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Proibida Para o CEO romance Capítulo 106

Meu coração para por um segundo antes de perceber que o clarão vem de um letreiro neon piscando do outro lado da rua.

Solto o ar que nem percebi estar prendendo, e Ethan aperta minha mão, provavelmente notando minha tensão.

— Tudo bem? — ele pergunta, levantando uma sobrancelha.

— Sim — respondo, forçando um sorriso. — Só… me assustei um pouco.

— Fique tranquila, perdição — diz ele, seguindo a direção do clarão.

— O que é aquilo? — pergunto, curiosa com a mudança na expressão dele.

— Uma das casas noturnas mais famosas de Seattle.

— Hmm — Mordo o lábio, sem jeito. — Nunca fui a uma boate.

— Nunca? — ele arqueia as sobrancelhas, surpreso.

— Não tive muitas oportunidades — dou de ombros. — E depois que vim para Chicago, bem… Tori me chamou algumas vezes, mas trabalhar com você não deixa muito tempo livre.

Ethan me observa por um momento, e um sorriso malicioso surge em seus lábios.

— Quer ir?

— Agora? — meus olhos se arregalam. — Não sei… Não estou vestida para…

— Está perfeita — ele me interrompe. — Além disso, estamos em Seattle. Ninguém aqui se importa com protocolos.

— Tem certeza? — pergunto, ainda hesitante, olhando novamente para o letreiro piscando lá fora. — Achei que você não gostasse desse tipo de lugar.

— E não gosto — admite. — Mas quero ver seus olhos brilhando, com mais uma primeira vez.

— Você realmente me surpreende, às vezes — comento, sentindo minhas bochechas esquentarem.

— Como assim?

— Não sei — dou de ombros. — Você é tão… rígido com os outros, mas comigo é tão diferente.

— Porque você é você, perdição — ele sorri, chamando o garçom. — Então, o que me diz? Quer conhecer a noite de Seattle?

Mordo o lábio, olhando mais uma vez para o letreiro neon. Por que não? Já estamos quebrando todas as regras mesmo.

— Sim — respondo, e o sorriso dele se alarga.

— Ótimo — ele pega a conta que o garçom traz. — Porque sei exatamente onde te levar.

Ethan paga a conta e me estende a mão quando se levanta, com um sorriso no rosto e a confiança de quem sabe exatamente o que está fazendo.

— Não vai me dizer onde é? — pergunto enquanto caminhamos para fora do restaurante.

— E perder a chance de ver sua cara de surpresa? — Ele entrelaça nossos dedos. — Nunca.

O ar da noite está mais frio agora, e me aproximo mais de Ethan enquanto andamos. As ruas continuam movimentadas, cheias de pessoas aproveitando a vida noturna da cidade.

— Já estamos chegando — comenta, me guiando pela calçada. — Mas, antes de qualquer coisa, você tem que prometer que vai aproveitar a noite.

Ethan sorri ao sentir meus lábios nos dele e prende suas mãos em meus cabelos antes de me puxar e me beijar. O beijo é intenso, mais ousado do que costumamos ser em público, mas aqui, ninguém se importa.

Somos apenas mais um casal se beijando em um canto reservado da boate.

— Você deveria dançar — Ethan sugere assim que terminamos nossas bebidas. — Não pode vir a uma boate e ficar só aqui em cima.

— Você vem comigo?

— Não — ele sorri, balançando a cabeça enquanto sinaliza para o garçom. — Dançar nunca foi meu forte. Mas vou adorar ver você dançar para mim, me provocando do jeito que só você sabe fazer.

— Então vou te dar um show — sussurro antes de beijá-lo mais uma vez, me afastando.

A pista ferve quando desço. Deixo meu corpo se soltar ao ritmo da música, sentindo o olhar de Ethan em cada movimento meu. Isso me instiga a provocá-lo ainda mais, rebolando devagar, passando as mãos pelo corpo.

— Quer dançar, gata? — Um rapaz pergunta pouco depois, claramente bêbado.

Nego educadamente com a cabeça, me afastando para outro canto da pista. Volto a dançar, olhando para a área VIP, mas não vejo mais Ethan lá.

Logo, uma mão pousa na minha cintura e, sorrindo, imagino ser Ethan. Mas, ao me virar, encontro o mesmo homem de antes.

Antes que eu pudesse novamente dispensá-lo, o homem é empurrado bruscamente por Ethan.

— Tira a mão dela! — ele exclama, num tom grave e ameaçador. — Se encostar nela de novo, quebro seus dedos.

— Ei, calma! — o homem ergue as mãos em rendição, cambaleando um pouco. Então olha para mim, depois para Ethan. — Foi mal, cara. Não sabia que ela estava com o pai.

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