noto que Marta não está mais no cômodo e que estamos a sós. Enquanto jantamos, conversamos sobre qualquer assunto e rimos feito dois bobos de tudo. Depois a levo até a garagem. Eu a observo se acomodar no banco do motorista, em seu carro, largar sua bolsa no banco traseiro, pôr o cinto de segurança e antes de ligar o motor, ela me j**a um beijo no ar. Automaticamente ergo uma mão e finjo segurar o seu beijo, guardando-o do lado do meu coração. Minha pequena sorri. É incrível que ela se encaixe com tanta perfeição em tudo em minha vida. Penso suspirando baixinho. O carro entra em movimento e ela pegar o trânsito em seguida. Levo as mãos aos bolsos da minha caça e volto para dentro do prédio em seguida. Sentado no sofá da sala, eu pego o jornal para ler as últimas notícias da cidade carioca, mas a campainha começa a tocar e eu o largo para ir abrir a porta. Encontro a minha vizinha Karol, com um sorriso estampado no rosto e assim que me ver, ela me abraça e eu beijo o seu rosto com carinho.

— Você esteve sumida! — comento fazendo um gesto para que entre e caminhamos para a sala.

— Tive que viajar para a Europa, você sabe, negócios! — Ela larga sua bolsa no sofá e se senta ao lado dela.

— Quer beber alguma coisa?

— Uma dose de conhaque, por favor — pede e eu vou para o bar de canto para servir dois copos.

— Andou fugindo de mim? — indaga quando volto para perto dela. Lhe estendo um copo e arqueio as sobrancelhas para a sua pergunta.

— Eu não! Por que diz isso?

— Telefonemas, mensagens, recados. Já fiz de tudo para localizá-lo, mas nada. Você simplesmente não me atendia, não respondia, não me retornava — resmungou enquanto contava nos dedos as minhas infrações. Franzi o cenho com curiosidade.

— Desculpe, a minha vida está uma loucura! Mas por que tanta urgência em falar comigo? Aconteceu alguma coisa? — indago me sentando no outro sofá. Karol beberica a sua bebida e se ajeita, cruzando as suas pernas e se encostando no encosto macio.

— Sim, aconteceu muita coisa, Luís! — diz com um tom sério demais. Faço um gesto, incentivando-a a continuar. — Camilly está de volta. — Ela fala e eu faço uma cara tipo, contra outra novidade, que essa já está velha. Ela puxa a respiração. — Lembra daquela noite que liguei pra você? Aquela que eu estava na balada? — Assinto, acrescentando em tom de brincadeira.

— A noite em que você não dizia coisa com coisa? Com certeza eu lembro. — Karol revira os olhos.

— Pois é, adivinha quem eu encontrei na Nigth? — Dou de ombros.

— Não faço ideia, Karol. Desenrola esse rolo.

— Camilly! — Faço um gesto de mão, pedindo que prossiga.

— E?

— Não sei. Ela também tinha bebido todas naquela noite, e começou a desabafar comigo. Disse que tinha voltado por sua causa, que se arrependeu de tudo fez e que descobriu que te amava. — Eu bufo irritado.

— Por que está me contando isso, Karol? Não quero saber nada que venha dessa mulher. Me admira você, trazer recados dela para mim! — falo cortando essa conversa sem noção.

— Não é isso, Luís. Você sabe que depois do que ela te fez, cortei a minha amizade com ela. Não estou trazendo reca...

— Então o quê? — corto-a impaciente.

— Se tiver um pouquinho de paciência, eu chego lá, ok? — rebate. Reviro os olhos para ela e deixo que continue.

— Então, não sei o porquê, mas ela acha que ainda sou sua amiga. Ela me falou que sabia que você estava com alguém. Fato que eu, como sua amiga não sabia. Você está me devendo essa, sabe disso, não é? — reclama.

— Foco, Karol! Termina o que estava falando.

— Enfim, ela está determinada a te reconquistar, Luís. E pelo que entendi, está disposta a fazer qualquer coisa para tirar sua namorada do caminho.

— Noiva! — Deixo bem claro. Karol me olha com expressão chocada.

— Noiva?

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