Entrar Via

Proibida Para o CEO romance Capítulo 121

É estranho como algumas horas podem mudar tudo.

Ontem à noite, nos braços de Ethan, o mundo parecia perfeito. Hoje, entrando na Nexus, preciso fingir que meu coração não dispara só de pensar nele.

O elevador está quase vazio quando entro, apenas uma mulher do financeiro que sempre chega cedo. Melhor assim. Preciso desses momentos para treinar minha melhor expressão de indiferença.

Respiro fundo enquanto observo os números mudarem no painel. Cada andar que subo é um lembrete do papel que preciso interpretar. Odiar Ethan… nem quando eu quis, consegui.

Quando as portas se abrem e sigo pelo corredor, a primeira coisa que noto é sua sala ainda vazia. Preciso me controlar para não sorrir. Mais uma manhã acordando em seus braços. Logo isso será parte da nossa rotina.

— Bom dia, Mia! — A voz de Gabriel, que acabou de sair do outro elevador, me traz de volta à realidade.

— Bom dia, Gabriel.

— Você parece melhor hoje — comenta, indo para a sua mesa.

— Dormi um pouco melhor — disfarço, me sentando.

Antes que ele possa responder, o som dos elevadores se abrindo novamente me faz levantar a cabeça. Meu corpo reage antes mesmo de minha mente processar. Ethan.

Ele entra no andar com a mesma postura impecável de sempre, a expressão fechada que impõe respeito e distância. Meus dedos se fecham ao redor da caneta, como se isso pudesse conter a vontade de olhá-lo por mais tempo.

— Bom dia. — Ethan nos cumprimenta, cumprindo sua rotina de sempre, sem olhar diretamente para nós.

— Bom dia, senhor Hayes. — Gabriel responde primeiro, e aproveito para demorar um segundo a mais, tentando parecer distraída.

— Bom dia — murmuro, mantendo o olhar nos documentos sobre minha mesa.

Ethan passa direto por mim e entra em sua sala sem hesitar. Quando a porta se fecha, o silêncio que se instala me faz perceber que estava prendendo a respiração.

— A energia dele continua a mesma de sempre — Gabriel comenta, balançando a cabeça, e eu solto um riso curto.

Mal sabe ele…

Pouco depois, com a agenda do CEO devidamente organizada, pego o tablet e me levanto. Respiro fundo antes de seguir para a sala dele. Do lado de fora, cada passo meu é calculado, cada expressão ensaiada. Mas aqui dentro…

Assim que fecho a porta atrás de mim, noto como sua postura muda sutilmente. O CEO controlado de minutos atrás dá lugar ao meu Ethan.

— Bom dia, Sr. Hayes — provoco, caminhando até ele. — Sua agenda.

Ethan me puxa para seu colo assim que me aproximo, e seus lábios encontram os meus em um beijo suave.

— Como consegue estar ainda mais linda do que quando saiu do apartamento? — murmura contra minha boca.

— Para — rio baixinho. — Preciso te passar a agenda.

— Depois — suas mãos apertam minha cintura. — Primeiro, preciso de um beijo decente para começar meu dia.

— Achei que já tinha ganhado vários hoje cedo — provoco, deixando meus dedos brincarem com sua gravata.

— Certo. Mais algum compromisso que exija minha atenção?

— Apenas algumas assinaturas pendentes até o fim do dia.

— Me avise quando os documentos estiverem prontos.

O tom dele continua frio, mas há algo subentendido na forma como ele me olha. Como se soubesse que essa troca com Miranda está me incomodando.

— Mia, querida, não sei como você aguenta esse mau-humor — ela comenta quando terminamos, num tom falso de preocupação. — Se fosse eu…

— Você não é minha assistente, Srta. Pierce — Ethan a interrompe, me encarando em seguida. — Srta. Bennett, pode trazer meu café.

— Claro, Sr. Hayes — respondo, agradecendo mentalmente pela desculpa para sair logo. Faço menção de sair, mas sua voz me faz parar na porta.

— Ah, Srta. Bennett — ela chama, naquele tom doce que me dá náuseas. — Espero que sua manhã melhore longe… do chefe mal-humorado.

Saio sem responder, voltando para a minha mesa enquanto me pergunto quanto tempo vou conseguir aguentar isso.

Essas provocações indiretas, esse teatro da frente dela… A cada minuto, minha vontade é agarrá-la pelos cabelos e jogá-la pela janela.

E olha que nunca fui violenta, muito pelo contrário. Tenho pena até de matar uma formiga, uma pobre vida.

Mas Miranda… está me fazendo descobrir um lado meu que eu nem sabia que existia.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Proibida Para o CEO