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Proibida Para o CEO romance Capítulo 161

O caminho até o departamento jurídico parece mais longo hoje. Cada pessoa que passa me olha como se eu fosse uma bomba-relógio prestes a explodir.

Talvez eu seja.

O drama entre o CEO e o Presidente Jurídico já se espalhou. Não me surpreenderia se tivessem feito apostas sobre quem sairá vitorioso.

Olho ao redor procurando por Mia, mas nem sinal dela. Respiro fundo, viro o corredor e sigo diretamente para a sala de James.

A secretária dele se levanta assim que me vê.

— Sr. Hayes, o Sr. Bennett pediu para não ser incomod… — ela começa, mas gesticulo rapidamente, interrompendo-a.

— Não perguntei, Srta. Hampton.

Empurro a porta e entro.

Sem bater.

James está sentado atrás da mesa, folheando um contrato como se estivesse absolutamente alheio ao caos que plantou hoje. Quando levanta o olhar, não parece nem um pouco surpreso por me ver.

— Ethan. — Ele fecha uma pasta de documentos, cruzando os dedos sobre a mesa com toda a calma do mundo. — A que devo a honra?

— Vamos pular a encenação, James — digo, fechando a porta atrás de mim. — O que você acha que está fazendo?

— Poderia ser mais específico? — pergunta, fingindo confusão. — Já fiz muitas coisas hoje.

— Você sabe exatamente do que estou falando. — Me aproximo, mantendo meu tom firme. — Mia. Amy. Seu joguinho ridículo de tentar reorganizar minha equipe como se tivesse esse poder.

— Não reorganizei sua equipe. — Ele dá de ombros. — Apenas realoquei minha filha, futura advogada, para um setor onde suas habilidades serão melhor aproveitadas.

— Quando exatamente você decidiu isso? — inclino-me ligeiramente, estreitando os olhos. — E, mais importante, por que não falou comigo antes ao invés de foder minha organização?

— Você abriu mão do direito a qualquer consulta quando decidiu se envolver com ela — responde, finalmente deixando a ironia de lado. — Existe um claro conflito de interesses.

— E você, claro, é o bastião da imparcialidade.

— Sou o pai dela.

— Pai? — Levanto uma sobrancelha, soltando uma risada seca. — Até onde lembro, você passou quase duas décadas sem sequer olhar na direção dela.

O golpe é baixo, e vejo o impacto nos olhos dele. Por um segundo, penso que vai me socar novamente, mas ele apenas endurece a expressão.

— Touché. — Sua voz é gélida. — Mas estou aqui agora. E não vou ficar parado assistindo você usar minha filha como seu mais novo brinquedo.

— Ela não é um brinquedo — digo, sentindo minha mandíbula travar involuntariamente. — E não é uma criança. É uma mulher que pode tomar suas próprias decisões.

James solta um suspiro lento, como se estivesse se contendo.

— Decisões erradas levam a consequências, Ethan. Estou apenas garantindo que ela tenha tempo para enxergar isso antes que seja tarde demais.

— E se, no fim, ela ainda escolher ficar comigo?

Ele me analisa por um momento, depois se levanta, ajeitando os punhos da camisa com uma calma que claramente não reflete o que está sentindo.

— Então, será uma escolha dela — diz finalmente. — Mas até lá, vou fazer o que for necessário para abrir seus olhos.

— Olha, não vou aceitar isso calado, Mia. James não decide onde você trabalha. Vou reverter sua transferência e…

— E então, o quê? — Ela me interrompe, visivelmente frustrada. — Meu pai vai encontrar outra maneira de interferir, de tentar me mostrar que estou errada.

Passo a mão pelo cabelo, frustrado.

— Então, o que sugere?

— Por enquanto, talvez seja melhor aceitar isso. — Ela não parece feliz com isso. — Não temos muita escolha. Você não pode me transferir de volta sem declarar guerra aberta com James, e eu não posso simplesmente pedir demissão porque…

— Por quê? — pergunto ao notar sua hesitação. — Se isso estiver insustentável, sabe que pode pedir demissão, meu amor. Nunca te deixaria desamparada.

— Não, Ethan. Preciso desse emprego. Quero manter minha independência — diz, deixando transparecer uma vulnerabilidade que raramente vejo. — Não quero ser apenas a namorada do CEO.

— Tudo bem. — Concordo, segurando seu rosto entre minhas mãos. — Mas prometa que vai me dizer se as coisas ficarem difíceis aqui.

— Prometo. — Mia finalmente sorri.

— Falta pouco para essa dependência forçada chegar ao fim, meu amor — afirmo, roçando meus lábios nos dela. — Prometo.

Mia abre a boca para responder, mas antes que qualquer palavra escape, uma batida firme na porta nos interrompe.

Nós dois trocamos um olhar.

Merda.

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