Ethan trava o maxilar, dando um passo à frente, mas seguro seu braço. Deixar que isso continue e chame atenção para nós não terminaria nada bem.
Enquanto o homem se afasta, Ethan mantém o olhar fixo nele, como se avaliasse a situação com mais atenção do que eu esperava.
Então, quando finalmente volta o olhar para mim, há uma expressão em seu rosto que não consigo entender de imediato.
— Vamos voltar lá para cima — ele diz, num tom controlado.
Assinto, deixando que ele me guie de volta ao mezanino. Quando nos sentamos e nossos olhares se encontram, percebo que a tensão ainda não se dissipou de seus ombros.
Ele passa a mão pelo rosto, como se tentasse organizar os pensamentos.
— Está tudo…
— Quantos anos você acha que eu tenho? — Ele me interrompe, o maxilar travado.
— Ethan…
— É sério — seus olhos encontram os meus. — Para ele ter achado que sou seu pai, devo parecer bem mais velho do que penso.
— Ele estava bêbado — argumento, me aproximando mais. — E isso não importa.
Ele solta uma risada breve, sem humor, e balança a cabeça, apoiando os cotovelos nos joelhos enquanto observa a pista de dança lá embaixo.
Mordo o lábio, tentando entender o que realmente o incomoda nisso. Ethan nunca foi inseguro com a aparência ou a idade. Então, por que esse comentário o afetou tanto?
— Sei que isso não deveria me incomodar, mas incomoda — murmura, passando a mão pelo rosto. — Você é jovem, linda, cheia de vida. E eu…
— Você é o homem que quero — interrompo, segurando seu rosto entre minhas mãos. — O único que faz meu coração disparar só de olhar para mim.
Ethan respira fundo, mas a tensão em seu olhar não desaparece.
— Às vezes me pergunto se não estou sendo egoísta — ele solta um suspiro pesado. — Se não estou te impedindo de viver experiências que alguém da sua idade deveria ter.
— Como o quê? Dançar com caras bêbados em boates? — provoco, tentando amenizar seu humor. — Porque, se for isso, acabei de ter minha dose.
— Você sabe o que quero dizer.
— Sei — me aproximo mais, sentando em seu colo. — E sei também que nunca me senti tão viva quanto me sinto com você.
— Como você faz isso? — ele pergunta baixinho, suspirando enquanto segura minha cintura.
— Isso o quê?
— Me desarmar completamente — seus olhos percorrem meu rosto. — Fazer todas as minhas preocupações parecerem bobas.
— Talvez porque elas realmente sejam — murmuro, roçando meus lábios nos dele. — Já disse, eu te amo, Ethan. E nada vai mudar isso.
Arqueio as costas quando seus dentes raspam minha pele, minhas mãos agarram seus cabelos. Suas mãos deslizam por baixo do meu vestido, me arrancando outro gemido.
— Ethan… — suspiro, sentindo seu sorriso contra meu pescoço.
— Você não gosta de provocar, perdição? — pergunta, num tom rouco que me faz estremecer. — Então é justo arcar com as consequências.
Ele desliza a mão pelo meu corpo, lento, explorando, torturando. Solto outro gemido baixo quando seus dedos finalmente tocam minha intimidade, mas, ao invés de continuar, ele se afasta.
— Hotel — diz, me levantando para me sentar no banco do passageiro. — Antes que eu perca o controle de vez.
— Ethan… quero você… — choramingo, a necessidade estampada na minha voz.
— Também quero você — ele responde, ligando o carro com calma. — Mas prefiro terminar essa noite com você na cama, não em uma delegacia.
Apesar de um de nós estar sendo racional com os riscos de transar num carro, em frente a uma boate bem movimentada, solto um suspiro frustrado, ajeitando o vestido.
O trajeto até o hotel parece uma eternidade, especialmente com Ethan mantendo uma das mãos em minha coxa, fazendo pequenos círculos distraídos enquanto dirige.
Quando finalmente chegamos ao hotel, mal esperamos o elevador fechar para nos beijarmos novamente. Ethan me pressiona contra a parede espelhada, e solto um gemido baixo quando sua boca encontra meu pescoço.
— Seu quarto ou o meu? — ele sussurra, mordendo minha orelha.
O som do elevador parando nos faz pular de susto. Nos afastamos rapidamente, mas o olhar da pessoa que entra deixa claro que sabe exatamente o que estava acontecendo.

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