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Proibida Para o CEO romance Capítulo 103

Miranda se ajeita na cadeira, o sorriso vacilando levemente diante do meu tom ríspido. Seus olhos percorrem meu rosto, me analisando, como se procurasse algo.

— Me desculpe, acho que não me expressei direito — ela diz, suavizando a voz. — Só estou tentando te alertar sobre as possíveis consequências. Mia é sua assistente pessoal e, se esse caso ganhar proporções maiores, isso pode respingar em você.

Contenho a vontade de bater na mesa. Embora eu saiba que Mia está ouvindo cada palavra, preciso manter a calma para não piorar a situação.

Ironia… Melhor apelar para ela do que para a raiva.

— Que consideração da sua parte — murmuro, inclinando-me para trás na cadeira. — Sabe, às vezes me pergunto se você é paga para ser advogada ou minha assessora de relações-públicas.

— Estou dizendo que…

— Srta. Pierce — corto-a, colocando de vez um fim nesse joguinho manipulador ridículo. — Não esgote a minha paciência de uma vez. — Aponto para a porta. — Se já terminou com a sua análise, sugiro que leve sua preocupação para outro lugar.

— Como quiser, Sr. Hayes — Miranda finalmente se levanta, ajeitando a saia. — Só queria te dar um aviso.

— Aviso dado. Agora feche a porta ao sair.

Ela me lança um último olhar antes de sair, fechando a porta com mais força do que o necessário. Solto um suspiro pesado, esperando mais alguns segundos antes de me levantar.

Enquanto vou até a porta para trancá-la, Mia sai do seu esconderijo. Quando me viro, a vejo com os olhos vermelhos, visivelmente abalada.

Merda.

— Mia… — murmuro, enquanto me aproximo, mas ela me interrompe.

— Miranda tem razão. Tudo mudou depois que... — ela começa, mas sua voz falha, e consigo ver o peso das palavras de Miranda se instalando nela.

Me inclino mais perto, sentindo a dor nos olhos dela, como se estivesse prestes a se perder na espiral da culpa novamente. Antes que ela continue, seguro seu rosto entre minhas mãos e, sem pensar duas vezes, a beijo.

O beijo é intenso, não apenas para tirá-la de seus pensamentos, mas também para mostrar a ela que estou aqui, agora. Ela precisa entender isso.

— Não faça isso, Mia — digo, acariciando sua bochecha com o polegar. — Você é muito mais forte do que tudo isso. Não continue se culpando por um homem que não sabe lidar com a própria dor.

Mia suspira contra meus lábios, subindo suas mãos pelo meu peito até alcançarem minha nuca. Sinto sua tensão diminuindo aos poucos enquanto me beija de volta.

— Você tem um jeito bem peculiar de me acalmar — murmura, quando nos afastamos, sorrindo.

Sorrio de volta, feliz por ver um pouco da minha Mia voltando.

— Se soubesse que era tão eficaz, teria usado antes — brinco, roubando outro beijo rápido.

— Então essa é sua nova estratégia? — Ela ergue uma sobrancelha. — Me beijar toda vez que eu começar a surtar?

— Se funcionar...

Mia ri baixinho, encostando a cabeça em meu peito. Envolvo-a em meus braços, aproveitando esse momento de paz.

— Preciso voltar ao trabalho — ela diz após alguns segundos, me soltando.

— Não me lembro — ela provoca, mordendo o lábio enquanto desliza a mão pelo meu peito. — Talvez você precise me lembrar.

Sorrio antes de beijá-la novamente. Dessa vez o beijo é mais lento, mais profundo. Minhas mãos apertam sua cintura, e ela suspira em minha boca quando a pressiono contra a mesa.

— Agora lembrou? — murmuro entre beijos.

— Mais ou menos — ela responde ofegante. — Acho que preciso...

O som de um alarme ecoa pela sala, nos fazendo pular de susto. Mia se afasta rapidamente, encarando seu tablet sobre a mesa.

— Hora de voltar à realidade, Sr. Hayes — ela diz, pegando o aparelho. — Por falar nisso, sua próxima reunião vai ter alguns minutos de atraso.

— Foi por um ótimo motivo, Srta. Bennett. Deixarei passar dessa vez — respondo, puxando-a para outro beijo antes de me afastar. — Nos vemos depois, perdição.

Mia sorri antes de caminhar até a porta. Quando sua mão alcança a maçaneta, ela para e se vira.

— Obrigada — murmura, mordendo o lábio. — Por não deixar... tudo me afetar novamente.

— Sempre, meu amor.

Enquanto a observo sair, meus pensamentos voltam para Miranda. A dúvida de que ela está tramando algo surge, incômoda.

— Preciso ficar de olho nela — murmuro para mim mesmo.

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