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Proibida Para o CEO romance Capítulo 122

A manhã se arrasta entre ligações, e-mails e a organização de um coquetel que meu pai inventou para o próximo fim de semana. Aparentemente, James Bennett adora reunir as pessoas da empresa.

Mas como nem tudo é festa, Miranda parece ter tirado a manhã para inventar desculpas só para aparecer e conferir pessoalmente se seu plano está dando certo.

Cada vez que ela passa pela minha mesa, faz questão de soltar algum comentário que só nós duas entendemos. Uma insinuação aqui, uma provocação disfarçada ali, como se estivesse se divertindo com isso.

Quando o relógio finalmente marca meio-dia, solto um suspiro aliviado e me alongo na cadeira. No entanto, o som do elevador me faz enrijecer involuntariamente.

— Que não seja a Miranda — murmuro, virando a cabeça em direção ao elevador.

Respiro aliviada ao ver Theo sair de lá, carregando algumas pastas.

— Bom dia, Mia — ele cumprimenta, sorrindo ao me entregar os documentos. — James pediu isso para o final do dia.

— Considere feito. Vou deixar na sala do nosso chefe antes de sair para almoçar.

— Estou indo almoçar, quer ir comigo? — pergunta, abrindo um pouco mais o sorriso.

Olho para a pilha de documentos em minha mesa, ponderando. Um almoço com alguém que não me leve à loucura talvez seja exatamente o que preciso agora.

— Pode ser… Mas preciso resolver algumas coisas antes de ir. Te encontro na recepção em quinze minutos?

— Claro, te espero lá.

Assinto, observando-o se afastar. Respiro fundo antes de me levantar e caminhar até a sala de Ethan.

Dou duas batidas e espero. Nenhuma resposta. Franzo as sobrancelhas. Ele ainda não saiu para almoçar, será que está tudo bem?

Hesitante, abro a porta e o encontro à mesa, concentrado em algo no computador.

Por um momento, apenas o observo em silêncio. É impossível não admirar como ele fica ainda mais bonito assim. A expressão séria, os óculos de leitura que ele tanto odeia usar, o modo como passa a mão pelos cabelos quando algo o incomoda.

— Vai ficar aí me admirando ou vai entrar? — Sua voz me tira dos devaneios, e percebo que ele nem tirou os olhos da tela.

— Como sabia que era eu? — pergunto, fechando a porta atrás de mim.

— Seu perfume, perdição — ele finalmente me encara, tirando os óculos. — Senti assim que você abriu a porta.

Sorrio, caminhando até sua mesa. Ele ainda está concentrado em algo na tela, mas sua postura já mudou completamente.

— Vim avisar que vou almoçar… com o Theo — digo, notando como seu maxilar trava instantaneamente. — Ele me convidou e achei melhor aceitar. Faz parte do teatro, não é?

— Não significa que eu tenha que gostar — resmunga, finalmente afastando a cadeira da mesa e me puxando para seu colo.

Rio baixinho, mas o som morre em minha garganta quando seus lábios encontram meu pescoço.

— Preciso ir, amor…

— Ainda temos alguns minutos — murmura contra minha pele. — E eu preciso te dar um motivo para voltar logo.

Suas mãos sobem pelas minhas costas enquanto seus beijos descem pelo meu pescoço. É tão fácil me perder nele, em seus toques, em seu perfume…

— Às vezes, sim.

— James ficou realmente preocupado — comenta casualmente. — Nunca o vi tão nervoso quanto naquela noite.

— Eu sei — suspiro, ainda culpada. — Não deveria ter sumido daquele jeito.

— Foi por causa dele, não foi? — Theo pergunta suavemente. Meu coração acelera, e rapidamente levanto os olhos para encará-lo.

— Não entendi.

— O motivo de você estar chorando naquele dia — ele explica. — Tem a ver com… ele.

Mordo o lábio, sem saber como responder. Como ele…? Não, ele pode só estar tentando descobrir algo, e não vou cair nessa outra vez.

— Não precisa confirmar — ele sorri ao notar meu silêncio. — Só achei que talvez quisesse conversar sobre isso. Às vezes é mais fácil falar com alguém que não está envolvido.

— Não há mais o que conversar — digo, evasiva, desviando o olhar. — Algumas decisões só… precisam ser tomadas. Para o bem de todos.

Theo assente, novamente respeitando minha decisão de não falar sobre isso. Logo, nossos pratos finalmente chegam, encerrando de vez a conversa.

Enquanto almoçamos, conversando sobre o bendito coquetel que meu pai inventou, meu celular começa a tocar sobre a mesa. Quando vejo o nome de Vitória na tela, peço licença e me afasto para atender.

— Oi, Tori — atendo enquanto sigo para o banheiro.

— MIA! — ela praticamente grita do outro lado. — Preciso falar com você. É urgente!

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