Resumo de 92 – Por Você por Autora Nalva Martins
Em 92, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Por Você, escrito por Autora Nalva Martins, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Por Você.
Abro os meus olhos, sentindo o meu corpo reclamar do chão duro e só então percebo que adormeci em um amontoado de papelão no chão. Através das brechas das madeiras que prendem a única janela, vejo que a luz do dia já está perdendo a sua força. Escuto os sons das vozes no outro cômodo e me forço a levantar dos papelões e caminho até a porta, para ver se entendo sobre o que estão falando. Pelos sons alterados, penso que estão discutindo por alguma coisa. Será que algo deu errado? Alguém mexe na porta e eu me afasto apressadamente, me encostando na parede, no fundo do quarto. A porta se aberta e Camilly entra me lançando um olhar tão surpreso, quanto furioso. Ela para bem na entrada do quarto e fixa os seus olhos em cima de mim.
— Por que diabos ela está solta? — Praticamente grita, apontando em minha direção. Eu olho para todos, que invadem o quarto imediatamente e observo ansiosa a porta aberta atrás deles. Não... não dá para fugir grávida e com todos reunidos aqui. É loucura!
— Não vejo necessidade de mantê-la amarrada, Camilly. Ela está grávida e,
— Quem diz o que fazer aqui sou eu e não você, seu idiota! — Ela grita para o homem, em seguida me lança um olhar quase mortal. Automaticamente levo as minhas mãos ao meu ventre, em uma atitude protetora. Ela vem até mim, me agarra forte pelos cabelos e me faz sentar na cadeira.
— Querida, não precisa. — O outro homem interpele, mas se cala com apenas um gesto dela.
— Vou ligar para o seu noivinho e você vai falar com ele. Quem sabe assim ele agiliza o meu pedido, hã? — diz bem perto demais do meu rosto. Ela mexe no celular e o coloca em meu ouvido, para que eu fale. O telefone chama duas vezes seguidas e o meu coração dispara quando ouço o som da sua voz.
— Alô? — Reprimo a vontade de chorar.
— Luís? — Chamo-o com a voz trêmula.
— Ana? Onde você está, meu amor? — indaga com um tom meigo, porém com desespero e antes que eu consiga responder-lhe, Camilly tira o celular de mim e passa o aparelho para o homem ao seu lado. Ela não quer que saibam que ela está envolvida. Penso. Mas, que cachorra! Só pode ser isso! Ela não perderia essa oportunidade de fazer o Luís sofrer!
— Então, senhor Alcântara? Já sabe que ela está bem. Agora, podemos negociar? — O homem propõe, saindo do cômodo. Depois da ligação, eles saem da casa e ficamos apenas eu o vigilante de sempre. Preciso resolver isso e vai ser agora! Penso, levantando-me da cadeira, vou até a porta e paro para escutar se eles realmente já saíram. Há um silêncio do outro lado da porta. Então me encho de coragem e bato na madeira envelhecida.
— Ei, preciso ir ao banheiro! — Não ouço nada em resposta. Há apenas o silêncio do outro lado. Bato com mais força e insisto em importuná-lo. — Ei, estou apertada, eu realmente preciso ir ao banheiro! — falo ainda mais alto. Escuto o barulho da chave na fechadura e me afasto automaticamente. Ele abre a porta e faz exatamente o que eu queria. Dentro do pequeno cômodo, faço as minhas necessidades e depois de lavar e secar as mãos, tento tirar o pedaço do espelho preso na parede. Faço força, tentando não fazer barulho, para não chamar a atenção. No ato, corto a minha mão, mas consigo tirar um pedaço considerável. Seguro-o firme atrás do meu corpo, sentindo a ardência na palma da minha mão. Abro a porta, entrando na sala em seguida e sem perceber nada, o homem segura o meu braço e me leva de volta para o quarto. No curto trajeto, pensei em como faria. Eu terei que ser esperta e rápida se quiser que o meu plano dê certo. Em silêncio, voltei a sentar-me na cadeira e fingi que estava passando mal.
— Eu não sei — respondi entre soluços. A minha voz estava entrecortada. — Eu... eu acho que o matei! Eu matei um homem, Luís! Por favor, por favor, me ajuda! — Solucei ainda mais ao telefone.
— Querida, me escuta. Tente se acalmar. Você precisa se acalmar, meu anjo. — Ele pediu com voz calma. — Estamos rastreando essa ligação, logo vamos buscar você, meu amor! Eu prometo. — No meu desespero, eu apenas assenti, mesmo sabendo que ele não podia me ver.
— Vem logo, por favor! Eu estou com medo, Luís! Não demora, por favor!
— Eu sei, querida, sei que está com medo. Vai ficar tudo bem, meu amor. Escuta, fique na linha, eu vou ficar conversando com você, tá bem? — Ele pediu e mais uma vez eu assenti.
— Tá.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por Você
Não tem final? Que pena!!!!!!!!!! Mais uma história que ficou com gostinho de quero mais, e com isso estou triste...
Onde estão os capítulos de 21 a 59??...