Resumo de 93 – Capítulo essencial de Por Você por Autora Nalva Martins
O capítulo 93 é um dos momentos mais intensos da obra Por Você, escrita por Autora Nalva Martins. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Algum tem antes...
Luís Renato
— Luís? — Gisele me chamou, entrando em minha casa, e me abraçou apertado. — Eu sinto muito! — Vi Guilherme entrar com minha afilhada adormecida em seus braços. Droga! Não gosto disso, de ter que tirar os meus amigos do seu conforto, mas eu realmente precisava deles aqui comigo. Já eram dez da noite e o único contato após o sequestro da Ana, foi uma mensagem com a foto dela amarrada a uma cadeira e amordaçada. Eu me sentia inútil, estava arrasado, despedaçado e em frangalhos. Não conseguia pensar direito, e gelava só de pensar o que estariam fazendo com ela.
— Os detetives não arredaram os pés da porta daquele apartamento, eles não saíram pela porta da frente — Ela disse. — Então resolvemos verificar se havia outra saída no prédio. Foi quando demos conta da saída de incêndio. Provavelmente sabiam que estavam sendo vigiados — explicou. Uma falha grave na segurança. Pensei. Como não pensamos nas saídas adjacentes?
— Penso que fizeram o mesmo aqui, Gisele. Pois Emerson não saiu da entrada da cobertura e os seguranças permaneceram na entrada do edifício. Eles devem ter usado a saída de serviço do prédio. Meu Deus, como será que ela está? Será que estão maltratando minha pequena? — indaguei, reprimindo mais um choro compulsivo. Eu tinha que ser forte por mim, por ela, por eles.
— Acredito que ela esteja bem, meu querido. Vamos pensar positivo — Gisele disse com voz calma.
— Chamamos a polícia, Luís, eles já devem estar vindo pra cá — Guilherme avisou. A notícia fez o meu coração parar uma batida bruscamente.
— Por Deus, Guilherme, diga que não fez isso! — pedi com um tom de voz desesperado.
— Não podemos resolver isso sozinhos, Luís. Esse cara é um profissional!
— Por isso mesmo, porra! Eles podem destruir toda a minha família de uma só vez, caralho! —rosnei exasperado. — Eu não quero arriscar! Foi por isso que contratamos o delegado Fontes e sua equipe, para não ter que chamarmos atenção! — expliquei. Gui respirou fundo e ergueu as mãos.
— Não vai chamar a atenção, Luís, eles vêm à paisana. Vão agir discretamente, ninguém vai perceber nada. — Engoli em seco.
— Eu realmente espero que você esteja certo, Gui. Porque se acontecer qualquer coisa com a minha família, a culpa será toda sua! — bradei, totalmente estressado. Eu estava no meu limite!
— Não saberá, senhor Alcântara. Você vai ter que apostar para ver — disse e encerrou a ligação. Apertar ainda mais o aparelho em minhas mãos e fechei os meus olhos apertados, reprimindo um rosnado de ira. Os homens resmungaram alto e o detetive bufou frustrado.
— Quase conseguimos a localização. Senhor Alcântara, precisa deixar a conversa mais extensa possível. — Ele pediu com o seu tom profissional. Impaciente, eu revirei os olhos.
— Não é tão fácil assim. Não sei se percebeu, mas não sou eu quem está no controle da porra da situação! — bradei exaltado, dei as costas a todos na sala e subi as escadas. Fui direto para o nosso quarto e assim que abri a porta, vi a caixa de chocolates que comprara para ela, ainda sobre a cama, a sua roupa largada no pequeno sofá, senti o seu perfume espalhado pelo ar e desabei em lágrimas. Senti o meu corpo convulsionar com os soluços que vinham com violência e corri para nossa cama, agarrei-me ao seu travesseiro e aspirei profundamente o seu cheiro e me entreguei ao pranto pela segunda vez em poucas horas. Desespero, angústia e medo era tudo o que eu estava sentindo. Em meio à visão turva, vi a porta do meu quarto se abrir e minha mãe passou por ela. Ela se aproxima da cama com passos rápidos e se sentou ao meu e deitou a minha cabeça em seu colo. O pranto me dominou mais uma vez.
— Shiii, meu amor! Vai dar tudo certo, você vai ver. Nós vamos conseguir trazê-la de volta — sussurrou enquanto mexia em meus cabelos. Eu só chorei por minutos a fio, sentindo o seu carinho e aos poucos eu fui me acalmando. E só quando o choro cessou e senti a tempestade dentro de mim começar a se acalmar, eu me levantei e dei um beijo casto em seu rosto. Engoli em seco, olhando os nos olhos preocupados de minha mãe.
— Obrigado! Eu vou tomar um banho — avisei com voz baixa e ela assentiu, me dando um sorriso de boca fechada. Entrei no banheiro e encarei os meus olhos vermelhos de chorar no reflexo do espelho. O que estava acontecendo me cortava por dentro. Me afastei da bancada e me livrei das minhas roupas, para entrar debaixo de uma água fria e tomei um banho demorado, que me deixou renovado. Sentia-me forte para enfrentar o que fosse. Desci as escadas determinado a encontrar minha pequena, estivesse onde fosse. Passei o dia vigiando o meu telefone. Ansioso, andava de um lado para o outro na sala da minha casa. Marta já trazia certamente a décima xícara de chá, que eu não tomei. Soltei um suspiro alto. Por Deus, por que eles não ligavam nunca?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Por Você
Não tem final? Que pena!!!!!!!!!! Mais uma história que ficou com gostinho de quero mais, e com isso estou triste...
Onde estão os capítulos de 21 a 59??...