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Proibida Para o CEO romance Capítulo 115

“Mia Bennett”

O milkshake de baunilha derrete intocado, formando gotas de condensação no copo, enquanto as palavras de Miranda continuam ecoando em minha mente, como se fossem uma rave feita especialmente para me torturar.

— Não vai me contar o que aconteceu? — Theo pergunta pela segunda vez, desde que me trouxe aqui.

Levanto os olhos para ele, tentando encontrar uma explicação que faça sentido. Desde que ele parou o carro no estacionamento, Theo não parece convencido com minha desculpa.

Claro que ele não acreditou. Quem acreditaria na ideia idiota de que meus olhos estavam vermelhos e inchados por conta de uma alergia?

— É complicado — finalmente respondo.

— Percebi — ele dá um meio sorriso, provavelmente satisfeito por me ouvir falar. — Não é todo dia que te vejo chorando.

— Obrigada — digo baixinho. — Por me trazer aqui, por não fazer milhares de perguntas…

Theo me observa por um momento antes de cruzar os braços sobre a mesa e levantar uma sobrancelha.

— Isso tem a ver com alguém por quem você está apaixonada, não tem? — pergunta suavemente.

— Por que acha isso?

— Porque eu não sou bobo, Mia — ele diz, como se fosse óbvio. — Desde o festival de música, percebi que havia alguém.

Levanto os olhos para ele, surpresa.

— Você percebeu?

— Nenhuma mulher elogia tanto um cara e depois não fica com ele… a menos que já esteja pensando em outro.

Minha boca se abre levemente, sem saber o que dizer. Theo sorri de leve, como se esperasse minha reação.

— E se eu dissesse que… gosto de alguém, mas não posso ficar com essa pessoa?

— Não pode? — repete, franzindo as sobrancelhas. — Ele é casado?

— O quê? Não! — respondo rapidamente. — Como disse, só é… complicado.

— Por que não tenta me explicar? De repente, se você desabafar com alguém de fora da situação…

Encaro o milkshake derretido que Theo insistiu em pedir para mim, pensando em como explicar. Em como fazer alguém entender que, às vezes, amamos tanto uma pessoa que precisamos deixá-la ir.

— Já se sentiu como se fosse destruir tudo que alguém construiu? — pergunto em voz baixa. — Como se sua presença na vida dessa pessoa fosse… prejudicial?

Theo tamborila os dedos na mesa por um momento, considerando minha pergunta.

— Você sabe que isso não faz sentido, né? Como sua presença na vida de alguém poderia ser prejudicial a esse ponto?

— Às vezes a gente não tem todas as respostas — murmuro, brincando com o canudo do milkshake. — Só… sabemos que precisamos fazer a coisa certa.

— E quem decide o que é certo? Você?

— A razão decidiu por mim, Theo. Algumas coisas simplesmente… não foram feitas para durar — respondo, tentando não chorar novamente.

— Tudo bem — ele me interrompe, tocando minha mão sobre a mesa. — Mas precisamos ir. Seu pai está preocupado. E, pelo que entendi, não é o único.

— Droga.

— Vem — chama, deixando algumas notas na mesa. — Vou te levar para casa.

O caminho até em casa é silencioso. Theo não insiste em conversar, e sou grata por isso.

Quando ele para em frente à minha casa, vejo meu pai vindo ao nosso encontro rapidamente. Ethan e Lauren estão logo atrás, e meu coração aperta ao ver a preocupação em seus rostos.

— Me desculpem — digo assim que saio do carro. — Meu celular estava no silencioso desde que…

— Você tem noção do quanto nos preocupou? — Meu pai interrompe, me puxando para um abraço.

— Desculpa, pai.

Seus braços me apertam com mais força, como se temesse que eu pudesse desaparecer novamente. Por cima de seu ombro, encontro o olhar de Ethan. A preocupação em seus olhos me dá vontade de chorar.

Lauren se aproxima, tocando meu braço gentilmente, quando meu pai finalmente me solta.

— Vem, vamos entrar. Você está congelando.

Assinto, grata pela intromissão. É mais fácil lidar com a preocupação dela, do que com o olhar intenso de Ethan.

— Obrigada — murmuro para Theo antes de me virar.

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